Capítulo 20

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Malignan me irritou logo cedo, então, para irritá-lo também, sentei junto a Harry e Rony na mesa da Grifinória. Malignan falou tanto palavrão quando mandei ele ir com Nott e Ajax e me deixar em paz que tive vontade de dar um sabão de presente.

Eu ainda não estou acreditando. Acordei com ele e Justino F-F conversando sobre quais garotas eles ficariam. Malignan disse o nome da SNRF e eu chutei ele da cama. Logo depois ele ganhou uma tatuagem na testa e seu cabelo ficou verde. Vocês já perceberam que eu amo punir o cabelo das pessoas, né?

Os meninos pararam de falar no instante em que sentei, como se estivessem falando sobre um assunto super confidencial que eu não poderia ouvir. Ignorei. Não estava com saco para me importar com isso.

— Bom dia. Como foi ontem, Harry? — pergunto sorrindo.

— Não foi. Era uma armadilha do Malfoy. Quase fomos pegos por Filch. — Harry olha de canto para Rony.

— Que covarde! — exclamo. Claro que eu lembro de Malignan me contando sobre Malfoy estar na comunal, mas não custa fingir um pouquinho.

Os meninos começaram a bolar planos para se vingar do Malfoy. Logo pensei no trio de ouro e em como gostariam de participar disso. Pouco depois ouço risadas vindo de todo o salão. Malignan está entrando, com o cabelo verde e a palavra "bobão" escrita na testa. Ele olha constrangido para mim, como se soubesse que fez merda, mas não está com raiva.

Mal senta junto com Nott e Ajax na mesa da Sonserina. Ele olha para mim a todo momento, mas evito seus olhares.

— Aquilo tem dedo seu, suponho? — pergunta Parvati, do outro lado da mesa. Ela solta uma risadinha quando confirmo. — Você é genial, Aiden.

Sorrio, envergonhado.

A moeda pesa no meu bolso. Desculpa está escrito. Tenho vontade de jogar essa moeda na cara dele, mas me contenho. A palavra muda. Baixinho. Outra vez. Me perdoa. De novo. Não vou. De novo. falar mais. De novo. sobre nenhuma. De novo. garota. E por fim, as melhores palavras: Eu gosto de você.

Infelizmente para ele, nem isso diminui a minha raiva. Guardo a moeda, sabendo que vai ser impossível ignorá-la.

Mas eu consegui por uma semana. Mal já estava ficando louco comigo. Voltei a cantar Hey Jude antes de dormir para  amenizar a saudade. Cantei nos primeiros dias por sentir falta da minha mãe. Hoje, canto por não ter Malignan me abraçando.

O correio coruja chegou chamando atenção. Seis corujas trouxeram um pacote comprido e o deixaram para Harry. Pude ler a carta logo depois de Rony. A Professora Minerva enviou uma nimbus 2000 para Harry poder jogar sem essas vassouras capengas daqui.

Já tive a minha primeira aula e voo e posso dizer: nem a pau que eu vou chegar perto de uma dessas novamente. Tivemos aula com os corvinos, e, sem dúvidas, foi a pior aula até agora. Primeiro que eu sequer consegui fazer a vassoura levantar. Depois, quando montei, a vassoura simplesmente decidiu que me odeia e que iria me tirar de cima dela a qualquer custo.

Enfim, foi terrível.

Agora, estou indo para a aula de história da magia, com os sonserinos. Coloquei os meus livros na mesa que sempre divido com Ulisses, mas não é ele que senta ao meu lado. Antes que Ulisses pudesse se sentar, Malignan colocou seus materiais na mesa. Peguei os meus para sair dali, mas o Prof. Binns chegou na hora e mandou todos se sentarem.

Evitei olhar para ele.

— Você vai falar comigo hoje, Aiden — falou Mal. Não respondi, então ele apelou para apertar a minha perna por baixo da mesa. Juntei as pernas para fazê-lo tirar a mão. Não adiantou. —, nem que seja para mandar eu me foder.

Olhe Para Mim, MalOnde histórias criam vida. Descubra agora