14 - Skull

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Me levanto da mesa de jantar e ele vem logo atrás, eu sinto o seu sorriso vitorioso de longe, arrombado.

- Você comeu bastante, gostou da refeição draginha?

Draginha? que merda de apelido é esse?

- Teria aproveitado mais se você não fosse um pé no saco.

- É assim que você me vê loirinha?

- Sim. - Não estou nem aí se ele ficar triste, o que ele fez na mesa de jantar foi muito arriscado, principalmente para mim.

- O banheiro é subindo as escadas, virando para a direita, é a segunda porta.

- Obrigada - Para isso pelo menos ele serviu.

Subi as escadas e ele continuou lá embaixo, me observando, parece um lunático.

Após subir as escadas, abro a porta, e esse é o banheiro? porque esse banheiro parece mais um quar-

- Poxa loirinha, errei a porta, acredita? - Ele fala fechando a porta.

- Te apresento o meu quarto, combina comigo né? - Diz sarcástico.

- Me deixa sair agora - Digo irritada.

- Não. - Ele diz com um olhar frio, o que me dá calafrios.

- Porque? - Minha voz falha.

- Não posso querer conversar com você não?

Ele continua com esse olhar frio, o que ouve?

- Sobre o que quer conversar?

- Os boatos que estão rolando sobre mim na faculdade, você sabe de algum? - A expressão dele é indiferente, o que me causa um certo desconforto.

- Tem alguns, mas acho que é exagero - Dou uma risada de desespero - Tipo, porque você seria da marfia né?

Eu não deveria ter dito isso.

- Eu sou da marfia loirinha, a Skull.

A expressão dele está estranha, não consigo decifrar.

- E porque você está me dizendo isso? - Digo incrédula.

- Não quero esconder nada de você minha princesa, acho que independente de tudo, devo dizer a verdade.

Ele vai me transformar em uma desaparecida, isso é tudo que se passa pela minha cabeça.

Ele me encara e a expressão que estava antes some, e ele abre um sorriso, caminha em direção à mim e segura meu queixo.

- Garota, não tenha medo de mim, eu não vou te machucar, e se por acaso alguém tentar, eu mato antes de ter a chance de piscar.

Isso aconteceria mesmo?

- Não tenho medo de você, afinal, você é só um lobinho.

Eu daqui a pouco me cago de medo, tenho certeza.

- É loirinha, eu sou o seu lobinho - Ele deposita um beijo em minha testa.

- Tem um banheiro aqui - aponta para uma porta.

- É realmente um banheiro? ou um quarto de BDSM? - Digo franzindo a sobrancelha.

- Loirinha - Não termina a frase porque está ocupado se acabando de rir.

- E-Eu tô falando sério - Digo envergonhada.

- Não é esse loirinha, mas qualquer hora, você vai conhecer, ali realmente é um banheiro - Respiro aliviada.

- Tá bom, nada de espiar, se não, eu te mato.

- É? - Diz com um sorriso sarcástico.

- É, eu acabo com você.

- Você pode minha garota.

Vou correndo ao banheiro logo em seguida, com muita vergonha e pensativa, tenho que reorganizar os meus pensamentos, que droga Jacob.

Depois de um bom tempo no banheiro me encarando no espelho, me recompondo, eu olho ao redor, cores em preto, branco e cinza, um banheiro muito moderno e elegante.

- Afinal, parece que ele é rico.

Saio do banheiro e ele está sentado em uma cadeira perto da cama, me aguardando.

- Olá loirinha, não está com medo de mim né? - Pergunta curioso.

- N-Não - Eu nem disfarço.

- Confia em mim garota, não vou fazer nada com você, pelo menos de ruim.

Claro que eu vou confiar em você, me stalkeou, achou minha casa e quase tirou a minha virgindade, mas é claro né.

- Você poderia falar mais sobre os Skull? - Pergunto.

- Claro princesa, bom, os Skull estão vinculados com duas coisas, tráfico de drogas e cassinos, eles migraram do Japão para a América em 1998, por ser uma marfia carregada de pessoas poderosas, durante os anos, também ficaram cercados de inimigos.

- E como você acabou entrando nisso?

- Garota, outro dia eu te conto sobre isso - Ele voltou a ficar com a expressão que não tem como decifrar.

- Desculpa perguntar - Dessa vez eu quem ficou triste, porque ele fica com essa cara?

- Tudo bem loirinha, não precisa pedir desculpas - Volta com a expressão normal dele de "vou te comer".

- Eu poderia brincar com você agora, eu realmente queria, mas acho que não é um bom momento e não sei se você quer, então, quer que eu te leve pra casa ou você quer dormir aqui comigo?

PORQUE EU DORMIRIA COM ELE?, não, vou fazer merda.

- Me leva pra casa porfavor, tô um pouco cansada.

- Claro princesa, como você quiser.

Saímos do quarto e me despeço da família dele.

- Eu amei te conhecer flor - Me dá um abraço forte e confortável.

- Eu também gostei muito de conhecer a senhor- você Melissa - Dou um sorriso.

- Volte sempre - Diz o pai dele

Aceno com a cabeça, os irmãos apenas continuam me olhando, com olhar desconfiado, o que é estranho.

Apois isso, vou em direção ao carro, ele abre a porta para mim e depois entra, ele sorri e vai em direção à minha casa.

- Chegamos, até mais loirinha - Diz com um sorriso de lado.

- Até, Jacob.

Ele continua estacionado até ter certeza que eu já entrei, e só vai embora depois de olhar ao redor, parece até que está fugindo de alguém, deve ser da polícia já que ele é da marfia não é?

















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