CHAPTER 2

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   Seus olhos me olham com atenção. Talvez esteja estudando-me. Isso pode ser bom ou ruim dependendo da intenção do indivíduo. Eu estou preso em seus olhos azuis como o mar, mas frios como o gelo. Ela também não consegue desviar, talvez também esteja fiscalizando se sou uma pessoa confiável. Bem, considerando que eu a ajudei a sair da árvore e a salvei de ter seu corpo quase esmagado pelo chão, então acho que sou alguém sim confiável. Ao invés de ouvir palavras gentis de agradecimento, senti um empurrão em meu peitoral com força para longe da mesma, embora eu só tenha dado alguns passos para trás.

— Não encosta em mim, idiota — Rosnou em minha direção.

  O quê? Isso só pode ser brincadeira. Qual é o problema das mulheres que não sabem agradecer pela ajuda. Olhei para ela em êxtase, mas não ousei dizer nada. Estou concentrado agora nesta sua figura que se apresenta na minha frente. Sua roupas, tatuagens; ela aparenta não ser nem um pouco por estas regiões. Não sou dessas redondezas. Suas palavras voltam automaticamente para a minha cabeça. Quem é você então? Estreito os olhos. Chega, já estou farto disso. Vamos ao que interessa. Sem mais delongas, com muitas perguntas em mente, fui direto ao ponto primordial.

— Quem é você? — Questionei com a voz grave e severa. Não há mais nada que possa fazer o rumo desta conversa se desviar do seu objetivo. — Por que estava em cima de uma árvore e como veio parar nas fronteiras de Konoha?

— São três perguntas — Limpou suas mangas e luvas dos resquícios de lama e restos das folhas presas nela.  — Só vou responder uma delas.

— Negativo. Você não tem que querer responder nada. Apenas têm a obrigação de responder todas as minhas perguntas. Caso contrário, farei isso de outra forma.

   A garota parou por um instante o que estava fazendo, e me olhou por cima do ombro sorrindo de lado.

— Me obriga  — Desafiou-me, olhando com aqueles olhos azuis brilhantes como se gostassem de um desafio.

   Deu um passo à frente e, sendo agilmente rápido, peguei o seu pulso virando-a de costas para mim. Coloquei uma de minhas Kunais em seu pescoço, enquanto seus braços eram imobilizados por uma de minhas mãos fortes. Sendo assim, ela lutou para sair de meu aperto, mas só fazia com que eu apertasse ainda mais os seus pulsos a obrigando a cessar com a sua relutância.

— Me solta, seu filho da... — Interrompe a sua fala, aproximando ainda mais a kunai de seu pescoço.

— Já que não vai colaborar em nada, quem sabe sob pressão finalmente não resolva abrir essa boquinha. — Ela gemeu de raiva quando sentiu as láminas das kunais passando por sua pele. Um simples movimento falso e sua faringe iria jorrar para fora de seu pescoço. Eu poderia fazer isso, porém quero saber de onde veio está garota. — Que tal começarmos do início, garotinha  — Aconselhei sussurrando em seu ouvido.

   Ela rosnou ainda mais. Provavelmente, está com muita vontade de socar a minha cara agora por está segurando-a, mas não dou a minima, visto que ela não vai colaborar com as investidas das minhas perguntas. Por fim, suspirou cansada e olhou para mim por cima do ombro com o olhar profundo.

— Eu falo tudo o que você quer quiser saber só com uma condição — Afirmou.

— E qual seria? — Ergue a sobrancelha.

— Me soltar! — Berrou, erguendo os pés do chãos como uma criança birrenta.

   Eu ri ríspido balançando a cabeça negativamente. Por incrível que pareça, estou me divertindo muito com isso.

— Ser burro não é errar uma vez. Ser idiota é errar pela segunda vez repetindo o mesmo erro. — Disse, sem afrouxar a Kunai de seu pescoço ou o meu aperto sobre seus pulsos. — Isto é, não vai a lugar nenhum ou sair daqui sem falar nada. Estou sendo bonzinho com você até agora, mas a minha paciência é limitada e você está esgotando ela. 

Kakashi VS Jinx: Ultimato. Onde histórias criam vida. Descubra agora