76 × beach day

282 22 5
                                    

O consultório da obstetra estava calmo hoje; acho que, por ser final de ano, quase não deve ter consultas marcadas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O consultório da obstetra estava calmo hoje; acho que, por ser final de ano, quase não deve ter consultas marcadas. Minha cabeça estava apoiada no ombro do Rodrigo, e ele fazia carinho na minha coxa.

— Se hoje a gente não descobrir o sexo, eu vou esperar até o parto. - resmunguei brava.

— Vamos conseguir ver, só fica relaxada. - ele tentava me acalmar.

Apenas concordei e fiquei quieta.

— Luna Guedes. - a secretária me chamou.

Levantei, sendo seguida pelo meu noivo, e fomos até a sala da médica. Entramos na sala, e a médica nos recebeu; conversamos sobre os meus exames, os exames do bebê, até ela pedir para eu deitar na maca.

— Vamos ver como esse pacotinho está. - a médica passou o gel na minha barriga e desligou a luz. — Olha só, está dando oi para vocês. - ela movia o aparelho de ultrassom, e eu olhava para a TV na frente da maca.

Rodrigo segurou a minha mão e deixou um beijo na minha testa.

— Querem escutar o coraçãozinho? - ela perguntou, passando um pouco mais de gel.

— Sim. - respondi rapidamente.

Ela mexeu em alguns botões, e escutamos o coraçãozinho; toda consulta, eu chorava, e agora não era diferente. Olhei para o Rodrigo, que gravava na TV.

— Hoje está batendo bem forte. - eu falei admirada, e ele virou o celular para mim.

— Luna, você pode virar de lado para mim? - ela perguntou com o cenho franzido. — Preciso checar uma coisa, não precisa se preocupar.

Me virei para o lado dela; ela passou mais gel e voltou a olhar para o monitor.

— Como eu suspeitava. - a médica falou, com um sorriso.


Eu estou feliz, tipo muito. O tanto que eu havia chorado, que até o Rodrigo se assustou.

O sofá de casa parecia mais confortável do que o normal; o meu notebook estava aberto com um monte de sites de arquitetura e o Pinterest. Eu pesquisava ideias para o quartinho, as cores, os temas. Em geral, eu pesquisava tudo. A minha sogra já estava procurando alguns arquitetos e decoradores de interiores, enquanto a minha cunhada me ajudava a escolher os nomes e as roupinhas.

— Você está atrasada demais para isso. - Karoline, a minha cunhada, falou. — Não sei por que você resolveu esperar até saber o sexo.

— Ka, eu estava mais ansiosa para isso. - respondi, sem tirar os olhos do monitor. — Você também deve ter ficado assim, como o gorducho.

— Ela ficou pior. - Rodrigo entrou na sala. — Nem o nome tinha.

Karoline jogou uma almofada nele, eu dei risada negando enquanto eles brigavam. Eu criei uma pasta no Pinterest apenas para não me perder nas coisas que eu gostava. Rodrigo queria uma bandeira enorme do São Paulo no quarto, eu neguei; queria o primeiro quartinho bem neutro.

— Como vocês vão anunciar? - Karol perguntou. — Porque vocês já sabem o sexo e eu ainda não aceito isso.

Eu olhei para o meu noivo, que sorria para mim. Nós já tínhamos uma ideia, mas não sabíamos como iríamos fazer, a única coisa era que a Kass iria fazer o anúncio.

— A Kass que vai anunciar, só podemos falar isso. - Rodrigo respondeu, sentando do meu lado. — Nem a mãe sabe, porque ela iria falar para todo mundo.

Continuamos a fazer pesquisa, Rodrigo continuava a querer um quartinho do São Paulo, eu falei que iria ter algumas coisas, mas não o tema todo. Karol foi embora no começo da noite, Rodrigo fez o nosso jantar.

— Vamos passar as festas de final de ano onde? - perguntei comendo um pouco do estrogonofe de frango. — Estava querendo ir para a praia.

— Podemos alugar um Airbnb que aceite cachorro, não precisa ser uma casa grande. - ele dava algumas ideias.

Conversamos sobre como iríamos fazer a revelação e os nomes que mais chamaram a nossa atenção.



O sol queimava um pouco o meu corpo, a areia me incomodava um pouco, mas o gelado da água do mar me fazia sorrir. Rodrigo brincava com a Kass, que latia e pulava, eu ria da golden toda vez que ela jogava água em mim.

Senti os braços do Rodrigo na minha cintura, me levantando e me girando.

— AMOR! - gritei, rindo e sentindo as patas da Kass nas minhas pernas.

— Você ta gostosa demais com esse biquini. - ele selou os nossos lábios, que me fez rir.

— Se controla. - pedi, passando os meus braços pelo seu pescoço.

Passaríamos alguns dias aqui em São Vicente, voltaríamos apenas para o Natal. Ficar um pouco longe da confusão de São Paulo estava me fazendo bem, principalmente para o Digo, depois de toda a pressão da Copa do Brasil e tentar não rebaixar no Brasileirão.

Ficamos a parte da manhã, até o começo da noite na praia, mas agora estamos na casa que conseguimos por algum milagre.

— Kass, fica parada. - Rodrigo pedia pela milésima vez. — Nunca vamos conseguir tirar essas fotos.

— Fica pronto, eu vou fazer ela olhar para baixo e depois para cima.- me aproximei da golden, fazendo um sinal para ela olhar para baixo e depois para cima enquanto eu segurava um petisco.

— Acho que ficou boa. - o meu noivo me mostrou as fotos.

— Eu vou chorar de fofura.

As fotos ficaram melhores do que eu imaginava, a carinha dela com se realmente tivesse entendido algo.



━━☆━━━☆━━━━NOTES━━☆━━━☆━━━━

curtinho só para o tempo da história passar.

posso fingir que o jogo de ontem nunca existiu? parecia uma jogo de final de tão ruim que foi.

o próximo capitulo já tem a saída do dorival e a chegada do carpini.

amo vocs 💛

✔︎ | podcast × rodrigo nestorOnde histórias criam vida. Descubra agora