A balada está muito agitada, tem muita gente aqui. Bruno mal conversou comigo, desde que cheguei ele está conversando com um moça morena que me faz lembrar muito da mesma moça que foi com ele na academia, mas que se foda ele vou curtir a balada. Pego uma caipirinha e bebo, percebo que Léo e Hugo fizeram uma boa amizade, desde que chegamos estão conversando, já Rafa e Felipe, estão conversando e às vezes ouço eles brigarem um pouco, estou me sentindo um pouco sozinha todos estão conversando com alguém e eu não.
Peço mais uma caipirinha, e mando ver nela, ás vezes é tão bom beber. Rafa começa a beber também e sei que vai dar merda, pois da última vez ela passou mal. Bruno deixa a morena sozinha e Felipe vai conversar com ela, então percebo que Rafa começa a beber um pouco mais. Estranho!
- E aí Nina, tudo bem? - diz Bruno me abraçando.
- Tudo bem, e você?
- Tudo bem. Você está linda!
- Obrigada, você também não está de se jogar fora não.
Ele realmente estava um gato, estava com uma camiseta vinho,uma calça preta, e tênis, estava muito lindo. Ele começa a beber comigo e Rafa, e eu começo a ficar alegre demais, acho que estava ficando bêbada.
Percebo que a morena havia sumido, e Felipe volta a falar com Rafa que parecia estar brava com ele.
Bruno me puxa para dançar e então eu vou, ele não dançava muito bem e eu já havia reparado nisso na festa que a gente se conheceu.
- Você dança muito mal. - grito em seu ouvido.
- Obrigado pela sinceridade. - grita ele no meu ouvido também. - Mas eu já sei disso! - diz ele rindo.
Rafa vem de encontro comigo e vai até meu ouvido e diz: - Acho que bebi demais, Felipe vai me levar embora está bem?
- Tem certeza?
- Sim, já nos conhecemos. Depois me liga.
Então vejo que ela sai da boate com Felipe, Bruno me puxa e então vai até meu ouvido e diz: - O que ela queria?
- Está passando mal, Felipe vai levar ela embora.
- Ela vai ficar bem.
- Tenho que procurar Léo e dizer que ela foi embora.
Procuramos Léo e não achamos ele, muito menos Hugo, caramba onde eles se meteram? Como eu ia embora? De a pé?
- Onde eles podem ter ido? - digo a Bruno.
- Talvez foram no banheiro, sei lá.
- Como eu vou embora se não acharmos eles?
- Eu te levo, calma, tá me dispensando?
- Claro que não.
Bruno e eu tomamos mais algumas bebidas o que foi um erro pois eu não estava bem, ou o teto que começou a andar não sei.
- Vamos sair daqui? - diz Bruno.
- Vamos.
Saímos da boate e então vamos procurar pelo carro de Bruno. Achamos ele e então entramos, Bruno então diz: - Vamos ficar um pouco aqui, até o grau que estou passar um pouco, está bem?
- Tudo bem.
- Do que quer conversar enquanto isso?
- Ah não sei. Você que sabe.
- Bom... Sabe porque bebi feito um louco hoje?
- Não, porque?
- Meu pai piorou. E isso dói muito, ver a pessoa que eu amo morrendo. Ele é muito importante pra mim Nina, e essa doença faz com que ele sofra.
- Sinto muito Bruno. Espero de verdade que ele possa se curar, câncer realmente é umas das doenças mais tristes e dolorosas, e te entendo.
- Tudo que eu quero é que ele esteja bem Nina.
- Ele vai ficar Bruno.
- Vamos brincar?
- Do quê?
- Cada um faz uma pergunta para cada um.
- Tá bom, começa você.
- Qual sua cor preferida?
- Acho que...provavelmente, Azul.
- Azul? Eu achei que você iria dizer rosa como qualquer pessoa do sexo feminino.
