12 - A Lei do Capo

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O primeiro dia de Pedro como Capo começou com uma série de reuniões e decisões cruciais dentro da máfia. Era uma troca de bastão, então infelizmente ele precisava estar por dentro de tudo que estava acontecendo. A responsabilidade pesava sobre seus ombros, mas ele estava determinado a demonstrar liderança e firmeza em cada decisão tomada. Mesmo após toda a bebedeira e ressaca ele estava disposto a dar o seu melhor. Afinal qualquer falha sua, seria motivo de apontamentos e tudo que ele menos queria no momento era qualquer tipo de estresse.

No entanto, os desafios surgiram de onde menos esperava.

Durante uma reunião estratégica, seu pai, o ex-Capo da máfia e uma figura respeitada, fez uma entrada surpreendente. Os olhares dos presentes se voltaram para ele, e uma sombra de respeito misturada com uma pitada de desdém pairou sobre a sala.

Durante toda a reunião entre ex-líder e novo líder ocorreu uma troca de farpas. Pedri tentava entender tudo com mais veracidade mais seu pai não deixava o decidir nada que fosse importante.

— Eu sei que estou fazendo! Não sou criança e posso tomar minhas próprias decisões! — Pedri grita ao velho homem a sua frente. 

Seu pai apenas ri, bebe um gole de sua bebida e o encara com nojo.

O olhar de desdém do pai, que se movia lentamente de cima a baixo, era como um julgamento severo, um questionamento desafiador da capacidade de Pedri de liderar. 

A raiva de Pedri fervia dentro dele, uma mistura intensa de frustração, desafio e a determinação de provar que seu lugar como Capo não era apenas uma concessão, mas uma conquista merecida. Cada palavra não dita entre pai e filho era um campo de batalha invisível, onde a raiva era a arma que ameaçava explodir a qualquer momento.

— Pedri, meu garoto. Aposto que já está se sentindo importante com essa liderança, não é mesmo? Mas deixe-me lembrá-lo, títulos não garantem respeito.

Pedri manteve a expressão firme, mas a tensão cresceu a cada palavra do pai.

— Respeito é algo que se conquista com o tempo, pai. Eu sei o que estou fazendo.

O pai de Pedri riu sarcasticamente. 

— Você acha que liderar é sobre saber o que fazer? Isso é apenas o começo. A verdadeira liderança é conquistada, não herdada.

— Você sempre desdenhou de mim, não é? Nunca acreditou que eu fosse capaz!

— Capacidade é algo que se prova, Pedri, não algo que se presume. Você acha que está pronto para liderar? Eu não tenho tanta certeza — grita alto e todos o encaram. 

Pedri nunca se sentiu tão humilhado em toda a sua vida. Agora perdendo a paciência, respondeu com intensidade.

— Eu sou Capo agora. Respeite isso ou não, não muda a realidade. Eu liderarei esta família com ou sem o seu apoio. Sou eu quem mando e PRONTO! — bate violentamente na mesa fazendo com que todos se assustem ao seu redor. 

Seu pai continua apenas com o mesmo olhar duro. Pedro não tem tempo para suas gracinhas e olhares invejosos. Ele se retira do local, deixando todos os membros superiores da máfia para trás. Ele não estava com cabeça para fazer qualquer coisa do tipo que não fosse, relaxar.

Com o coração pulsando de raiva após a tensa reunião com seu pai, não conseguia mais suportar a pressão que o envolvia. Seu carro rugiu à vida, o ronco do motor ecoando sua frustração enquanto ele acelerava pelas ruas em direção à casa de Gavi.

Cada quilômetro percorrido era uma corrida contra as emoções tumultuadas dentro de Pedri. Ele precisava desesperadamente de uma válvula de escape e Gavi, mesmo em meio às complexidades de seu relacionamento, era a âncora emocional de Pedri.

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