Nina
Quando você briga com alguém, não importa por qual motivo, mas você automaticamente vai querer ficar sabendo o que ela está fazendo, vai pensar nela o dia todo e a vontade de falar com aquela pessoa vai aumentar a cada instante. Eu estava me sentindo assim desde o dia que sai tão rápido da casa de praia dos pais de Bruno.
Minha cabeça ainda estava muito confusa, e eu não sabia por onde andar. Bruno estava tentando fazer as pazes comigo, me mandava todos os dias um bilhetinho no qual eu sempre respondia, mesmo minha cabeça dizendo 'Não Nina não responda' meu coração dizia ao contrário. Eu estava morrendo de saudades dele, mas nossa situação estava muito complicada no momento.
Eu havia saído do trabalho naquela Sexta-feira e então fui de táxi até o veterinário onde Baleia estava. Eu não via a hora de pegar meu cachorro, abraçar ele, beijar, e ir pra casa brincar com ele, e dormir abraçada.
Cheguei na clínica veterinária e logo que o Dr.Eduardo me viu já arrumou o seu topete e veio em meu encontro.
- A cada dia que passa você está mais linda Nina. - disse ele se aproximando.
- Obrigada. - digo envergonhada.
- Você nunca me deu nenhuma oportunidade de mim levar você para jantar.
- Jantar? - digo assustada.
- É..sei lá você não gostaria?
- Ham, eu não sei.
- Ah vamos Nina, um jantar como amigos, eu juro!
-Bom, se for assim está bem acho que não tem nenhum problema.
- Tudo bem, então passo pra te pegar na sua casa? Mora no mesmo lugar, certo?
- Sim.
- Então até as 8.
Pego Baleia e então vou para casa. Jantar? Porque eu não fui sincera com ele e disse que não queria jantar com ele. Eduardo era uma ótima pessoa, mas realmente não estava interessada nele.
Ligo para Rafa que diz que eu deveria ser mais boazinha, mas que deveria ir com uma roupa mais discreta pra mostrar que não queria nada com ele.
Às 8 como prometido ele estava na minha porta.
- Uau! Como você está linda! - diz ele analisando a minha calça, e a minha blusa de manga três quartos que era totalmente fechada em cima. Acho que tinha exagerado um pouco quando a Rafa disse que não era pra mim por uma roupa provocante.
- Obrigada. - digo para ele sorrindo.
Ao chegarmos na portaria encontro Bruno entrando no prédio. Isso não estava nos planos! Ele me olha e sua expressão muda para uma cara bem feia.
- Bruno!? O que está fazendo aqui? - pergunto com a voz trêmula.
- E-eu vou jogar vídeo game com o Felipe. - diz ele parecendo não saber o que dizer. - E você pra onde vai? - pergunta ele olhando pra Eduardo de cara feia.
- Vou jantar com meu amigo Eduardo, logo estou de volta se quiser passe lá em casa quando eu voltar. - digo tentando consertar as coisas.
- Não quero atrapalhar.
- Você nunca atrapalha Bruno! - digo séria olhando para os olhos azuis dele.
- Está bem, até mais.
Então Eduardo se despede de Bruno e vamos para o carro.
- Você é algo mais daquele cara? - diz ele logo que entramos no carro.
- Mais ou menos. - digo tentando não passar muitas informações.
- Ele parecia estar com muito ciúmes...
- Jura? Quer dizer...eu nem percebi.
- Nina, pode ser sincero comigo. Você brigou com ele, seu namorado, certo?
- Mais ou menos meu namorado, mas estamos brigados sim.
- Ele é um cara de muita sorte. - diz ele me olhando e eu só pude lhe dar um sorriso de volta.
Logo que paramos no restaurante, comemos e falamos sobre algumas coisas sobre nossas vidas. Logo Eduardo me trouxe para casa novamente. Eu não deveria ter sido tão sincera com ele, eu havia realmente estragado a noite dele.
Ele então me trouxe até a porta de meu apartamento e logo que foi se despedir disse:
- Nina, não importa o que o Bruno fez pra você, perdoe ele. Ele parece mesmo gostar de você.
- Irei pensar sobre isso. Me desculpe por hoje não queria estragar sua noite.
- Você não estragou. Eu ainda vou achar alguém, mas espero que eu tenha achado uma amiga está bem?
- É claro, podemos ser bons amigos.
Ele então se despede de mim com um abraço e um beijo na minha bochecha. Entro para dentro e então ligo para Bruno que atende no segundo toque.
- Alô? - diz ele com uma voz diferente.
- Onde você está? - pergunto assustada.
- To aqui no Felipe.
- Não vai vim na minha casa? Achei que a noite do vídeo game eles não te deixavam jogar.
- E não deixam, mas não quero atrapalhar você e seu namoradinho, e eu estou muito ocupado está bem tenho muitos copos de vodka, whisky e até redlabel pra mim beber por aqui.
- Bruno para de ser bobo. Vem aqui no meu apartamento, por favor.
- Seu namoradinho te rejeitou hoje?
- Ele não é meu namorado.
- É sim! - diz ele teimando.
- Não é!
- É sim! - diz ele.
- Você é meu namorado! - digo colocando um ponto final naquela briga de dois teimosos.
- O quê? Eu? Mas...
- Não diz nada. Vem logo pro meu apartamento.
Não passa nem 5 minutos e ele aperta a campainha, logo que abro a porta ele me puxa e me dá um beijo que parecia estar querendo me dar há muito tempo, e eu também pois fazia tanto tempo que não nos beijávamos.
Ele então me carregou até para dentro e me deitou em minha cama e então ficamos por ali a noite toda.
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Oi pessoal, tudo bem? Ai está capítulo 38 pra vocês! Estão gostando do livro? Comentem pra mim saber o que estão achando. Um beijão, até o próximo capítulo.
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Juntos pelo acaso.
RomansaNina Miller, cansou de viver às custas de seus pais e com seus 23 anos decide sair de casa e ir morar sozinha do outro lado da cidade de New York, em um apartamento que seu pai fez questão de lhe dar. Diferente de seu irmão Natan, Nina é organizada...