Capítulo 35 ✨

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Trouxe uma mini maratona pra compensar vocês pelo meu sumiço. Bjs e aproveitem ❤️

01/06

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Ainda fazia muito frio quando Brunna parou  em frente o portão de casa, estava trancando como ela imaginava, mas não demorou muito para Caio vim abrir. Quando olhou para cara dele, descansado
e com aquele sorriso maldoso no rosto, o
sangue ferveu de raiva e simplesmente se
esqueceu do frio, mas não ia desafiar ele nesse momento, falaria o menos possível. Apertou com força a flor de papel que Ludmilla tinha lhe dado, aquele gesto deu
uma certa força e tranquilidade.

- Passou bem a noite a fora de casa?

Até a voz de Caio a irritava. Trincou
os dentes com força para não dar a resposta
que ele merecia. Se ele soubesse quão bem ela tinha dormido a noite. Passou por ele e foi até o quarto pegar uma blusa, guardou a flor no bolso, era seu talismã, depois foi até a cozinha preparar tudo como de costume.
Caio ia seguindo os passos dela.

- Então Brunna, não vai me responder?

- Tenho que preparar o café e o almoço que
você vai levar.

- Que maravilha, a noite fez bem para sua
educação.

- Você nem imagina o quanto.

Ele chegou por trás dela e agarrou pelos
cabelos, fazendo a cabeça tombar um pouco
para trás.

-É assim que gosto de você, uma boa esposa,
respeitadora. Nunca mais abuse da minha
bondade, entendeu? Da próxima vez eu posso não ser tão bondoso.

Brunna fazia força para não prestar
atenção as bobagens que ele dizia, desvia
o pensamento, para Ludmilla, o sorriso, o
carinho, o corpo quente aquecendo o seu,
o beijo. As palavras de Caio dispersavam
em sua mente sem aquele efeito nocivo
costumeiro. Finalmente ele foi para o trabalho, até o ar da casa parecia mais puro nesse momento. A partir de hoje começaria a investigar tudo que o marido fazia na igreja, iria descobrir onde ele usava o dinheiro que os fiéis davam no dízimo ou como doação, ele sempre dizia que era para a manutenção da igreja e ajuda a pessoas carentes, mas por que ela nunca via nada de ajuda? E será que igreja gastava tanto assim com manutenção? Precisa encontrar o
livro onde ele anotava essas coisas.

Sentia se motivada, fazia isso por ela, pela
igreja e por Ludmilla , quem sabe as coisas
desses certo e elas pudessem ficar juntas,
teria que abrir mão de muitas coisas na qual acreditava, sua convicções, mas a garota valia o preço a ser pago. Mas enquanto não resolvesse todas essas coisas, precisava se manter um pouco afastada dela, não sabia quanto tempo aguentaria, mas era preciso. Mas mesmo assim, com seu afastamento, toda manhã Ludmilla lhe mandava a mensagem de Bom dia. Ficou três dias sem ter noticias da garota, evitava sair para fazer a limpeza na frente de casa na hora em que ela saia para o trabalho.

Estava difícil resistir a saudadeeà vontade de ouvir a voz dela, sentir o perfume.
Quando ouvia o barulho da moto, seu coração disparava, fechava os olhos e ficava se imaginando junto com ela a andar pelas ruas, o vento batendo nos cabelos, a mão na sua cintura para não cair. Começou a se sentir mal na hora do almoço, já faziam dois dias que ela tinha aquela dor no corpo e uma tosse persistente, Caio vivia reclamando à noite, tanto que ela foi dormir
no sofá. Mas agora estava bem pior, a cabeça doía demais.

Procurou por um remédio para dor,
mas havia acabado, não tinha certeza se
conseguiria ir até a farmácia, seu corpo estava mole, não viu outro jeito além de ir pedir algum para Ludmilla. Quando foi tocar o interfone, notou um carro luxuoso parado em frente, ficou na dúvida se voltava para casa ou tocava, por fim se decidiu, e tocou o interfone.

Para decepção total de Brunna, quem atendeu e abriu o portão foi uma moça alta e linda, não tinha dúvidas, Ludmilla tinha mentido, nunca sentiu nada por ela, já estava com outra garota. Em algum lugar, dentro do seu peito, ela sentiu seu coração partir em pedaços.

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