10 - Juramento

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O grande dia tinha finalmente chego!

O juramento, a máfia e lealdade a uma família.

Com ele uma brisa fresca e um céu nublado na quente cidade de Barcelona. O que tornava o dia perfeito na visão de Pedri. Ele estava na sacada de seu quarto e observava o movimento da cidade diante de seus olhos. Um pequeno sorriso e um desafio pela frente. O comando da cidade seria seu, nada nem ninguém poderia ser mais poderoso do que Pedro González. Ele sorri lembrando o quanto seria amado e temido por todos naquele local. A sensação do controle e do poder o excitavam de uma forma jamais vista.

Ele gostava de ser o que é, apesar de tudo. Nasceu e iria morrer para aquilo. Seria o grande Capo da máfia espanhola. Uma das maiores de toda a Europa.

Porém, nem tudo eram flores.

Após alguns minutos recebeu a notícia que poderia prejudicar e muito os seus planos para essa noite. Gavi estava doente. O mais novo tinha acordado terrivelmente com dores em todas as partes possíveis do seu corpo. Pedri, furioso e preocupado, não hesitou em ir até a casa dele para descobrir o que estava acontecendo e se certificar de que o mais novo não estava mentindo para si. Odiava mentiras e principalmente odiava ser feito de bobo.

Chegando até o local, encontrou um Pablo sonolento e pálido sobre a cama. Ao seu lado estava sua irmã mais velha e do outro lado seu pai sério que o encarava.

— Me deixem a sós com ele! — gritou fazendo todos os presentes sairem rapidamente.

Pablo continuava na mesma posição e parecia ignorar a presença de Pedri. Isso o irritava profundamente.

— Que porra está acontecendo Gavi? Hoje é o dia da minha iniciação e você decide ficar doente?

Gavi, pálido e visivelmente fraco, tentou explicar sua condição.

— Vai tomar no cu, primeiramente. Não é como se eu tivesse escolhido ficar doente. Acho que foi alguma coisa que comi ontem à noite.

— Isso não era pra estar acontecendo! Caralho! Hoje era para ser perfeito.

Pablo revira os olhos.

— Como se isso fosse algo que pudessemos prever.

Pedri, frustrado, sentiu a pressão do momento e a importância da cerimônia.

— Você escolheu o dia da minha iniciação para adoecer? Isso não pode ser apenas uma coincidência — diz irritado.

— Pedro, eu não escolhi isso. Pode apostar, que eu estava tão ansioso quanto você para este dia — disse irônico.

Pedri, apesar de sua raiva, percebeu a sinceridade nas palavras de Gavi. A tensão entre eles era palpável, e a frustração de Pedri se misturava com a preocupação genuína pelo estado do noivo.

— Precisamos resolver isso. A cerimônia não pode ser adiada. Já foi ao médico?

Gavi suspira irritado.

— Como se fosse importante a cerimônia. Eu não vou, estou passando mal.

Pedri ri sarcástico.

— Como você tivesse algum poder de escolha — ele pega o telefone do seu bolso e digita por alguns segundos — Vou chamar o médico.

— Faça o que você quiser, mas daqui eu não saio.

Pedri se enfurece.

— É o que vamos ver, garoto.

Pedro chama o médico o mais rápido possível. Não era um simples fingimento de Pablo que faria tudo aquilo que ele tinha planejado ir pro ralo. Jamais! A iniciação iria acontecer com Pablo Gavi ao seu lado e nada poderia mudar isso. Pedri sentia muita raiva naquele momento e só esperava que não tivesse mais imprevistos durante o dia.

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