A Mulher Do Pastor

Capítulo 16 ✨

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Estava se sentindo tão mais tranquila
depois de conversar com Ludmilla e esclarecer as coisas, quer dizer, esclarecer algumas coisas, foi bom poder contar como Caio era controlador e radical em alguns aspectos, mas não podia dizer nada sobre a perturbação que sentia quando estava perto da garota, talvez isso fosse normal entre amigas ou não, como explicar algo que nem ela mesmo ainda sabia o que era.

Por sorte, Ludmilla não ficou chateada
com o que ela havia explicado, muito pelo
contrário, acabou se aproximando mais,
acabou passando o número do seu celular
simples para ela, agora recebia mensagem
pela manhã, está certo que só foram duas,
mas adorou, leu várias vezes antes de apagar, não iria deixar de bobeira para Caio vee implicar, sabia bem como implicância dele era terrível. Já ia começar a sua rotina de todo dia, limpar a casa, a igreja e depois cozinhar, quando o celular apita com novo sms, largou tudo e correu para ler. Era de Ludmilla.

* Adorei o bolo, divino. Pode
passar aqui um minuto antes de eu ir para
trabalho? *

Entrou em casa, ajeitou o cabelo e trocou a
blusa antes de ir. Ludmilla já tinha deixado
o portão aberto ea esperava encostada na
soleira da porta. Sentiu um friozinho na
barriga quando viu ela ali parada com aquele sorriso perfeito.

- Olá Brunna! Bom dia! Não estou te
atrapalhando? Estava muito ocupada?

- Bom dia Ludmilla. Eu tenho dia todo pra fazer o serviço. E você não trabalha mais, não?!

- Esse é lado bom de ser sócia, posso chegar
um pouco atrasada e ninguém vai me demitir.

- Me chamou aqui só pra elogiar o bolo? -
Ludmilla dá um sorriso meio de lado antes de mexer com Brunna.

- Olha só, tá aprendendo a ser irônica, acho
que sou uma péssima companhia né?! E não, eu queria te mostrar umas fotos que fiz outro dia. Acho que vai gostar. Vem comigo.

Foi seguindo Ludmilla até o quarto que
ela chamava de escritório, ali a bagunça
continuava quase igual ao dia em que
estavam arrumando o resto da casa, que por sinal se mantinha bem limpa e ajeitada para alguém que trabalhava fora o dia todo.
A outra ligou o notebooke encaixou um
pendrive ali e então começou a procurar
algumas fotos específicas, eram tantas fotos,
Brunna pensou que não conseguiria achar
nada naquele amontoado de fotografias, mas Ludmilla conseguiu localizar as que queria em pouco tempo.

- Tirei essas fotos em uma mansão muito
maneira lá pros lados da zona Sul, e com
uma dona que se acha a própria rainha da
Inglaterra.

- Por que? Muito arrogante?

- Ah não! Ao contrário disso, super gente boa, mas com uma mania de mordomo, chá das cinco e tudo mais, acredita que o mordomo chama Albert?

-É um nome bonito. - Ludmilla revira s olhos como se estivessem dizendo, me poupe! A loira  acha graça e ri baixinho.

- Adorei isso Brunna, você precisa rir mais,
sabia? - Sentiu o rosto corar nessa hora, maldita timidez. tentou mudar de assunto rápido.

- Posso ver as fotos agora?

- Claro, vem cá.

Pegou pela mão e puxou Brunna para bem
perto do computador, estava quase como
rosto colado ao de Ludmilla, conseguia até
sentir a respiração dela na sua mão apoiada
na escrivaninha.

Por um momento não conseguiu prestar
atenção em mais nada, era como se a garota
ocupasse toda sala e ela não pudesse se mover, porque qualquer movimento faria ludmilla se afastar, então começou a prestar
atenção ao que ela dizia quando ia passando
de foto em foto.

-E esse ficava perto da escada, era
quadro enorme, pena que na foto não dá
para perceber o tamanho, esse aqui, achei
o mais bonito de todos, parece até um Van
Gogh, e esse último aqui, imagina o trabalho
que não deu para fazer todos esses detalhes
pequenos...

Se desligou um pouco da sensação que a garota  causava e prestou atenção aos quadros, eram mesmo lindos, mas não tinha prestado atenção aos primeiros.

- Posso ver eles outras vez?

- Claro, é só ir clicando aqui, aprecie!

Levantou da cadeira e fez Brunna sentar, às
posições se inverteram, agora era Ladmilla quese encontrava de pé bem ao lado dela, sentia dessa vez a respiração em sua nuca e orelha, o coração disparou a bater contras suas costelas, parecia que dançava sapateado dentro do peito de Brunna. Mas conseguiu ver todas as fotos dessa vez.

- São lindas. Adoro quadros.

- Sabia que ia gostar, por isso tirei essas fotos escondido.

- Você tirou essas fotos só para eu ver?

- Sim. Gostou mesmo? - Sentiu um nó se formando na garganta e as lágrimas juntando nos cantos dos olhos, estava tão agradecida.

- Ninguém nunca fez isso por mim. Obrigada!

Dessa vez o abraço de partiu dela, apertou
Ludmilla nos braços sem constrangimento,
bem forte, de uma forma que nunca havia
abraçado ninguém e nem sido abraçada
quando a garota retribuiu.

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