Depois da eliminação na Sul-Americana, o clima dentro do CT e, principalmente, nos treinos estava tenso. No Brasileirão, tentávamos evitar o rebaixamento, mas não estava fácil. Muitos times que antes eram considerados pequenos agora estavam mais fortes e melhores que nós.
Acabamos de chegar de Florianópolis, onde jogamos contra o Internacional. Não foi um jogo bom, mas conseguimos segurar uma posição razoável na tabela. Daqui a dois dias, teríamos o sorteio para decidir onde seria o último jogo da Copa do Brasil, e eu torcia para que fosse em casa.
Joguei-me no gramado, completamente cansado. O professor Dorival conversava com o Lucas Silvestre. Levantei-me e fui pegar minha garrafa de água. O tempo em São Paulo estava mais estável do que o normal. Fazia uma semana que não tínhamos sinal de chuva, e o sol estava mais quente do que o comum. Tomei alguns goles de água quando senti um peso nos ombros. Olhei para o lado e vi Pablo com um sorriso no rosto.
— Tá querendo o quê? - perguntei, tomando mais um pouco de água.
— Nossa, é assim que você trata o seu melhor amigo? - ele fez um drama. — Já pensou em como vai falar para a Luna?
Desde o jogo contra o Corinthians, o Pedro conversou com a gente e o Beraldo avisou que os advogados haviam entrado em contato. Pelo visto, o ex da Luna estava tentando alugar um apartamento no mesmo prédio que ela. E por ter uma ordem de restrição, que ele não respeita, não sabíamos como contar para a Luna.
— Ainda não. - joguei um pouco de água na mão e joguei no meu rosto. — Eu tento achar uma oportunidade, mas parece que não existe.
— Ou você cria essa oportunidade ou você cria. Não tem outro jeito.
Eu sabia que ele tinha toda a razão. Eu só não falava em voz alta porque sabia que o ego dele ficaria enorme. Então, apenas concordei com a cabeça, continuei a ponderar sobre como abordar o assunto com a Luna. As preocupações com a segurança dela e o desconforto causado pela presença do ex-namorado no mesmo prédio pesavam em meus pensamentos.
Enquanto deixava o campo de treinamento, repassei mentalmente os cenários possíveis para trazer à tona essa situação delicada. Sabia que precisava encontrar as palavras certas para não assustar ou preocupar demais a Luna.
Fui para o vestiário tomar um banho e trocar de roupa. Assim que terminei de me arrumar, dirigi-me à sala da Luna. Eu planejava convencê-la a passar a noite em minha casa novamente, e caso ela não quisesse, estava disposto a ir para o apartamento dela.
Bati na porta, esperando a permissão dela, e, ao abrir, deparei-me com ela usando os óculos de grau que só usava quando estava com enxaqueca. Adentrei a sala e me sentei no sofá, aguardando pacientemente que ela concluísse o expediente. Passei o tempo mexendo no celular.
— Me avisa com antecedência, está bem? — Ouvi ela conversando ao telefone. — Se precisar, me ligue. — Ela ficou em silêncio por alguns segundos. — O Rodrigo acabou de chegar aqui. — Olhei para ela com a sobrancelha arqueada. — Lice mandou você ir se foder.
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✔︎ | podcast × rodrigo nestor
Fanfictionᵖᵒᵈᶜᵃˢᵗ Onde Luna apresenta o podcast do São Paulo e perde uma aposta ao vivo inicio das postagens: 28 de novembro de 2023 final das postagens: 25 de março de 2024 MERAWAYNE original fanfiction PLÁGIO É CRIME.