FINAL ✨

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As poucas pessoas que ainda restavam na
igreja saíram correndo quando Caio sacou a arma e apontou para Ludmilla. Era assustador a forma como ele estava, vermelho, olhos arregalados como um maníaco. Tentou se mexer o mínimo possível, qualquer movimento e aquele doido atiraria. Torcia desesperadamente para que qualquer pessoa que houvesse saído correndo já tivesse a ideia de chamar a polícia. Olhou para onde Brunna estava, Isabelly estava junto dela a anparando, Caio
segue o olhar da garota e agora aponta a
arma para as duas. Não tinham como correr, ele não dizia nada só apontava a arma, ora para Ludmilla que estava bem mais perto e ora para Brunna e Isabelly um pouco mais afastadas. Ia tentar conversar com ele, talvez
funcionasse.

- Calma, guarde a arma, não precisa
terminar assim.

- CALMA? Você destruiu tudo que eu
tinha, meu casamento, minha igreja, minha
reputação. Não tenho mais nada a perder.

- Tem sim, se me matar vai para cadeia, e
perde sua liberdade. Preciso te explicar o que fazem com pedófilos na cadeia?

Isabelly pede para Ludmilla ficar calada.

C- ala a boca Ludmilla, isso só piora tudo!

O pastor continuava a apontar a arma,
realmente conversar não resolveria nada,
era como tentar acalmar uma manada de
elefantes furiosos, mostrando um rato. Mas o que ela poderia fazer? Então Caio disse algo que fez o corpo todo da garota gelar.

-Sua idiota. Quem disse que vou te matar?
Na verdade essa era minha intenção inicial, e Brunna voltaria implorando para aceitá-la de volta. Mas mudei de ideia, vou acabar
com Brunna e você vai viver eternamente
se culpando por isso. Quero que você sofra,
pouco me importa que eu vá parar na cadeia. Quero que toda vez que lembre esse dia, você morra um pouco, até ser só uma sombra do que foi, porque é assim que você vai ficar.

- NÃO, POR FAVOR! Brunna não sabia desse
plano, fiz tudo sozinha. Ela não tem culpa de nada e ainda é sua esposa!

- Ela deixou de ser minha mulher quando
preferiu você. E eu sempre vou poder atestar insanidade para não ir para cadeia.

Ele aponta a arma em direção a Brunna e
chama.

-  Agora Brunna, quero que venha devagar até aqui perto de mim.

Ela ainda hesita um pouco, mas agora ele
aponta para Ludmilla.

–Vem ou atiro na sua amante. Você
escolhe.

Isabelly olha atentamente para Ludmilla, e vê o leve movimento que a outra faz com corpo, então pensa em silêncio "por favor Ludmilla, não seja tão idiota, não seja!"

Mas a garota não lia pensamentos. No
momento em que Caio desviou o olhar
mais uma vez para Brunna, ela foi para cima dele com um pulo. Os dois caem no chão e Caio tenta puxar a arma para junto do corpo de Ludmilla, que luta para tirar a arma da mão dele. Tudo acontece muito rápido, já se ouvem barulhos de sirenes
da polícia se aproximando, pelo menos
alguém tinha lembrado de chamar os tiras.
Brunna e Isabelly ficam paralisadas sem
saber como ajudar a outra, que agora rola
por cima de Caio  Então um barulho
ensurdecedor de um tiro ecoa por toda igreja, que agora quase vazia parecia se multiplicar.

Caio e Ludmilla param de se atacar, cada um rolando para um lado. A arma fica caída no meio dos dois. O pastor começa a se sentar e Ludmilla também tenta, mas leva a mão barriga e sente uma dor intensa e olha para mão manchada de sangue. Enquanto Brunna tenta correr até ela, o pastor recupera a arma. Aponta mais uma vez para
Ludmilla, dessa vez mira na cabeça, os dois se mantém assim olhos fixos, a garota mesmo ferida não perdia a coragem e encarava ele de forma desafiadora.

A Mulher Do Pastor Onde histórias criam vida. Descubra agora