Capítulo 18 ✨

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No sábado Caio acabou notando a inquietação de Brunna no café da manhã,
antes de ir para o trabalho.

-Que é isso mulher? Por que não para de
mexer as pernas, chega a balançar a mesa
desse jeito. Parece até que esta ansiosa com
alguma coisa.

- Não é nada. Estaria ansiosa com que? Aqui
nunca acontece nada.

Acabou respondendo de um jeito um pouco
mais brusco do que pretendia, lógico que isso também não passou despercebido por Caio.

- Controle esse tom Brunna, sabe que não
gosto de impertinências comigo né?

Ela não respondeu nada, mas sentiu a
revolta por dentro, nem havia falado tão alto assim, estranho que antes ficava chateada, mas não tão revoltada como agora, alguma coisa nela estava mudando e ainda não sabia dizer se era algo que faria bem para sua vida ou não. Não respondeu nada, e foi até o fogão preparar a marmita que ele levaria, às vezes se sentia culpada por provocar a raiva dele, Caio trabalhava todos os dias sem folga, talvez por isso fosse tão bruto e mau humorado.

Quando ele saiu ela foi mexer no jardim,
precisava arrancar algumas ervas daninhas
que tinham aparecido perto da roseira.
Levou o celular junto, Ludmilla ainda não tinha mandando nenhuma mensagem de bom dia. Será que ainda estava dormindo? Será que já tinha enjoado de mandar mensagem para ela? Será...será...ficava passando mil coisas pela sua cabeça, todas pessimistas.

- Heyyyy Bruuuuuu!!!! Helloooo!!!

Com o susto, mais uma vez Brunna caiu
de bunda no chão, não esperando aquela
aparição brusca da garota, pulando em cima
do muro do jardim.

- Nossa, eu achei que você já não se
assustava comigo.

- Eu não assusto Ludmilla, desde que você aja como alguém normal. Credo que susto.

- Desculpa Baby, mas de sábado essa é minha marcha mais lenta.

-Sério, não quero ver sua marcha máxima.
Nesse dias você faz como, da cambalhotas
quando vai cumprimentar alguém?

- Hahaha! Mais ou menos isso sim. E então a
aula de panquecas ainda esta de pé?

Se levantou limpando o excesso de terra que tinha nas mãos, passando pelo vestido.

- Está sim, mas você não disse a hora, pensei
que fosse mais tarde.

-Você não me disse as lista de ingredientes,
preciso ir no mercado comprar.

- Vou ali dentro anotar pra você. Espera ou
levo na sua casa?

- Tenho uma ideia melhor. Vamos comigo ao
Supermercado, aí você ajuda com as compras e eu não vou ter como errar.

Aquela não era uma pergunta, a outra não
queria saber se Brunna podia ir ou não, era
meio que uma intimação, não tinha nada
rgente para fazer mesmo, então iria com ela, já começaria a aula ali, mostrando o que tinha que comprar.

- Vou lavar aos mãos.

- Enquanto isso pego a moto.

Estancou no lugar. Como assim ela ia
pegar a moto? Nunca tinha andando de
moto em toda sua vida e sentia um medo
terrível de cair, um primo tinha caído e ficado paraplégico. Não tinha como irem de moto,ela não conseguiria. Mas antes mesmo delareclamar Ludmilla já tinha saído correndo para casa.

Alguns segundo depois já estava parada em
frente a casa de Brunna com a moto ligada.
Mas ela não havia conseguido sair do lugar
nem para lavar as mãos, não podia andar de
moto.

-E então, pronta?

– Ludmilla, eu não sei se é uma boa ideia ir de moto.

- Qual problema? Vou tem medo de moto ou
do que os vizinhos vão dizer?

Não se incomodava tanto com os vizinhos,
nenhum deles era amigo, nenhum ia na igreja ou era conhecido de Caio, era o medo de cair da moto que gelava e paralisava casa
músculo no corpo de Brunna.

- Eu...eu ...tenho medo de cair. - Baixou o rosto para os pés envergonhada.
Ludmilla desligou a moto e foi até onde ela
estava.

-Olha só, eu promneto que vou bem devagar e se você entrar em pânico é só me pedir para parar. Combinado? Quer tentar? Senão vamos de táxi mesmo.

Sim ela queria tentar, o medo era forte, mas
a vontade de provar como era a sensação se
tornou mais forte ainda.

- Ok, eu quero tentar. Mas promete não
correr?

- Prometo.

A garota ajeita o capacete em Brunna, coloca seu próprio capacete, liga a moto, e quando a loira sobe, não sabe onde segurar então ouve Ludmilla dizer de forma abafada.

- Segura firme na minha cintura ok? Lá
vamos nós. Um..dois...três...

Mal teve tempo de pensar e a moto já
estava em movimento, o corpo de Brunna
completamente colado as costas de Ludmilla e o vento passando rápido pelas duas.

A Mulher Do Pastor Onde histórias criam vida. Descubra agora