19. cherry

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Sábado, 11 de abril de 2022. 11:30h

POV: taehyun

-Mas, Taehyun...Nós mal nos conhecemos! Você não acha que, talvez, fosse melhor nos conhecermos melhor antes de você me chamar pra um encontro?

-Mas, Chaeryeong, se não temos amigos em comum, não somos do mesmo curso e não moramos perto um do outro, como vamos nos conhecer melhor se não for em um encontro?

Ela não responde de imediato, mas sei que o que acabei de dizer a faz mudar de opinião, mesmo que só um pouquinho.

-Acho que você tem razão...

Antes que ela continue, me adianto em explicar:

-Você não precisa responder agora. Pode pensar, e, quando tiver uma resposta, você me avisa.

-Bem...Tudo bem. -Ela se dá por vencida.

-Então ótimo! Vou esperar notícias suas então.

Com isso, me levanto da cadeira e passo por ela. Já chegando na porta, volto a falar:

-Tchau, Chaeryeong. Muito obrigado pela ajuda.

-Espera! -E já é a segunda vez que ela me diz isso. -Onde você vai?

-Pra casa. Agora não está mais tão longe.

-Mas com essa aparência você não vai conseguir nem um táxi. E você precisa ir é pro hospital!

-Ah, não. Não precisa. E de qualquer forma, não vou de táxi, vou andando. Não tenho dinheiro, lembra?

É engraçado como ela parece bem mais aflita com a situação do que eu. Seguro a vontade de rir da expressão preocupada que ela está fazendo e espero que ela responda.

-Taehyun! Você precisa ir a um hospital sim! Eu acabei de explicar que você precisa de pontos!

-Posso ir uma outra hora.

-Não! Você tem que ir já! "Uma outra hora" pode ser tarde demais!

-Eu não acho que seja tão grave assim, mas agradeço sua preocupação e...

-Se você for pro hospital agora, eu saio com você.

E eu estava esperando que ela dissesse qualquer coisa, menos isso.

-É sério? -Pergunto, incrédulo.

-É. Mas você tem que ir já!

-Ok! Combinado!

Vejo ela afinar os olhos como se desconfiasse de alguma coisa.

-Eu vou com você. -Ela diz já pegando a bolsa em cima da mesa.

-O que?! Não precisa, Chaeryeong, eu já estou indo!

-Algo me diz que você vai tentar me enganar. Então vou até lá ver com meus próprios olhos. E depois combinamos nosso encontro. Ok?

Tento não deixar transparecer que, na verdade, ela está certa e é por isso que não quero que ela vá. Tento argumentar que não quero atrapalhar o sábado dela e tudo mais, mas é em vão. Quando vejo, já estamos parados na calçada e ela faz sinal para o primeiro táxi que para. Ela pede pra ele nos levar ao hospital mais próximo e realmente não tenho como fugir. Só de pensar no que vai acontecer quando chegarmos, minhas mãos ficam suadas e tremendo, mas não quero que ela perceba, então tento sorrir e responder as perguntas que o taxista está fazendo, e acho que faço um bom trabalho.

first encounters, accidents & other things you can't planOnde histórias criam vida. Descubra agora