Mulher desaparecida

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O dia havia sido muito estranho e agora, deitado em sua cama, Taehyung se martirizava por não estar conseguindo descansar como seu médico havia receitado.

Ele só conseguia pensar no caso.

Também pensava no porquê do sargento Park tê-lo escolhido.

Na verdade, ele sempre pensou apenas no trabalho. Nunca teve tempo para pensar em outras coisas. É um homem solteiro e não tem familiares por perto e muito menos algum bichinho de estimação. Então pra que se preocupar com algo além do trabalho quando todo o seu foco pode estar em uma única coisa?

Assim ele conseguiria finalizar casos ainda mais rápido e levar justiça para os cidadãos coreanos.

Ou ele ficaria estagnado, assim como está com o hacker.

O toque de seu celular quebrou o silêncio do quarto, obrigando-o a esticar um pouco o seu braço para alcançar o aparelho em cima da cômoda. Ao ver que era um número desconhecido, Taehyung exitou em atender mas, no fim, acabou atendendo.

— Detetive Kim.

— Ah, detetive Kim! Sou eu, o sargento Park. Eu o acordei?

— Não, sargento. Em que posso ajudá-lo?- ele perguntou calmo enquanto se sentava

— Temos uma nova vítima. Outra mulher grávida que foi sexualmente agredida, mas dessa vez ela está viva. Estamos no Hospital Huojong

— Estarei aí em quinze minutos.

Taehyung desligou e se levantou, logo foi se trocar e pegar suas coisas.

·

Quando chegou na recepção do hospital, Taehyung ergueu seu distintivo e olhou para a recepcionista.

— Estou procurando o sargento Park Jimin. Ele está aqui com uma mulher grávida que foi vítima de estupro.- ele disse calmo

— Ah, claro senhor. Por favor, me acompanhe.

Ela se levantou e Taehyung a seguiu enquanto colocava seu distintivo novamente em seu cinto.

Quando avistou a cabeleira loira, o Kim agradeceu a mulher e continuou seu trajeto até o Park sozinho.

— Sargento.- ele se curvou quando o mesmo se virou para olhá-lo.

— Oh, você foi rápido, eu aprecio isso. Venha, vamos até a vítima. Ela ainda não quis nos dizer nada, nome, endereço, telefone... Absolutamente nada

Taehyung suspirou pesadamente.

Isso é bem comum entre vítimas de abuso, principalmente se tiver homens por perto. Ela provavelmente se sentiu incomodada e assustada.

E com toda a razão.

— Eu não entendo..

— O que foi, sargento?

— Ela deveria estar aqui. Com licença, enfermeira, você pode me informar para onde levaram a paciente que estava nesse leito?

- Desculpe, senhor.. Ela não está no leito? O médico não a liberou ainda

— Não viram ela saindo daqui?- Taehyung perguntou, incrédulo

— Desculpe, senhor.. É que hoje o hospital está cheio, houve um acidente de ônibus cheio de turistas...

Taehyung suspirou pesadamente.

Isso não é desculpa.

Agora eles possuem uma vítima vagando por aí. Se ela tomar banho, não vão poder fazer os testes de agressão sexual.

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