A Mulher Do Pastor

Capítulo 5 ✨

A casa de Ludmilla realmente estava uma
bagunça, havia roupas espalhadas para todo
lado, a cozinha tinha pratos e copos ainda
embalados em cima da mesa, a maioria dos
móveis estavam fora de lugar, mas mesmo
assim Brunna pode perceber comno tudo era bonito e de bom gosto ao começar pela cor que a casa havia sido pintada por dentro, um azul clarinho que dava sensação de bem estar. Era uma casa espaçosa, a cozinha era pequena, mas todo resto era de tamanho razoável, era dificil saber por onde começar a arrumar aquilo. Ficou esperando que Ludmilla dissesse o que fazer, mas a outra parecia mais perdida diante de tudo aquilo.

- Eu sei, está uma bagunça enorme, é a
primeira vez que me mudo, nem sei por onde começar. - Ela soltou um muxoxo coçando a cabeça.

-Você morava com sua família antes?

- Minha avó é toda família que tenho.

-O que aconteceu com seus pais? - Brunna perguntou e viu uma sombra de
tristeza atravessar o rosto da garota e ficou
se maldizendo mentalmente por ser tão sem
noção com as suas perguntas.

- Eu te conto tudo, Brunna, mas não hoje. A
gente tem muito trabalho pela frente, ainda
dá tempo de você sair correndo e desistir.

- Imagina, eu não fujo de trabalho, vamos
começar então pela cozinha?

- Ok. - Ela assentiu e as duas se dirigiram
até o cômodo.

Os armários eram todos embutidos, o que
facilitou muito, só foi preciso desembalar
tudo e ir colocando no lugar. Depois era só
fazer compras e ajeitar tudo, isso Ludmilla faria tranquilamente sozinha. Passaram para sala, esse cômodo levou um pouco mais de termpo, jogaram todas as roupas em uma caixa que foi levada pra um dos quartos e depois colocaram o sofá rente a parede, o rack foi posto em frente e a mesinha de centro ajeitada. Brunna ficou
olhando alguns dos quadros de Ludmilla, eram fotografias lindas, de pessoas, paisagem, nunca tinha visto fotos assim.

- São lindas!

- Gostou mesmo?

- Sim, muito.

- Que bom, fui eu que tirei todas elas,
ninguém nunca me disse que haviam ficado
boas. Obrigada por isso.

- Você trabalha com fotos? - Brunna
perguntou deixando sua curiosidade falar
mais alto novamente.

- Sim, mas não esse tipo de fotos, bem que
eu gostaria, mas faço trabalhos de todo tipo,
festas, casamentos, alguns trabalhos com
moda, o que aparecer lá na nossa firma,
somos três fotógrafos sócios.

- Isso parece ser bem legal.

- Não tanto assim, às vezes fico sem trabalho
e às vezes tenho demais, mas alguns são
bem chatos, mas amo fotografar, então tiro
prazer de tudo. Se algum dia precisar de um
fotógrafo, pode me chamar.

- Combinado. Vamos arrumar os quartos
agora? - A loira sugeriu recebendo um aceno de Ludmilla.

O quarto onde a garota dormia estava quase
arrumado, só precisou colocar as roupas no
lugar, não levou muito tempo. O outro quarto servia de escritório, tinha um sofá grande, computador, impressoras, duas máquinas fotográficas e uma filmadora, tudo muito moderno, ali foi arrumar a coisas nos cantos, colocar tudo reto e certinho.

Eram quase duas horas da tarde quando
acabaram. Só então Brunna se deu conta que só havia tomado o café da manhã e estava faminta, a arrumação havia absorvido todos os seus pensamentos. Como se Ludmilla  houvesse lido sua mente, falou:

- Não sei quanto a você, mas eu estou morrendo de fome. Gosta de comida japonesa?

- Não verdade nunca comi.

- Nesse caso, peço comida japonesa para
mim e uma pizza para você, pode ser?

- Não quero te incomodar, posso ir pra casa
fazer o almoço.

- Nem pense nisso, você me ajudou muito,
quero ao menos te pagar um almoço. Posso,
né?!

- Pode uma pizza quatro queijos para mim
está ótimo.

– Ok, vou providenciar isso. Fique a vontade
ali na sala.

Brunna foi até a sala e sentou no sofá, era
macio, feito de camurça de cor azul escuro,
Ludmilla parecia gostar bastante de azul. Não soube se foi o cansaço a falta de comida ou talvez o ambiente aconchegante, mas acabou pegando no sono sentada.