05/06
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A tarde já começava a ceder lugar à noite.
Finalmente Brunna havia sido examinada,
medicada e feito vários exames. O que uma
consulta paga não faz para aumentar a
"disponibilidade dos médicos". Ela dormia de forma suave, apesar de usar uma mascara com oxigênio para respirar com
mais facilidade, teria que passar a noite ali,
para o caso de aumento da febre ou da falta
de ar. Ludmilla passaria a noite ali com ela, não se importava de dormir sentada numa
poltrona, só iria ficar 100% tranquila, quando Brunna estivesse fora do hospital. Isabelly também não quis arredar o pé dali até ter certeza que não precisariam de mais nada, mas Ludmilla ainda precisaria dela para mais uma coisa.Brunna acorda e olha para Ludmilla, que faz um carinho no cabelo da outra.
- Como você se sente agora Bru?
-Meu corpo todo dói, mas ao menos me sinto lúcida.
- Isso é bom, mas você vai ter que ficar aqui
até amanhã, é só por garantia.- Ludmilla eu não posso ficar. Se Caio
chegar em casa e não me encontrar, não quero nem pensar no que ele vai fazer.- Ele não vai fazer nada, porque não vou
deixar. Vou até sua casa falar com ele e
explicaro que te aconteceu.- Mas Ludmilla, isso é loucura, e se ele te
machucar? Sinto medo só de imaginar isso.Pegou na mão da loira e deu um beijo
carinhoso.- Então descanse e não imagine nada. Eu sei
me defender, fique tranquila. Enquanto vou lá Isabelly vai ficar aqui comn você, ok?Ela solta a mão de Ludmilla e vira para o
outro lado da cama.- Eu não quero ela aqui.
- Ela ajudou a gente, pode até não parecer
a primeira vista, mas ela é uma boa pessoa.
Pode confiar nela como confia em mim.Voltando a olhar para a garota, mas dessa vez de forma bem insegura, Brunna pergunta'
–O que ela disse é verdade? Vocês foram
namoradas?– Foi mais ou menos isso. Mas já acabou, eu estou sendo honesta com você.
O silêncio toma conta do quarto, Camila não
diz nada, mas parece estar pensando em algo e Ludmilla não quer interromper seja lá o que for que a outra esteja pensando.- Sabe Ludmilla, eu não entendo. Como depois de ter uma mulher como Isabelly, você é capaz de dizer que gosta de mim? Isso parece tão irreal, não consigo acreditar.
Ludmilla nesse momento não estava se
importando com o que os enfermeiros iriam
pensar se entrassem no quarto naquela hora, deitou ao lado de Brunna, olhando bem nos olhos dela e explicou.- Porque eu não me apaixonei só pela sua
aparência, me apaixonei pelo seu jeito meigo e assustado, pela sua voz suave quando canta, pela sua força em aguentar tudo que acontecesse na sua vida. Eu gosto de você por inteira, coisa que nunca havia acontecido antes comigo. Só me amei alguém uma vez antes disso e hoje percebo que foi uma coisa totalmente idiota. Talvez um dia você também pense isso ao meu respeito.- Duvido muito, mas no momento sei bem o
que sinto.- Agora preciso ir falar com o pastor, antes
que ele coloque a polícia atrás de você. Tudo bem a Isa ficar aqui?- Sim, se diz para mim confiar nela, eu confio então.
Tirou a máscara de oxigênio do rosto de
Brunna e deu um beijo de leve nos lábios dela.-Não se preocupe, eu volto logo.
Aproveitou que Brunna estava mais tranquila e foi falar com Isabelly na sala de espera, ainda iria precisar de um favor dela.
-E aí Lu, como ela está? O que deu nos
exames?-Uma pneumonia, mas já esta medicada,
talvez amanhã vá para casa, mas precisa
passar a noite aqui. Isa preciso de um favor
seu, mais um.- Claro. O que vai ser?
–Vou até casa da Brunna falar com
O ...O..Pastor..-O marido dela né?! Eu vi a aliança Ludmilla.Você só se mete em roubada, tenha dó.
- Não preciso de sermão agora. Pode ficar
com ela enquanto vou lá?-Claro, não vai ser nada constrangedor, eu
olhando para cara dela e ela para minha sem nenhum assunto, espero que ela durma ou finja dormir. O que eu não faço para te ajudar heim?!-Olha Isa, desde que vocês duas não saiam
no tapa, já vai estar ótimo. E obrigada por
mais esse favor.-De nada, vou lá ficar com sua princesinha
protestante. Por favor toma cuidado, não
provoque o homem! Eu não vou poder estar
por perto pra te socorrer. Quer meu carro
para ir até lá?- Obrigada, vou tomar cuidado. Não, eu não
tenho condições de dirigir, estou um pouco
nervosa.Isabelly foi até quarto onde Brunna estava e
Ludmilla saiu para conseguir um táxi. Enquanto o carro corria pela cidade, ela se
perguntava como iria conseguir falar com
aquele monstro sem dar uns tapas naquela
cara do idiota. Respirou fundo e começou a
cantar mentalmente uma música repetitiva
que ajudava a acalmar seus nervos."Um elefante incomoda muita gente,
dois elefantes incomodam muito mais... "
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A Mulher Do Pastor
Fanfic• Brunna Gonçalves casou-se muito nova e vive uma vida infeliz com Caio Ribeiro, um marido dominador e fanático. Mas tudo começa a mudar com a chegada de sua nova vizinha Ludmilla Oliveira. A história de duas pessoas diferentes que se apaixonam e se...