Quando estamos nos afogando, lutamos para conseguir respirar, é esse desespero que faz ficarmos ainda mais sem oxigênio, entretanto, depois do tormento e da dor de saber que você está morrendo, você apenas aceita que esta prestes a deixar de existir, deixando a água e a morte entrar.
Foi essa sensação que tive enquanto fui sufocada por aquele homem.
Acordo desnorteada, sentada na minha própria cadeira, sinto meus olhos apertados enquanto respiro profundamente.
Me debato tentando sair, e não consigo, apenas escuto uma risada baixa.
— Quem é você?
Silêncio, apenas silêncio é o que eu escuto, em meio ao breu do tecido que tampa os meus olhos.
— Me tira daqui seu filho da puta — exala ódio da minha voz.
A venda é arrancada do meu rosto, ao abrir os olhos, vejo um homem alto e mascarado com uma balaclava, ele usa uma preta.
– O que você quer de mim? eu te fiz algo? — Digo aos pratos.
Ele continua calado, me encarando, com aqueles olhos verdes, o que? aqueles olhos verdes!
— Jacob, para de brincadeira agora e me desamarrar da porra dessa cadeira.
— Poxa loirinha, eu estava me divertindo sabia? — Diz tirando a máscara.
Ele sorri, em tom de satisfação, o que me irrita ainda mais.
— Que tipo de brincadeira foi essa? não teve graça.
— Era para saber se você sabia lutar, convenhamos que você não sabe, né?
— E porque caralhos eu tenho que saber lutar?
— Olha boca suja amor, assim vou ter que te punir, de novo.
— Me tira daqui.
— Sim, minha rainha.
Ele me tira da cadeira e senta na cama me olhando.
— Tá fazendo o que na minha casa? isso é jeito de dizer "oi" depois de tantos dias?
— Não saiu como eu tinha planejado, não era para você perceber que eu estava aqui.
— Ainda queria me pegar desprevenida, pode ficar pior?
— Vou precisar dormir aqui hoje.
Em uma situação ruim, você nunca deve falar que poderia ficar pior, sempre fica.
— Por quê?
— Minha casa não está mais tão segura como deveria — Os olhos dele escurecem.
— O que você fez enquanto sumiu?
— Arranjei brigas.
— Com quem Jacob?
— A Yakuza.
Nem fudendo, ele diz como se fosse apenas uma briga de rua, ele acha que tudo isso é apenas uma brincadeira? tem vidas em jogo, inclusive a dele.
— Vamos recaptular, você some por 2 semanas, volta invadindo minha casa e ainda sendo perseguido pela Yakuza?
— Isso loirinha – Fala em tom de satisfação.
— Sai da minha casa agora – Digo empurrando ele para fora do quarto.
— Porque loirinha? não vou te por em risco – Ele ainda se joga para trás, pra eu ter mais dificuldade de expulsar ele.
— Quer saber, pode dormir aqui hoje.
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Through You
FanfictionUma garota decide pegar o ônibus mais cedo para ir trabalhar, porém, algo além disso a espera. sei que é bem provável de ninguém ver kkkkkkk, mas acho que tenho q escrever isso.