Capítulo 30 ✨

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Era um dia bem frio, se sentia deprimida, a
conversa com Brunna ainda reverberava em sua mente, quando o celular começa a tocar. Pensou em não atender, mas a curiosidade sempre fora seu ponto fraco.
Viu no visor que era uma ligação de Zayn, o
outro fotógrafo sócio do estúdio.

– Fala ai, Perdido.

- Oi Ludmila, está muito ocupada hoje?

- Não, o dia foi vazio pra mim.

- Poxa, pode me quebrar um galho?

-O que tá pegando?

- Tenho fotos de aniversário para fazer agora à noite, mas surgiu um imprevisto de família. Pode ir no meu lugar? Quebra esse pra mim?

Ela não tinha nada para fazer e ficar em casa pensando na mancada que dera com Brunna  só piorava seu estado de espírito, seria até bom sair e espairecer.

- Tá beleza, perdido, me manda o endereço
certinho lá no whats.

- Beleza, fico te devendo essa chocolate.

Alguns segundos depois a mensagem com
o endereço chegou, conhecia o bairro, não
era longe. Preparou o material que ia usar e
vestiu um casaco grosso, ir de moto nesse frio era a pior parte. Chegou lá e ainda não tinha muitos convidados, começou a bater fotos da decoraçăão, era um aniversário de criança, adorava trabalha em festas assim, além ser animado com aquele monte de crianças correndo, ainda aproveitava para comer uns docinhos.

Tirou um monte de fotos do aniversariante
com a família, com amiguinhos, com enfeites e ficou torcendo para que escolhessem muitas, quanto mais melhor, e agora era só esperar para tirar as fotos da hora do parabéns. Andou um pouco pelo salão, depois saiu para tomar um ar, ali fora tinha algumas crianças brincando num escorregador daqueles infláveis e numa cama elástica. Enquanto observava as crianças, não conseguia deixar os pensamentos longe de Brunna, por uns instantes até havia se distraído um pouco, mas a dor voltou e seus olhos começaram a ficar marejados.

Sentiu alguém puxando seu casaco e deu de
cara com um menino de uns 4 anos mais ou
menos, se abaixou para falar com ele.

- Olá, qual é o seu nome?

- Enzo.

- Eu sou a Ludmila, prazer em te conhecer
Enzo.

- Vim trazer um docinho por que você está
triste.

Criança parece ter esse incrível dom de poder de muitas vezes notar o que os adultos não percebem, adorava a inocência delas, quando cresciamn acabam ficando igual todo mundo porque a vida exige isso, um dia ela também havia sido inocente assim. Sentiu- se tocada com o gesto do menininho.

- Obrigada, eu estou triste porque sou
grande demais para ir no escorregador.

- Não fica triste tia. Você tem uma máquina
de bater foto, isso é mais legal que o
escorrega.

- Está certo. Você é um menino muito fofo.

- Obrigado.

Deu um abraço nele, que logo saiu correndo para brincar com os coleguinhas. Por fim chegou a hora de cantar parabéns. Mais algumas fotos e havia terminado. Aproveitou para comer mais alguns docinhos e bolo, pegou suas coisas e foi embora.

Estava quase chegando em casa, passando em frente uma praça do bairro, quando achou que seus olhos estavam he pregando uma peça. Parou a moto e deixou o farol ligado para iluminar melhor. Não era uma ilusão de ótica ou alucinação, ali sentanda num banco, sem uma roupa de frio e toda encolhida estava Brunna.


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