Entro no mercado e pego a pipoca e mais algumas coisas que estava precisando e volto para casa.
Meu celular toca e vou correndo atender.
- Alô? - digo.
- Oi meu anjo, tudo bem?
Só de ouvir aquela voz, todos meu problemas iam embora.
- Oi vovó, tá tudo bem sim e com a senhora?
- Tá tudo ótimo. Estou pensando em passar ai amanhã para deixar um montão de coisas gostosas que fiz para você. Será que posso?
- Claro vó, não vou a lugar nenhum amanhã.
- Está bem, amanhã então me espere. Até amanhã querida, vou olhar o bolo no forno. Durma bem minha Nina.
- Durma bem vovó. Até amanhã. Te amo.
- Também te amo Nina.
Estoro as pipocas e então vou ver a série, coloco em mente que não posso dormir pois se Bruno viesse aqui e apertasse a campainha e eu não atendesse ou ele ia ficar preocupado ou ia achar que eu era uma babaca que não queria atender a porta.
De repente a campainha toca e eu assusto pois estava pensando na bendita campainha a segundos, levanto e vou correndo até a porta, abro ela e vejo Bruno parado ali.
- Já enjoou de jogar? - digo sorrindo para ele.
- Sim, Hugo e Felipe são egoístas e não me deixam jogar.
- Isso que é ser amigo. - digo rindo. - Vem vamos entrar.
Ele entra e começa a olhar tudo ao redor.
- Belo apartamento. - diz ele.
- Obrigada, também gosto daqui, principalmente pela vista, vem aqui ver. - levo ele até meu quarto e abro a cortina. - Olha para você ver, a vista mais linda da cidade mais agitada.
- É lindo mesmo, queria ter uma vista dessa também.
Baleia estava deitado em cima da minha cama então fico brava com ele.
- Baleia sai de cima da cama! - ele ouve e sai correndo.
- Baleia? - diz Bruno rindo.
- Porque tá rindo?
- Seu cachorro é super magro e você chama ele de Baleia? Não acredito nisso.
- Foi meu irmão que deu esse nome pra ele. - digo rindo também.
-Nossa esse nome foi criativo, gostei.
- Vem, vamos ver série comigo. - digo puxando ele para a sala novamente.
- Que série?
- New Girl. Você gosta?
- Já ouvi falar, mas nunca assisti.
Coloco então para ele assistir o primeiro episódio e ele gosta e pede para por o segundo.
Ouvimos Hugo e Felipe conversar do outro lado e então Bruno diz: - Nossa dá pra ouvir tudo mesmo ali do lado.
- Sim. Mas fazer o que, tenho que acostumar, e tem hora que eu nem ligo muito não. Quer mais pipoca?
- Já que tá oferecendo, vou aceitar porque to com fome.
- Vou fazer então.
Procuro por Baleia e reparo que ele está no colo de Bruno e ele ainda estava ganhando carinho dele ainda. Que estranho ele não gostava de Léo, e gostou de Bruno era só o que me faltava.
Volto com a pipoca e sento no sofá, coloco Baleia no chão e coloco a tigela de pipoca entre mim e Bruno para nós dividirmos.
- Seu namorado não vem assistir séries com você? - diz Bruno me olhando e colocando pipoca na boca.
De novo aquilo de namorado. Da onde ele tinha tirado aquilo?
- Eu não tenho namorado, da onde você tirou isso? - resolvo então perguntar.
- Tem sim, e aquele cara da academia, que também estava com você na festa?
- Ah, o Léo? Ele não é meu namorado, ele é meu amigo e é gay ainda por cima.
- Gay? Nossa, não parece.
- Pois ele é bem gay viu, mesmo não parecendo. E você não tem namorada?
- Não, faz um bom tempo que não sei o que é namorar.
- E porque?
- Eu não sei, mas acho que sou melhor sendo amigo das pessoas.
Ele não queria dizer, mas eu sentia que alguma coisa muito ruim tinha acontecido e magoado muito ele.
- O que aconteceu? - digo tentando descobrir.
- Minha ex namorada morreu Nina.
- Morreu? - digo espantada.
- É, ela sofreu um acidente no carro dos pais.
- Sinto muito. Faz muito tempo?
- Faz 1 ano.
- Sinto muito Bruno.
- Tudo bem. E você já namorou?
- Já, mas nada muito sério. Ninguém nunca me levou a sério, parece que eu venho com algo escrito na testa assim "NÃO ME LEVEM A SÉRIO" ou também "ME CHIFREM" um desses.
Ele ri de mim e diz: - As vezes não é a pessoa certa só isso.
- É quem sabe. Se você não tivesse me beijado na festa e eu tivesse aqui falando com você como estou, ia achar que você era gay sabe.
- Porque?
- Sei lá, você é diferente.
- Diferente como?
- Diferente do tipo não é igual o Felipe seu amigo, que é um pouco atirado, mas sim na sua.
- Eu sempre fui assim.
- Sua blusa tá suja. - digo reparando na blusa dele.
Ele olha para baixo e tinha uma enorme mancha de katchup na blusa.
- Tira ela. - digo sem pensar. - É melhor lavar antes que manche.
- É verdade, parece ser molho. Deve ter sido do lanche que comi na casa do Felipe.
Ele tira a blusa, e eu vejo como o corpo dele era forte. Coloco a blusa dele na minha maquina e coloco para lavar. Volto para a sala e digo: - Ta lavando logo vai ta lavada, ja seco e assim que você for embora ela tá limpa.
- Está bem.
Voltamos então a ver as séries e aos poucos meus olhos vão se fechando e caio no sono.
Acordo com o sol batendo no meu rosto, que droga, não fechei a cortina de novo?
Abro os meus olhos e reparo que Baleia está em cima de mim e que estou no sofá, e que estou dividindo o sofá com mais alguém, além de Baleia.
Olho para o lado e vejo Bruno sem camisa, abraçado comigo.
Eu. Não. Acredito. Nisso. Como eu pude dormir? Será que ele me estuprou enquanto eu dormia? Tento verificar meu corpo e está intacto. Então me lembro da conversa que tivemos na noite anterior sobre a ex namorada, ele não faria nada comigo, ele era uma pessoa boa.
Toca a campainha, e eu me assusto com o barulho. Quem viria na minha casa tão cedo? Será que já estavam procurando o Bruno? Eu não queria ser presa!
Olho no olho mágico e me lembro, como eu pude esquecer disso. E agora? O que eu vou fazer?
Abro a porta e digo: - Oi vovó.
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Juntos pelo acaso.
Любовные романыNina Miller, cansou de viver às custas de seus pais e com seus 23 anos decide sair de casa e ir morar sozinha do outro lado da cidade de New York, em um apartamento que seu pai fez questão de lhe dar. Diferente de seu irmão Natan, Nina é organizada...