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Sábado, 11 de abril de 2022. 10:15h

POV: Chaeryeong

Depois de descer na minha rua, vou caminhando até a casa da vizinha buscar meus cachorros. Teoricamente, é meu pai quem deveria cuidar deles enquanto estou na faculdade, mas ultimamente ele passa 90% do tempo viajando, então tive que pensar em uma solução alternativa.

-Bom dia, Sra. Yoon! Tudo bem? Desculpe não ter vindo ontem, uma amiga teve um problema e acabei tendo que ajudá-la. Espero que não tenha atrapalhado. -Digo o mais simpática e com o maior sorriso que consigo.

Mesmo que eu esteja pagando todo salário que ganho como estagiária do professor Park a ela, ainda assim ela está me fazendo um favor, então não posso abusar de sua boa vontade.

-Bom dia, Chaeryeong, minha querida. Não tem problema algum, essas crianças não me atrapalham em nada. Mas devo dizer que eles ficaram esperando. Bem, mas agora você está aqui. Vou buscá-los. -Ela termina de dizer e me deixa esperando na porta por um momento. -Aqui estão eles, minha querida. Nos vemos amanhã, caso seu pai não esteja em casa.

-Obrigada, Sra. Yoon. Tenha um bom dia!

Depois que ela fecha a porta, me abaixo para falar com os dois direito.

-Oi, meus amores! Como vocês estão? Como senti saudade de vocês! -Deixo os dois lamberem minhas mãos e meu rosto enquanto faço carinho em suas orelhas e patinhas.

Depois que a festa do encontro inicial se acalmou, desenrosco suas coleiras e vamos caminhando até minha casa. Quero deixar minhas coisas lá e depois vou levá-los pra passear mais um pouquinho.

-Vocês estão com fome? Já comeram hoje? -Pergunto como se esperasse uma resposta. -Acho que já, não é mesmo? Já são quase 11 horas...

Acabo deixando a frase morrer na metade quando vejo que tem uma pessoa sentada na calçada bem em frente à minha porta. Da onde estou, só consigo ver que é um homem e parece ser jovem, mas mesmo assim não quero me aproximar.

-Ei, voltem aqui! -Chamo-os de volta assim que saem correndo. Fiquei tão surpresa com o que vi que acabei afrouxando a coleira. Agora não tenho escolha a não ser ir até lá.

-Ah, meu Deus. Me desculpe, eu sinto mui...Você? -Recolho os cachorros de cima da pessoa o mais rápido possível e começo me desculpando, mas logo me surpreendo com o que estou vendo. -Ta- Taehyun, o que aconteceu?

O choque foi tão grande que acabo gaguejando. Se o fato dele estar sentado na porta da minha casa um dia depois de eu o conhecer já não fosse estranho o suficiente, ele estar todo sujo e machucado com certeza não ajuda. Até o momento, ele estava olhando para os cachorros e fazendo carinho neles, mas, quando acabo de falar, ele olha pra mim.

-Chaeryeong? O que está fazendo aqui? -Ele pergunta tão surpreso que acabo rindo, mesmo sendo inapropriado.

-Eu que deveria estar perguntando isso. Eu moro aqui!

-Ah...Eu, bem, é uma longa história. Desculpe, eu não sabia que você morava aqui. É...Bem, já estou indo! Bom dia!

-Espere! -Digo e me arrependo no mesmo segundo. Não que eu ache que estou errada no que vou dizer, mas pode ser que ele não goste. Bom, agora já foi. -Você está todo machucado!

-Uhm? Ah, não é nada. Estou bem, não precisa se preocupar.

-Eu estou te vendo, Taehyun. Esse corte na sua testa está bem profundo e a manga da sua camisa está toda vermelha de sangue. Vem, deixa eu te ajudar.

first encounters, accidents & other things you can't planOnde histórias criam vida. Descubra agora