O ano de 2022 ja tinha começado estranho, as missões estavam mais ágeis, provavelmente pelo fato de Ambiel ter mudado de setor, continuava inovando a tecnologia, mas ajudava com as almas.
Ele e Áquila trabalhavam juntos, pareciam mesmo um casal, mesmo que não fossem um de verdade. Para o Paraíso eles eram, isso que importava.Katerine também estava com os dois na maioria das missões, seja as mais simples ou não. O que rendeu o que falar, pois ela não largava Elias antes disso. Era tão colada no deus que chegava a ser doentio.
O Paraíso estava em festa, pois havia uma criança à caminho. Filho de Lyana com um deus menor; Salatiel. Vários casais tinham se formado nos últimos tempos.
Elias e Oliver, o deus da criatividade.
Até Adina estava se engraçado com alguém que Áquila não apoiava, mas não tinha muito o que fazer, aliás sua mãe é adulta. E também, ele tinha que parar com o preconceito, pois Poé não era ruim, Áquila que era ciumento.— Áquila, Baby, para de fuzilar eles com os olhos.
Ambiel fala, colocando o braço em volta da cintura dele, o abraçando por trás. O cupido se aconchega no abraço desajeitado. A diferença de altura dos dois não era tão grande, Ambiel é cerca de quinze centímetros maior que ele. Então o deus apoia o queixo no ombro dele.
— Olha só, ela é minha mãe, eu preciso vigiar ela, ok?
Ambiel sorri, incrível como o cupido fala isso e nem mesmo desvia o olhar dos dois, encarando com ódio o casal que dançava abraçado no salão do Paraíso.
A decoração era vermelho com branco, desde as cortinas, às toalhas de mesa e até mesmo as taças.Os homens estavam vestidos de preto e as mulheres de vermelho.
Ambiel com um termo preto, a blusa de dentro e sapatos eram vermelhos.— Exatamente, é sua mãe. Pare com isso. Ela não implica com seu casamento.
Comenta, dando em beijo na bochecha dele. Os dois tem uma vivência interessante, nada sexual e o máximo que acontecia entre eles são selinhos às vezes, pois para o Paraíso eles são sim, casados. Então algum contato devia existir.
Nos últimos tempos isso tem mudado, nenhum parece ter percebido.
Flashback;
Ambiel se deita na cama, tinham duas semanas de casados, e tinham dado o primeiro "beijo", pois o selinho durou menos de três segundos.
Áquila estava somente de calça moletom preta, os olhos atentos aos de Ambiel, ele tinha um receio gigantesco dela se apaixonar por ele.— Tenho que te contar uma coisa.— Ambiel fala, se apoiando nos cotovelos. —Nós não somos casados de verdade.
— Como é? Claro que somos. Eu assinei os papéis de ouro do Paraíso e tudo.
Ele se senta na cama.
— Assinou, mas, não era um contrato de casamento.— Ambiel morde o lábio.-— Você só aceitou que eu dormisse aqui. Odélio estava tão preocupado em somente te casar que não conferiu nada, nem mesmo notou que quem fez a celebração foi uma ninfa.
Áquila fica calado por alguns segundos, ele desvia o olhar do de Ambiel.
— Isso foi genial!— Sorri, abertamente dessa vez.— Você que teve a ideia?-— Ve Ambiel concordar com a cabeça.-— Mas porquê? Tipo ... Não queria casar comigo?
— Não.
—Ah, nossa,você podia disfarçar ao menos.
Reclama, fingindo mágoa, ele coloca uma mão sobre o peito.
— Não, vai dizer que queria? Não. Nem adianta mentir pra mim, seu idiota.— Ambiel responde, retirando os óculos, os colocando sobre o criado mudo para dormir.— Eu te conheço melhor que você mesmo. E é por te conhecer tão bem que eu fiz isso, agora dorme.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Enquanto Não Me Lembro De Nós | Livro I
RomanceO que deveria acontecer quando um dos mais importantes poetas brasileiros bebe como Dionísio em uma noite aleatória? tudo, menos o que realmente aconteceu. Ele e seu amigo de infância chamaram a atenção dos deuses, logo, na manhã seguinte um visit...