12 – Segredo Compartilhado
Abby
A doutora Emily Foster tinha permanecido no iate para examinar a sargento Butler e por conta disso optei por conceder privacidade a elas, enquanto caminhava até as pessoas leais a mim, com a finalidade de saber como a situação estava do lado de fora. Felizmente, tanto Sophia quanto Henry me garantiram que nenhum inimigo foi avistado na estrada a caminho de Galveston, o que significava que, por hora, nosso ataque os tinha freado.
— Certo. Qualquer alteração me mantenham informada. Vou estar a postos em meu iate.
— Vai continuar com a embarcação ancorada perto da praia, senhora? — Perguntou-me Henry.
— Sim. Mas dessa vez vou ancorá-lo no píer temático. Se precisarem de alguma coisa é só me chamar, eu virei correndo. — Fiz uma breve pausa e esperei os irmãos me acenarem para prosseguir em minha fala. — Assim que a doutora Foster voltar pra cá, quero que vocês a acompanhem até a base pertencente aos Survivalists.
— Sim, senhora. — Os irmãos Bennett me responderam juntos.
— Aaron, até que eles retornem, você tá no comando das operações por aqui. Espero que já tenha compreendido tudo que foi explicado quanto aquilo que deve fazer se haver inimigos à vista.
— Sim, não se preocupe, senhora. Henry me pôs a par do necessário. Tenho tudo dentro dos conformes.
— Ótimo. Vou voltar ao iate então.
— Senhora, podemos conversar em particular? — Sophia de repente me questionou.
— Claro! É só me seguir.
Caminhamos alguns poucos metros em completo silêncio ao mesmo tempo que eu olhava de maneira interrogativa para ela, como se pressentisse qual seria a indagação, especialmente por perceber o sorriso de malícia em seus lábios, até que nós duas paramos à beira-mar.
— Você vai permanecer com Meg no barco, Abby?
— Sim.
— A noite inteira?
— Porra... Sim. — Respondi, um tanto exasperada.
— E depois ainda tenho que ouvir que a odeia. — Ela comentou brincalhona.
— Soph... Você não quer levar uns tapas, não é?
Ela deu uma risadinha sacana em resposta. — Bem, dependendo das circunstâncias... Aquece a relação.
Dei um leve soco no braço dela e também ri. — Sua cretina. Vá fazer seu serviço que vou fazer o meu. Tá bem?
— Sim, certo, eu vou. — Ela ergueu as mãos em um claro gesto de paz e saiu correndo com um sorriso sugestivo no rosto.
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Tempo de Odiar?
Aktuelle LiteraturSinopse: Há dois anos um misterioso vírus, de origem desconhecida, transformou humanos em criaturas perigosas. Viver é incerto e as pessoas que restam buscam se aliar a grupos cujos líderes são fortes o bastante para lutarem pela a sobrevivência dos...