07 - Explosão

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Gavi não sabe mas conseguiu sair daquele lugar tóxico na qual chamam de festa de noivado. 

Estava se sentindo sufocado, atado, aprisionado.

Ele só queria poder viver a sua vida em paz, poder ter seus amigos, ir a faculdade, festas e aproveitar vida. Porém, agora estava oficialmente noivo de alguém que nem realmente amava de verdade.

Aprisionado em uma gaiola de ouro para sempre.

Com a distração de todos na festa de noivado. Pablo conseguiu escapar para longe. Pegou um carro de aplicativo e foi parar em una boate que costumava frequentar. Era um local próximo de sua escola então ele imaginaria que teria muitos colegas e conhecidos. Pagou por sua entrada e foi direto para ao bar. Precisava se embriagar e aproveitar seus últimos momentos de adolescente.

O som alto da música e as luzes vibrantes da boate criavam uma atmosfera animada, e Pablo se misturou à multidão, tentando se perder na agitação do local.

Ele dançava ao som da música enquanto tentava esquecer a sua péssima vida e tudo que iria enfrentar pela frente.

Estava bebendo, suado e esperava aproveitar o momento. Em um relance observou o movimento do bar na tentativa de ir pegar uma outra bebida sem ter que enfrentar filas. Porém, Pablo avistou alguém que parecia familiar em meio à multidão. Um sorriso se formou em seus lábios quando ele reconheceu Raul, um antigo amigo e colega de classe com quem ele compartilhava memórias alegres.

Pablo se aproximou de Raul, que estava dançando animadamente ao som da música eletrônica. Ele tocou o ombro de Raul, chamando sua atenção.

— Raul? É você mesmo aqui? — sorri na esperança que seja ele mesmo.

Raul virou-se com um sorriso surpreso ao ver Gavi.

— Pablo Gavi? Uau, faz tanto tempo! Como você está? — o abraçou de lado.

Gavi não esperava encontra-lo ali. Raul era um colega e amigo antigo. Estudou durante todo o ensino básico junto a ele. Eram muito próximos. Alguns até diziam que ambos eram um belo par juntos. E nunca discordaram. Tinham uma bela conexão.

Mas quando chegaram ao ensino médio, Raul optou por ir em um intercâmbio nos Estados Unidos. Desde então ambos não haviam tido mais contato.

Pablo sorriu, feliz por reencontrar um rosto familiar em meio à agitação da boate.

— Estou bem, Raul. É ótimo te ver novamente. Quanto tempo se passou desde a época que estudamos juntos, não é?

— Sim, verdade. Sinto saudades de vocês! como está o pessoal?

— Ah, todos bem! Todos prontos para se formar. Finalmente, né? — Ri.

— Sim, imagino que sim. Eu já encerrei o ano. Enfim, formado — diz se vangloriando do seu feito. 

— Nossa que maravilha Raul! Fico feliz por você. Merece muito, de verdade.

— Obrigado Pablinho, é uma etapa concluída. Agora seguimos para próxima. 

Gavi sorri. 

— Sim, entendo. Tenho certeza que continuará com êxito — remexe em seu cabelo.

— E você, meu anjo? Pronto pra se formar também?

— Hm, sim. Estou animado por essa etapa também. É uma conclusão e tanto.

— Sim, concordo. Agora já podemos melhor planejar o futuro. Penso em estudar segurança da informação e seguir no ramo da família e você?

Pablo fica sem jeito. 

Como diria a alguém que seu destino era apenas ser marido de um homem mafioso?

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