You'll never be alone. - Chapter nineteen.

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Jeongin concentrava-se na conclusão de algumas pendências desde a morte de sua mãe, quando o alarme repentinamente ecoou. Abandonando rapidamente os documentos, observou pelas câmeras um grupo de homens armados invadindo o local, atacando seus seguranças. Seu celular foi acionado instintivamente, discando o primeiro número que surgiu em sua mente. A ligação foi recusada, deixando-o tenso, e ele guardou o celular, empunhando duas Pistolas Beretta M92 Cromadas retiradas de sua gaveta, aguardando tenso.

Enquanto esperava, Jeongin fechou os olhos, mergulhando em memórias do passado.

— Mimin, por que você está chorando? — Perguntou o irmão mais novo, vendo os olhos do mais velho cheios de lágrimas.— É por que estamos indo embora?

— Sim, Innie! Estou chorando porque não queria ir, não quero deixar o Han. — Respondeu ele, melancólico.

— Por que não quer deixar o Jijico? — Indagou o pequeno, inocente.

Minho riu com a inocência do irmão, limpando suas lágrimas na tentativa de se recompor.

— Eu gosto muito dele, assim como a Mamãe gosta do Papai. Quando você gostar de alguém assim, vai entender que muitas coisas relacionadas a aquela pessoa serão extremamente dolorosas.

Agora Jeongin compreendia o que seu irmão tentava expressar naquela época. Ao ligar para Hwang, buscava apenas a certeza de que ele estava bem, a única informação que almejava antes do confronto iminente.

— Talvez eu pudesse ter dito o que eu sentia há dois anos atrás. — Murmurou, mantendo os olhos fechados.

A porta foi brutalmente arrombada, e um sorriso fraco surgiu nos lábios azulados ao perceber passos ao seu redor e o som de armas sendo destravadas. Ao abrir os olhos lentamente, deparou-se com uma mulher pálida e morena.

— Olá, antes de tudo! Me chamo Kwon Doona, sou a irmã mais velha da garota cujo seu irmão matou... Kwon Ji-hye. — A mulher sorriu minimamente e sarcasticamente.

Jeongin a encarou sem interesse no que ela tinha a dizer, presumindo que, sendo irmã da garota, buscava vingança contra Minho, afetando-o indiretamente.

— Está armado? É bom que esteja, porque você vai precisar. — Fez um sinal, e alguns de seus homens avançaram.

Yang neutralizou os cinco capangas em sua direção em meros cinco segundos, todos atingidos na cabeça. Kwon sorriu satisfeita, compreendendo agora que Minho não era o único tesouro restante daquela família.

— Você não é filho do Sr. Lee, mas é igualzinho a ele. — Jeongin paralisou ao ouvir o nome do homem que o havia criado.

Desatento por um breve momento, um dos homens aproveitou a oportunidade e o atingiu com uma faca, quase acertando seu rim. Jeongin engasgou com a coagulação de sangue que emergiu de sua boca.

— Porra... — Gemeu, preparando-se para retaliar.

Com agilidade, a mulher desferiu um chute na faca cravada em sua barriga, em seguida, mirou na mão, derrubando uma das armas. O garoto, incapacitado pela dor do chute em sua ferida, não pôde reagir imediatamente. No momento em que a garota concluiu com seu último chute na mão, ele aproveitou a outra arma e disparou três vezes: duas na perna usada aparentemente na luta e outra no trapézio. Doona berrou de dor, lançando imprecações em todas as formas possíveis ao ser atingida.

— Peguem ele. — Ordenou, buscando reagrupar suas forças.

O azulado foi brutalmente golpeado por uma série de socos e chutes, quase perdendo a consciência. Sua sobrancelha foi cortada pelos socos, o sangue escorrendo pelo rosto mantendo-se quente, enquanto seu corpo pulsava de dor. Um gemido escapou quando a garota se aproximou de seu corpo caído, retirando a faca cravada, intensificando o fluxo de sangue do ferimento e de sua boca.

