24. Equívocos do Passado (3233k)

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24 – Equívocos do Passado


Meg


Eu tinha preparado tudo, de maneira um tanto apressada, para que viajasse a Crystal Beach. Inicialmente considerei a possibilidade de ir sozinha, entretanto depois raciocinei que se trataria de uma medida impulsiva. Por esse motivo pedi a Henry Bennett que ficasse no comando de tudo em Galveston até que nós voltássemos, porque Adrian, Sophia, além dos soldados Lincoln e Liam e a doutora Foster me acompanhariam à cidade vizinha, para que nós conseguíssemos resgatar o maior número de pessoas.

Na embarcação pertencente a Abigail iriam somente Sophia e eu, já que ela sabia o caminho de cor até lá por ter ido juntamente com Robinson algumas vezes para a referida cidade, então poderia nos servir de guia com facilidade. Logo atrás de nós, no outro iate iriam os demais participantes da missão, porque certamente haveria feridos e talvez até baixas. Eu só desejava que a soldado não estivesse entre os mortos, porque de nada adiantaria ela se sacrificar em prol de qualquer coisa, não importava o quanto ela tivesse errado anteriormente.

— Eu conheço você o suficiente pra arriscar que... Tá preocupada. — Bennett falou da cabine de comando, antes de se voltar para mim, tão logo colocou a embarcação em funcionamento.

— Eu não quero que ela acabe morrendo. Sei que corremos esse risco mais do que se nós estivéssemos em uma missão normal do exército, mas não vejo motivo pra que ela se sacrifique.

— E é o que você acha que ela pretende fazer, não é?

— Sim, é exatamente isso que eu acho. — Respondi após suspirar. — Não sei por que fiquei com essa impressão desde que ela me contou tudo...

— Quando foi que ela falou... Ontem?

— Exato.

— E como você tá com tudo que ela contou?

— Não sei dizer ao certo. Foi muita coisa pra eu assimilar em pouco tempo, mas posso afirmar que... Porra, a culpa que ela carregou nos últimos dois anos foi extrema. Ela devia ter me contado antes, mas nem sequer tentou.

— Claro que não. Inicialmente ela tava com muita raiva. Achou que você tinha mandado matar o pequeno Ronnie. Foi difícil, mas lá pelas tantas consegui fazer com que ela realmente duvidasse de que tinha sido você. Porque convenhamos, eu conhecia você o suficiente, por termos sido vizinhas desde crianças, pra afirmar que se tinha alguém que não faria isso, esse alguém seria você.

— Obrigada pela credibilidade, Soph.

— De nada, conte comigo. Eu não tinha passado pelo trauma de ter o irmão de cinco anos fuzilado, então conseguia ver a situação com maior imparcialidade. Mas na época o ódio dela por você não a deixava enxergar as coisas dessa forma. E logo depois à morte de Ronnie, você ordenou que alguns dos nossos fossem capturados e mortos, então digamos que... Isso fortaleceu a crença dela de que você, a pessoa em quem ela mais tinha confiado dentro do exército porque não a tratava como aberração, como quase todo mundo gostava de chamá-la, tinha sido responsável pelo assassinato do irmão dela.

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