83 × Lunestor's children

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11 de maio de 2024, 9:30 da manhã

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11 de maio de 2024, 9:30 da manhã.

Faltavam duas semanas para eu completar os 9 meses de gestação, mas parece que os dois mini humanos tinham um pensamento totalmente diferente. Hoje tem jogo contra o Fluminense, pelo Brasileirão, eu já estava afastada desde o último jogo do Paulista, a minha barriga havia crescido horrores e estava difícil de trabalhar no CT.

— Como você está se sentindo? - Karol entrou na sala com uma bandeja.

— Como se a qualquer momento eu fosse explodir. - expliquei para a minha cunhada. — Sua afilhada tem se mexido muito esses dias. - falei, enquanto ela me ajudava a sentar direito.

— O Neno foi no CT pedir a licença? - ela perguntou, sentando ao meu lado no sofá.

— Ele deixou para o último segundo, como sempre. - Revirei os olhos, enquanto tomava o suco de laranja.

— A minha mãe fala que até para nascer, ele enrolou. - ela deu risada, o que me fez rir junto. — Você não quer ir lá fora tomar um pouco de sol? Faz bem para vocês.

Assenti concordando, ela me ajudou a levantar e me levou até as espreguiçadeiras ao lado da piscina. A Kass estava com o meu irmão nessas últimas semanas, ela só voltaria para casa depois de se acostumar com os cheiros das roupinhas que o meu irmão ou o Rodrigo levariam para ela cheirar.

Antes mesmo que eu pudesse me sentar, senti algo molhado nas minhas pernas. Olhei para baixo, o vestido solto, que a minha sogra havia feito, não deixava eu enxergar direito, dei dois passos para trás e vi a poça de água.

— Karol. - chamei a atenção dela. — Liga para o seu irmão e pergunte onde ele está e depois liga para o Pe.

Eu respirava devagar, não poderia entrar em pânico agora, senão as contrações começariam a doer mais rápido.

— Por que?

— Digamos que a minha bolsa estourou e as contrações estão começando. - fechei os olhos com força quando senti a primeira dor.

Escutei ela conversando com o Rodrigo, que falou que já estava perto do condomínio. Respirei fundo novamente, olhei para o meu relógio de pulso, tinha que começar a contar os intervalos das contrações.

Escutei a porta de entrada abrir e fechar com força.

— Cheguei. - Rodrigo apareceu, correndo. — Kaka, a bolsa da maternidade está perto da porta, eu vou levar a Lua para o carro.

Eu não sabia mais o que estava acontecendo, apenas me sentia sendo guiada para o carro, com o Rodrigo e a Karol ao meu lado.

— Liga para a obstetra, para os seus pais. - pedi entrando no carro e escutando a voz da Karol conversando no telefone.

A minha respiração começou a ficar mais pesada e as contrações mais fortes. Eu não sei se aguentaria até a maternidade.

— Me lembre o porquê eu escolhi uma maternidade longe? - perguntei, fechando os olhos com mais força.

✔︎ | podcast × rodrigo nestorOnde histórias criam vida. Descubra agora