53 × recovery

413 27 13
                                    

Ao chegarmos no CT, vi a Luna encostada no meu carro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ao chegarmos no CT, vi a Luna encostada no meu carro. Eu não sabia que ela havia vindo, mesmo trocando mensagens durante o caminho todo. Desci com cuidado do carro, já que não conseguia subir os degraus do ônibus.

— O que você está fazendo aqui? - perguntei quando ela se aproximou de mim. — Pensei que você estava em casa.

— Você acha mesmo que eu ia ficar sossegada em casa, depois de ver você machucado? - ela colocou as mãos na cintura.

— Parece um pinscher, que bonitinha. - Beraldo chegou do nosso lado e apertou as bochechas da Luna. — De nada pelo aviso.

— Não fez mais que a sua obrigação. - ela bateu nas mãos dele.

Alternei o meu olhar entre os dois e desisti de entender a relação deles. Arrumei a alça da minha mochila e a muleta que me arrumaram.

— Você não pegou Uber, né? - perguntei para a minha namorada, que brigava com o Beraldo.

— Não, a Rafa veio buscar essa coisa. - ela apontou para o Lucas. — Pedi carona e vim te buscar.

Luna pegou a minha mochila, procurou pela chave do meu carro. Assim que achou, destravou o carro e me ajudou até o veículo. Entrei com dificuldade no carro e passei o cinto. Luna colocou a minha mochila no banco de trás e depois assumiu o volante do carro. Entramos no carro e seguimos para casa. Durante o trajeto, a Luna não parava de me lançar olhares preocupados. Pude perceber que a situação mexeu com ela, mesmo que tentasse disfarçar.

Chegamos em casa, e Luna me ajudou a sair do carro. Caminhamos devagar até a porta, onde ela colocou o polegar na tranca e abriu. Entramos dentro de casa, e pude ver o sofá arrumado com alguns travesseiros e com duas cobertas.

— O Lucas falou que você não podia forçar o tornozelo, então eu arrumei uma cama para nós aqui na sala. - me apoiei nela até o sofá. — Deixei uma troca de roupa no banheiro daqui de baixo.

Ela me ajudou a me sentar no sofá. Quando ela ia se afastar, a puxei pela mão e a fiz sentar no meu colo. Afastei o cabelo dela do rosto e deixei um selinho em seus lábios, fazendo-a sorrir, o que por sua vez me fez sorrir.

— Vou fazer algo para você comer. - ela apoiou a testa na minha. — Você tem que comer algo para tomar os remédios.

— Pede algo, não quero ficar longe de você. - sussurrei, fazendo carinho na coxa dela.

— Eu quero cozinhar para você, deixa de ser chato. - ela se levantou, me fazendo suspirar de desânimo. — Vai tomar o seu banho, você entrou pouco tempo mas tá fedendo.

A olhei totalmente chocado e mostrei o dedo do meio para ela, que riu e me mandou um beijo enquanto ia para a cozinha. Dei uma risada fraca e me levantei com cuidado, fui até o banheiro tomar um banho. Com um pouco de dificuldade, tomei o meu banho e vesti a roupa que a Luna havia deixado ali, saí do banheiro e caminhei com cuidado até a cozinha.

✔︎ | podcast × rodrigo nestorOnde histórias criam vida. Descubra agora