43 × the curse is over

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Hoje seria o jogo contra o Tigre, pela Sul-Americana

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Hoje seria o jogo contra o Tigre, pela Sul-Americana. Depois de 10 anos, finalmente teríamos esse jogo, porque se eles não tivessem nos dado o W.O, alegando que não voltariam para o jogo depois de alegada violência da polícia local nos vestiários do estádio após uma confusão que começou dentro de campo entre as duas equipes. Se, em 2012, eles alegaram isso porque estavam perdendo, hoje iremos resolver do jeito certo.

Já estava no Morumbi, as filmagens já tinham começado, mas eu fiquei somente com as fotos hoje. Fui obrigada a sair do vestiário, porque os bonitos iam trocar de roupa. Fiquei do lado de fora, revisando algumas fotos que havia tirado e deletando as que ficaram borradas ou desfocadas.

— Agora você pode entrar. - Rafael me avisou quando abriu a porta.

— Perdi uma oportunidade maravilhosa de vender os nudes de vocês. - resmunguei, passando por ele.

— Já conversamos sobre isso. - ele revirou os olhos e se sentou na sua parte do vestiário.

Dei de ombros e tirei algumas fotos. Não tinha muito o que fazer, então fiquei conversando com eles e xingando os jogadores do Tigre.

Lucas Silvestre os chamou para começar o aquecimento, então eu subi junto com eles. Tirei várias fotos da torcida, do campo e dos jogadores. Eles se aqueciam, conversavam baixo e com a mão na boca.

Tive que descer para o vestiário para pegar mais uma bateria e um cartão de memória, já que a bateria estava acabando e o cartão estava ficando lotado. Entrei rapidamente no vestiário, andando até a parte do Pablo e pegando a minha mochila.

— Como você consegue ficar linda com essa calça de treino e a blusa? - virei rapidamente quando escutei a voz. — Oi, linda.

— Odeio quando vocês me assustam. - coloquei a mão sobre o peito. — To brava agora, nem vem. - cruzei os braços depois de me recuperar.

— Desculpa. - ele se aproximou, deixando um beijo na minha bochecha.

— Não. - um bico surgiu na minha boca, o fazendo rir.

— Compro comida japonesa para você. - ele colocou as mãos na minha cintura.

— Mesmo? - tentei não sorrir.

— Lógico.

Dei um selinho rápido nele e voltei a mexer na minha mochila procurando as coisas. Peguei a bateria e o cartão de memória. Rodrigo continuava ali comigo e subiu até a beirada do campo, onde eu tirava fotos de alguns torcedores.

Um tempo depois, os jogadores voltaram para o vestiário. Uma tensão era palpável, mas o som de algum pagode, misturado com sertanejo e funk, parecia que a tensão não existia.

— Hoje vamos fazer história, pessoal! - gritou um dos jogadores, empolgando a equipe.

Um círculo se formou, com todos os jogadores que iam ou não jogar, mas estavam ali para dar apoio.

✔︎ | podcast × rodrigo nestorOnde histórias criam vida. Descubra agora