Depois que todos comeram tudo o que podiam, as sobras desapareceram dos pratos deixando-os limpinhos como no início. Logo depois surgiram as sobremesas. Havia vários sabores de sorvete, tortas de maçãs, tortinhas de caramelo, bombas de chocolate, roscas fritas com geleia, bolos de frutas com calda de vinho, morangos, gelatinas, pudim de arroz...
Olhei maravilhado para tudo aquilo, pensando se não podia mandar um pouquinho para o Cole. Ele iria amar esses doces.
— Você consegue comer mais? — Gabriel, o monitor, pergunta. — Você já comeu muito.
— É você que faz a comida? — Malignan retruca. — É melhor calar a sua boca, se não quiser que eu arranque a sua língua. Deixe-o em paz.
— Malignan, que coisa horrível — repreendo-o.
— Não quis ofender — o monitor se defende, com um tom ofendido.
Malignan dá de ombros.
— Como é a sua família, Baixinho?
— Trouxas. Você sabe — respondo enquanto pego uma tortinha de caramelo.
— Não estou falando disso.
— Humm — Dou uma mordida no doce e penso por alguns instantes. — São divertidos. Todo mundo se ajuda lá em casa. Vive eu, meu irmão e a minha mãe. E a sua?
— Abbott, como é a sua família? — Malignan me ignora completamente.
— Ahn... tranquila. Meu pai é bruxo, minha mãe é nascida trouxa. Sou mestiço. Eles são legais.
O assunto encerrou.
Finalmente, as sobremesas também desapareceram, e o Prof. Dumbledore ficou de pé mais uma vez. O salão silenciou.
— Hum... só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês.
“Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição.”
Dumbledore parou de falar por alguns instantes, enquanto seus olhos fitavam a mesa vermelha.
— O Sr. Filch, o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas.
“Os testes de quadribol serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa.”
Senti meus olhos se enchendo outra vez. Mal deve ter percebido o quanto aquilo me assustou, pois sorriu e disse:
— Relaxa, seu medroso. Até parece que eu iria deixar você morrer. Ele nem deve estar falando sério.
— Ah, ele está, sim — Gabriel responde. — Deve ser algo sério, nem nós, monitores, fomos notificados sobre isso.
— Cara. Você deve estar querendo muito perder a língua.
— Você esqueceu que entrou hoje em Hogwarts, garotinho?
— Independente. Acabo com você rapidinho. Não ouse deixá-lo com medo de novo.
— Está me desafiando, sonserino? Gabriel franze o cenho.
— Entenda como quiser. — Mal semicerra os olhos. Dou-lhe um tapa na perna e indico Dumbledore com a cabeça.
— E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola! — exclamou Dumbledore. Várias pessoas soltaram pequenas reclamações. Até mesmo os outros professores estavam com sorrisos falsos nos rostos.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Olhe Para Mim, Mal
Любовные романыUm sonserino e um lufano, um casal totalmente improvável, certo? Errado. Vou usar muitas cenas reais dos livros/filmes para a construção do casal.