- Eu não gosto tanto de Rosa, prefiro Azul. E você que cor você gosta?
- Acho que Preto, ou Branco, sei lá.
- Qual sua comida preferida? - pergunto para ele.
- Acho que é strogonoff e a sua?
- Lasanha, lasanha pra mim é vida, sou mais facinada do que o Garfield.
- Você é virgem? - ele então pergunta na maior cara de pau.
- Hã? - esgasgo de ouvir aquela pergunta.
- Ah você ouviu vai, me responde já nos conhecemos faz tempo.
- Não sou virgem, e você?
- Não. Faz tempo que você não é?
Eu sabia que não seria uma boa idéia ter começado com esse jogo.
- Nem tanto tempo, foi com o meu primeiro namorado, e você?
- Foi na faculdade.
- Faculdade, do que?
- Administração e você?
- Contabilidade.
- Porque colocou essa roupa hoje? - ele pergunta.
- Que tipo de pergunta é essa Bruno?
- Sei lá Nina...É que eu to tão bêbado e você tá tão gostosa com essa roupa que isso tá me tirando do sério.
- Porque tirando do sério?
- Porque...sei lá você tá diferente.
- Diferente como?
- Eu não sei.
- Bruno você está bêbado mesmo.
- E você está linda.
- Linda? Você é louco.
- Os caras que te traíram que eram loucos de perder uma pessoa tão linda e legal como você.
- Ah eu não sei.
- Você já se apaixonou pra valer? - ele me pergunta e então me encara.
- Já, meu primeiro namorado eu era muito apaixonada. E você?
- Sim, com Raquel minha ex namorada que morreu.
- Oh sim. O que aconteceu com ela?
- Ela brigou com os pais e pegou o carro e então pegou a estrada pra ir até Nova Jersey na casa de uma amiga, ela estava numa velocidade muito alta, sem cinto e bateu em um caminhão que estava vindo na contra mão.
- Que triste Bruno, sinto muito.
- Você é uma ótima pessoa Nina.
- Eu? Porque eu?
- Sei lá, sabe no dia da festa que a gente se conheceu, Felipe disse que apostava que eu chegasse em você, então ele me empurrou e eu esbarrei em você.
-E-Ele apostou? Porque?
- Porque um dia antes tinha feito um ano que Raquel tinha morrido e desde que ela morreu eu não...me envolvi com ninguém. Então Felipe disse que eu deveria beijar alguém na balada pois nunca veria mais essa pessoa então eu me sentiria melhor, eu passei o fim de semana todo pensando em nosso beijo e na segunda feira você estava lá no meu escritório.
Agora estava explicado o acordo que ele fez comigo para mim esquecer tudo. Não era porque ele queria e sim porque se sentia culpado.
- Olha Bruno, se não queria me beijar...tudo bem.
- Não, eu queria sabe. Eu preciso esquecer a Raquel mas sabe as vezes não dá.
- Sinto muito.
- Não sinta. Seus olhos são bonitos. - diz ele olhando meus olhos mais perto do que eu imagino.
- Ham, os seus também.
Ele encosta o nariz com o meu e realmente me iludo pensando que iríamos nos beijar, então ele diz:
- Acho melhor nós irmos, já estou melhor.
- Tudo bem. - digo sem graça pelo clima que ele cortou.
Ele me deixa em casa e então vai embora. Tiro toda a minha maquiagem, coloco meu pijama e deito em minha cama junto de Baleia que já estava ali.
Lembro de toda aquela conversa maluca com Bruno, e de como ele ficou tão perto de mim a ponto de me beijar.
Tento ignorar todos aqueles pensamentos e então adormeço.
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Juntos pelo acaso.
Любовные романыNina Miller, cansou de viver às custas de seus pais e com seus 23 anos decide sair de casa e ir morar sozinha do outro lado da cidade de New York, em um apartamento que seu pai fez questão de lhe dar. Diferente de seu irmão Natan, Nina é organizada...