Giulia Aveiro.
Acordei escutando o alarme, era 06hrs em ponto resmunguei querendo jogar meu celular na parede, mas apenas aceitei a derrota e me levantei sentindo o frio percorrer por todo meu corpo. Fiz minhas necessidades e me arrumei, coloquei uma calça preta com uma camisa branca sem mangas, desci as escadas indo para a sala pós eu havia ouvido a voz de matheo.
---seu mentiroso!!---disse Alana balançando Cris que estava com uma cara nada boa, parecia não ter dormido a noite e sim ter virado ela no celular---Cristiano, você é um mentiroso---ela falava enquanto chorava, estava Dinis, Eva, Alana, matheo e Cris me sentei vendo todos me olharem.
---Pergunta dela então, Alana---sua voz saiu como deboche, mas ignorei queria saber o porquê das crianças estarem chorando.
---Lia, você vai embora mesmo?---agora disse Eva se sentando ao meu lado, fiquei um momento paralisada, eles estavam chorando porque eu ia embora?
---você disse que ia morar aqui, mas já está indo embora---retrucou matheo cruzando os braços.
---Eu só vou a trabalho, prometo que volto rápido---falei mostrando meu dedo mindinho para os três, escutei uma risada forçado vindo da direção do Cris e ignorei---Vocês lembra? Sempre nos finais de semanas nossa família tem um almoço---digo tentando amenizar tudo, mas é claro que iríamos nós ver nos finais de semanas, minha mãe não iria conseguir ficar longe da família dela.
---Tá bom Lili---disse Alana com um sorriso nós lábios, ela se aproximou abriu os braços e a peguei no colo.
---não chore por mim pequena---falei limpando o rosto dela--- tem que ir tomar café, vão lá---termino colocando Alana no chão, dou um beijo na bochecha de matheo e Eva.
---Deixa que eu levo eles, você tem que resolver uma coisinha---diz meu irmão pegando na mão de Eva e Alana, Matheo já havia ido embora correndo, nem parecia que estava chorando a 1 minuto atrás.
Virei me de costas vendo Cris relaxado no sofá, seu olhar estava contra o chão, eu entendi que ele não queria me olhar, pensei duas vezes e me sentei ao seu lado me sentindo estranha, eu não sabia o que tínhamos para conversar.
---você está bem?---perguntei o olhando, nem se quer fez questão de me olhar ele estava na mesma posição, suspirei fundo e me levantei, senti sua mão agarrar o meu braço.
---acha que eu estou bem?---ele perguntou sereno, agora seus olhos estavam grudados nos meus, eu queria saber o que ele estava sentido sua expressão estava mudada, não era aquela de ontem na praia, era confusa, como se tivesse milhões de sentimentos em sua cabeça. Eu não o respondi, eu fiquei apenas o olhando seus olhos me fazem querer o admirar mais e mais---por que esta fazendo isso?---ele perguntou.
---Fazendo o que?---pergunto confusa, mas eu já sabia o que eu estava "fazendo".
---Não se faça de sonsa morena, você sabe---ele soltou uma risada frouxa, era uma risada falsa e forçada---esta indo embora por qual motivo? Eu quero a verdade---retrucou o mesmo olhando para o lado.
---É meu sonho Cristiano, eu tenho que correr atrás disso---falei simples, eu queria entender sua intenção de conversar, qual era o problema dele? Porque eu sentia que ele iria explodir do nada.
---sonhos, isso define muita coisa, meu pai sempre dizia para eu não desistir do meu sonho---ele resmunga passando a mão no cabelo como se fosse algo entediante.
---Eu sei, eu já ouvi algo assim, eu não vou desistir ---murmurei me sentando novamente, eu queria ficar um tempo com ele, eu sou tão idiota em querer a reciprocidade do seu amor, eu não quero palavras de afirmações eu quero a sua atitude, ação.