Capítulo 38 ✨

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Quando chegaram ao hospital, Isabelly
entrou com o carro direito pela entrada de
ambulâncias, nem se importou com a bronca do guarda. Ludmilla achou uma cadeira de rodas e sentou Brunna nela, a febre não tinha cedido nem um pouco. Foram até a área de espera do pronto socorro.

- Isa, fica com ela aqui que vou fazer a ficha
ou sei lá o que é preciso.

Não havia uma única cadeira vaga para sentar ali, tinham até algumas pessoas sentadas no chão. Isabelly encostou a cadeira com Brunna mais perto o possível da porta, assim poderia tomar um pouco de ar, apesar do frio a sala de espera era abafada e com cheiro muito forte. Enquanto isso Ludmilla ia falar comn umas das atendentes.

- Minha amiga esta com muita febre, precisa
de uma consulta.

Sem ao menos levantar os olhos para olhar
Ludmilla, a moça da recepção entrega um
cartão com o numero 27. Não entendeu bem o que aquele numero significava.

-O que é esse numero?

-A senha da sua amiga.

- Ela vai ter que esperar 27 pessoas para ser
atendida?

- Não meu bem, são 27 pessoa só para
fazer a ficha, quanto ao atendimento, vai da
disponibilidade dos médicos.

Tinha vontade de pular aquele balcão de
atendimento e dar uns tapas na atendente.
Brunna não podia esperar tudo isso.

- Mas minha amiga esta mal, ela não pode
esperar mais.

- Olha a sua volta garota, você acha que quem esta aqui por acaso sem sente bem?Tem muita gente passando mal também. Quer algo rápido? Pague a consulta.

- Isso é sério? Se eu pagar ela vai ser
atendida logo?

- Sim, ali fora tem uma porta escrito
"EMERGÊNCIA", leve ela ali.

A cada minuto que passava o desespero de
Ludmilla ia aumentado, Brunna tinha o corpo quase deitado na cadeira, a febre fazia o rosto suar e os olhos brilhavam de umaforma assustadora. Não tinha como esperar, pagaria a consulta. Foi até onde Isabelly segurava a cadeira de Brunna.

-E então? Fez a ficha?

- Tem muita gente na frente dela, vou pagar a consulta, vamos para a outra parte.

la empurrando a cadeira e sussurrando no
ouvido da menor que tudo ficaria bem, e ao
mesmo tempo tentava se convencer disso
também. Ali era mais tranquilo, e tinha poucas pessoas. Foi mais uma vez tentar fazer uma ficha e conseguir a consulta para Brunna.

- Minha amiga não está bem, me disseram
que aqui era mais rápido. O que eu tenho que fazer para ela ser consultada logo?

- Ela tem plano de saúde?

- Não.

- Então é particular, você passa os dados dela, faço a ficha. A consulta custa R$150,00 depois que pagar, ela já pode ser atendida.

Pegou a ficha e levou para Brunna ajudar a
preencher, tinha coisas básicas como RG, data de nascimento que Ludmilla não sabia. Por fim com tudo anotado, voltou e entregou a moça, só faltava o pagamento. Começou a procurar a carteira na bolsa, revirou, tirou tudo, jogou o conteúdo da bolsa no chão e então notou com desespero que tinha deixadoba carteira em casa.

- Olha, eu esqueci a carteira, vou em casa,
pego e já pago. Por favor atenda logo ela.

- Não posso quebrar às regras, ela só vai ser
atendida depois que pagar.

- Drogaaa!!! Eu volto logo, não vou dar um
calote. Que porra, o que mais eu preciso fazer para ela ser atendida?

Começou a chutar várias vezes o balcão da
recepção, o que atrai a atenção de algumas
pessoas que estavam ali, a atendente já estava levando a mão ao telefone, provavelmente para chamar o segurança, nessa hora, Isabelly coloca a mão no ombro de Ludmilla para acalmá-la.

- Olha fica ali com a Brunna, eu converso com a moça.

Passou as duas mãos pelo rosto e cabelo e foi para perto da loira, se abaixou para poder falar com ela.

- Bru, estou tentando de tudo para ajudar,
mas da tudo errado. Me perdoa.

- Eu estou bem, só preciso deitar um pouco.

Não, ela não estava bem, não era preciso
ser um gênio para notar isso, o barulho da
respiração estava mais alto, e conseguia notar como ela respirava com dificuldade, como se o ar não chegasse bem aos seus pulmões. Ouviu a moça da recepção dizer.

- Ela pode entrar agora, me acompanhe.

- Finalmente!!

Brunna foi levada para um quarto todo
branco, com um cama reclinável e duas
poltronas. Uma enfermeira ajudou ela se
deitar e já começou alguns procedimentos de praxe, medir pressão, ver o pulso e a febre. Depois de feito tudo, saiu.

-O médico vem logo, aguarde.

Foi até onde Isabelly estava, escorada na porta do quarto, meio sem jeito de entrar.

- Isa, não sei como convenceu a moça, mas
vou até em casa pegar o dinheiro para pagar.

- Eu já paguei Ludmilla.

- Você pagou a consulta?

- Sim, você não tinha mínima condição de
dirigir até sua casa e voltar. Meu deus achei
que o segurança ia ter que arrastar para fora daqui.

- Isso é um empréstimo, eu vou devolver o
dinheiro.

- Eu sei Lu. Mas no momento era o gue tinha
que ser feito. Não se preocupe com isso.

Deu um abraço forte em Isabelly, para
agradecer por tudo que ela estava fazendo.

- Obrigada, achei que você seria última
pessoa no mundo que iria me ajudar e no
entanto...

- Por que você sempre me achou uma
pessoa fútil e barraqueira. Bom, eu sou fútil
e barraqueira, mas não um monstro. Melhor você ficar com ela agora.

- Eu vou.

Antes que Ludmilla pudesse voltar para o
quarto, Isabelly ainda perguntou.

- Você gosta dela né? Quero dizer, gosta
mesmo, de verdade...

- Sim Isa. Eu amo Brunna.




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