13 - Seu Momento Chegou

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Eram quase 11 horas da manhã e Gavi estava parado em frente a uma enorme casa desconhecida.

Ele estava irritado! Muito irritado.

Pedro havia o tirado cedo de casa, só para organizar a porra de um casamento que ele nem mesmo queria. Pablo caminha até a casa que ele insinuava ser de Paula, ao lado de Pedro e seu rosto carregado de irritação. Ele revira os olhos a cada andar, seus passos são pesados e desanimados.

Cada passo parece uma batalha perdida em sua mente. Seus punhos estão cerrados, e ele balança a cabeça com desgosto, como se estivesse se preparando para enfrentar algo desagradável. Seu olhar está fixo à frente, mas sua expressão claramente revela sua contrariedade por ter sido arrastado para essa situação.

— Melhora essa cara. Até parece que não está animado para isso! — Pedri reclama irritado. 

Gavi apenas o encara. 

Ele não precisava dizer mais nada! Seu olhar deixou bem claro o que isso tudo significava para ele.

— Você pode tentar disfarçar pelo menos. Já conversamos sobre isso, porra. É uma questão de negócios.

— Não é como se eu quisesse estar aqui, Pedro. Eu odeio tudo isso!

Pedro puxa seu braço. 

— Disfarce pelo menos! Não quero que minha família fique pensando o que não deve. 

Pablo revira os olhos. 

— Pensando o que? Que estamos juntos por um acordo? Achei que elas já estavam cientes dessa palhaçada toda.

Pedri está visivelmente irritado com as palavras de Gavi. Seus olhos estreitam-se em uma expressão de raiva contida, e suas mandíbulas estão cerradas com força.

Ele solta um suspiro pesado, como se estivesse contendo um vulcão prestes a explodir.

— Cale a porra da boca! E faça o que eu mandei ou terá consequências.

Pablo bufa com a autoridade. Mas decide que não irá se estressar por coisas bobas. Afinal, não valia mais a pena. 

Pedri e Gavi adentram a casa onde já se encontram Kai e sua irmã mais nova, Bia. O clima tenso é palpável, como se uma tempestade estivesse prestes a desabar sobre eles. Pedri mantém sua postura rígida e controlada, mas a tensão em seus ombros é evidente. Seus olhos faiscam com uma mistura de irritação e determinação enquanto ele observa o ambiente ao redor. 

Kai os recepciona com a pequena em seus braços. 

— Oi tio! Oi Gavi — diz sorridente enquanto segura um bebê saltitante.

— Oi pirralho! — Pedro sorri sem mostrar os dentes. — Oi bolinha de pêlo — acaricia o bebê. 

O pequeno bebê fica animado ao ver seu tio. Faz gracinha e pede colo, na qual Pedri atende o pedido. Deixando no cômodo apenas Gavi e Kai.

Kai sorri. 

— Nossa! Como anda a relação de vocês? tudo parece meio tenso.

O mais velho suspira.

— Não é o conto de fadas que me prometeram. Na verdade, está cada vez pior...E agora esse casamento as pressas.

Kai assente.

— Eu imagino. Mas bem, é assim que deve ser. Com meu tio sendo consagrado a Capo, ele precisa se casar o quanto antes.

Gavi franze o cenho. 

— Essas regras de vocês são esquisitas. Me sinto como numa seita.

O mais novo sorri. Realmente era como se fosse uma seita.

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