— Eu não vou te matar agora. Quero que você fique aí, apodrecendo e agonizando na dúvida se alguém virá por você. — A morena sorriu ironicamente, olhando-o com desprezo. — Ninguém se preocupou em vir atrás de você antes, por que o fariam agora? Você está sozinho, Jeongin.

Doona virou-se e deixou a sala, levando consigo todos os capangas. Jeongin permitiu que uma lágrima solitária escapasse de seu olho assim que ficou completamente sozinho. Rastejou em direção à sua mesa, alcançando seu whisky e seu celular na gaveta.

[...]

Changbin prontamente auxiliou Jeongin durante o banho, após a partida de Felix. Em seguida, cuidou meticulosamente de seus ferimentos, enquanto Yang observava atentamente, recordando as palavras de Kwon naquela noite sobre ninguém vir salvá-lo - uma afirmação agora desmentida.

— Obrigado —Murmurou I.N. ainda fraco, mantendo seus olhos fixos no mais velho.

Ao concluir os curativos, Changbin ergueu a cabeça, encontrando o olhar de Jeongin. Um sorriso sutil surgiu ao notar os fios do mais jovem ainda molhados e desalinhados. Com uma toalha, secou cuidadosamente o cabelo do outro.

— Por que está agradecendo...— Riu Changbin discretamente, sentindo-se humilde diante da gratidão do rapaz.

— Você me salvou. — expressou Yang, genuinamente grato.

O musculoso desviou o olhar modestamente, concordando levemente com a cabeça. Jeongin contemplou os curativos, refletindo sobre como Changbin havia chegado tão rapidamente para socorrê-lo.

— Como você chegou tão rápido naquela noite? — questionou, cheio de dúvidas.

— Há dois anos, apenas dois dias após sua partida... Imaginei que você estivesse nos Estados Unidos, então fui atrás de você —Revelou Changbin, pausando para respirar fundo antes de continuar. —Sabia que você queria ficar sozinho, então assegurei sua segurança à distância.

Jeongin sentiu um alívio profundo com a presença reconfortante de Changbin. Agora, a lágrima solitária derramada anteriormente não carregava o mesmo peso. Quando Doona afirmou que ninguém viria até ele e que estava sozinho, estava completamente equivocada. Jeongin nunca esteve verdadeiramente sozinho.

Com um sorriso nos olhos, ele expressou sua gratidão a Changbin.

—Obrigado por tudo. —Disse calmo, e Changbin simplesmente assentiu, cobrindo-o com cuidado.

—Descanse, certo? Você precisa dormir um pouco...— Sugeriu Seo, mas sua tentativa de se afastar foi interrompida quando Yang segurou a camiseta dele. — Relaxe, só vou pegar o colchão... Não vou te deixar sozinho. — Assegurou Changbin, transmitindo um conforto que apagava qualquer resquício de solidão que Jeongin pudesse ter sentido.

[...]

Minho repousava ao lado de seu amado, seu coração pulsando vigorosamente enquanto Jisung encontrava conforto deitado sobre seu peito, absorvendo os compassos rítmicos do coração de Lee. Embora Minho ansiasse discutir o ocorrido com Hyunjin, sentia a necessidade de aproveitar ao máximo aquele momento com seu namorado.

—Hey, está dormindo?— Sussurrou o moreno para o mais jovem.

Han respondeu apenas com um murmúrio.

— Que tal sairmos amanhã? Tipo, sei lá... dar um passeio, ir à praia, visitar um parque de diversões e coisas do tipo.— Propôs, oferecendo diversas opções para o encontro.

— Você está agindo de forma estranha, o que aconteceu?— Jisung percebeu a diferença assim que Minho retomou a fala, considerando que ele não era adepto de sair muito e não apreciava particularmente a praia.

—Não há nada de errado, eu só quero estar com você— Assegurou Minho.

Embora em seus pensamentos tenha refletido: "Pelo menos enquanto ainda tenho a chance".

Angels like You - Minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora