"Não importa qual seja o resultado, te amo e tenho muito orgulho de você. xx May!"
Gabriel sorriu para a tela do celular, esperando a ordem para os jogadores formarem fila e entrarem no gramado de um Mané Garrincha, em Brasília, pulsante.
São Paulo e Flamengo decidiriam, em jogo único, naquele dia o título da Copa do Brasil e mais uma vez Barbosa pretendia dar orgulho a sua torcida e quem sabe, dedicar um gol a Mayara.
- Vamos, Gabi! - Arrascaeta o chamou para se juntar aos demais para a última conversa antes do jogo começar.
•••
A temperatura estava alta, trinta e cinco graus, o que motivaria as famosas paradas técnicas.
Início de jogo. Flamengo começa melhor e mais organizado do que nos outros jogos, tendo pelo menos duas chances de abrir o placar. Enquanto o Tricolor Paulista precisou fazer a primeira mudança aos sete minutos, Diego Costa no lugar de Arboleda, devido a um problema muscular na coxa esquerda do equatoriano.
Problema parecido com o de Arrascaeta, que só estava em campo após um intenso trabalho de recuperação, o uruguaio formava, na verdade, dupla no ataque com Pedro.
- Ele tá nervoso, May, o time todo aparentemente. Tô com medo, quero chorar! - Melinda dizia a Mayara, assistindo no quarto do hotel em que estavam na capital do país para fazer uma surpresa aos jogadores. - Certeza que não joga o segundo tempo, aí fudeu...
Mayara permanecia em silêncio, agarrada ao terço que ganhou de sua mãe quando ainda era criança e tentava não pensar nas palavras de Melinda e também não queria retrucar, pois devido ao nervosismo de ambas, sabia que iriam brigar feio e não era algo que o momento pedia.
- GOL, MEU DEUS! EU TE AMO, BH! - Dejour gritou, Mayara pulava na cama como uma criança ao ganhar um brinquedo novo. Bruno Henrique abria o placar após a finalização de Pulgar render uma ótima defesa a Rafael, que não contava com a batida dela na trave e a rapidez do camisa vinte e sete para encontrá-la e colocar no fundo da rede.
Mas a resposta do tricolor foi rápida e Rodrigo Nestor impediu o Flamengo de levar a vantagem para o intervalo.
Melinda estava certa, Giorgian foi substituído na segunda etapa. Gabriel começou na reserva, substituindo Pedro aos vinte e oito minutos, pois Sampaoli preferiu começar com o meio-campo mais encorpado, com Gerson no lado direito.
- O tempo tá passando e eles não aproveitam, meu Deus... Faz alguma coisa, careca burro do caralho! - Melinda dizia aflita, xingando Sampaoli como se o mesmo fosse ouvir e atender seu desejo.
Um balde de água fria na cabeça dos Flamenguistas em forma de gol aos quarenta e sete da etapa final: Jonathan Calleri marcava o segundo do São Paulo, deixando os tricolores em êxtase e celebrando o título inédito da competição.
- Inacreditável... - Foi a única coisa que Botelho falou após o apito final, como um sussurro.
•••
Duas horas haviam se passado e Gabriel não saiu do quarto desde que o time voltara ao hotel, não conseguia entender o motivo para tantas coisas ruins estarem acontecendo.
Mas dentre essas, uma muito boa, ter conhecido Mayara. Só não sabia com que cara iria reencontrar a amada, pois tinha plena consciência de que era enérgica como torcedora e já podia imaginar outro castigo vindo pela frente.
- Já vai, porra! - Respondeu, após ouvir as batidas insistentes na porta. - May?
A surpresa e um sorriso animador no rosto dele surgiram ao dar de cara com Mayara que aparentava serenidade.
- Não vai me convidar para entrar?
Imediatamente Gabriel se afastou e a deixou invadir seu espaço, trancando a porta em seguida.
- Então era aqui a convenção de influenciadores, mocinha?
Mayara revirou os olhos, não da forma que gostaria.
- Não acha que eu deveria fazer as perguntas por aqui, Gabriel?
Barbosa engoliu a seco, outra coisa que era raro de acontecer mas que somente ela conseguia também.
- Casa comigo?
- Tá bêbada? Pior, andou se drogando? Vou já ligar pra Melinda e perguntar o que andaram fazendo ou o que você andou fazendo, né?
- Não vai conseguir falar com ela, porque se muito bem conheço deve estar ocupada consolando certo camisa catorze. - Mayara respondeu, sentando-se na cama e sendo observada por Gabriel a cada passo dado.
O jogador só se aproximou quando teve certeza de que ela não oferecia perigo. Ao contrário, seu olhar era de ternura.
- Eu envergonhei você e a torcida mais uma vez, me perdoa. - Gabriel começou uma espécie de desabafo. - Outra vez não consegui dar o meu melhor, me sinto um lixo quando isso acontece porque sei que as pessoas esperam o máximo de mim.
- Sabe perfeitamente que a culpa não é sua, você não é responsável por tudo que acontece no time, Gabi. - Mayara diz, com os braços em volta do pescoço dele e em seguida o beijando. - Ainda tô esperando a sua resposta...
- É claro que eu caso, pelo amor de Deus. Quem disse que não levantei troféu hoje? - Gabriel perguntou, rindo e a fazendo rir também. - Mas não tinha que ser eu a perguntar isso?
- Você me pediu em namoro, nada mais justo do que eu fazer o pedido de casamento. - Botelho começou a se justificar. - E outra, nada no nosso relacionamento é normal ou como os outros milhões por aí, lembre-se que o nosso começou através de um podcast.
- Bendito dia em que falei mais do que a boca!
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não estranhem, resolvi fazer o dia da final como um único jogo e em outro lugar, para encaixar melhor no andamento da fanfic.
agora só faltam 3 para o fim! :(
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podcast, gabigol.
Romance"eu tenho um penhasco por essa mulher." gabriel barbosa em seu podcast com giorgian de arrascaeta, sua dupla no futebol, acabou soltando em um jogo de verdades que tem uma grande paixão por mayara botelho, sem pretenção alguma. mayara é uma garota...