A noite se desdobrava diante de Sana, a transformada em cisne que buscava a liberdade nos recantos desconhecidos da floresta. Suas asas moviam-se com graciosidade sob a luz da lua, enquanto seus pensamentos eram palavras murmuradas ao vento noturno.
“ Preciso encontrar meu próprio caminho, um destino que seja só meu”, expressou Sana, sua voz suave misturando-se ao sussurro das folhas nas árvores. Ela ponderava sobre os destinos que a floresta poderia guardar, ansiando pela promessa de liberdade que a noite oferecia.
De repente, um arbusto nas proximidades fez um som inesperado. O coração de Sana acelerou, os olhos de cisne arregalados com o som desconhecido.
Entretanto, a ansiedade logo se dissipou quando um coelho branco saltou para fora, revelando-se como jihyo. Sana deu um grito instintivo, seus olhos de cisne arregalados, mas a reação de Jihyo foi uma risada melodiosa que ecoou na noite.
Jihyo, a coelha astuta, encarou Sana com uma expressão desconfiada, suas orelhas curiosas se movendo para captar cada detalhe. “ Quem é você ? Nunca tinha visto um cisne por aqui”.Sana, nervosa, acenou timidamente. “ Oi, eu sou Sana. Me perdi na floresta e estou meio sem saber para onde ir. Será que você poderia me ajudar?
Jihyo, mantendo seu olhar perspicaz, cruzou os braços. “ Humm, cisne perdido... isso tá com cara de história estranha. O que você está fazendo aqui, afinal?Sana, tentando explicar, suspirou. “ É uma longa história, mas eu precisava de um tempo longe do lugar onde vim. Agora estou meio assustada e perdida.”
Jihyo, com um ar desconfiado, ponderou.
“ Perdida, huh? Não sei não, Sana. Essa história tá meio esquisita. Por que eu deveria te ajudar ?”Sana, com olhos assustados, tentou convencer a coelha: “ Eu nunca estive na floresta á noite, estou com medo. E você é a única que apareceu, eu prometo que não sou perigosa.”
Jihyo, considerando a segurança de Sana, tomou uma decisão. “ Ok, sana. Vamos esperar até amanhã cedo para irmos ao campo com o lago. Á noite, tem muitos predadores por aqui, não é seguro.”
Sana, agradecida, sorriu: “ Muito obrigada Jihyo. Sua ajuda significa muito para mim.”Jihyo, com um sorriso amigável respondeu: “ Não mencionei. Vamos para uma caverna aqui perto. É do que enfrentar os perigos da noite na floresta aberta.”
Ao chegarem à caverna, Sana sentiu-se fora do lugar. Ela estava acostumada a dormir nos jardins do castelo como cisne, mas não queria incomodar Jihyo com essa informação.
Sana, tentando disfarça seu desconforto comentou: “ Nunca dormi em uma cavernaantes, mas entendo que é mais seguro.”
A coelha, percebendo a hesitação de Sana, ofereceu conforto: “ Não se preocupe, Sana.
Vai ficar tudo bem. Deite-se aqui, e vamos descansar.”Na caverna, Sana se assustava com cada barulho desconhecido. Jihyo, percebendo a inquietação de Sana, a coelha decide ir até a cisne e se deita no meio das penas dela.
“ Relaxe Sana. Eu estou aqui com você. Se ouvir algo não se preocupe estamos seguras,” tranquilizou Jihyo, enquanto a noite revelava seus sons misteriosos.
Com a presença reconfortante da coelha no meio das suas penas, Sana começou a se acalmar e finalmente consegui dormir.Na manhã seguinte, Sana acordou na caverna, mas esqueceu-se de mencionar a maldição para Jihyo. Durante sua transformação em humana, notou que seu vestido roxo estava sujo pela sujeira da caverna, e seus cabelos desalinhados revelam os vestígios da noite anterior.
Jihyo estava em seu sono profundo quando despertou ao lado de Sana e, ao se deparar com a repentina transformação, se assustou e se escondeu atrás de uma pedra.Sana, tentando se comunicar, aproximou-se com cuidado.” Jihyo, sou eu Sana. Eu precisava te contar sobre a maldição.
No entanto, a coelha, incapaz de compreender a forma humana de Sana, permanecia confusa e sem reconhecer a amiga naquela aparência alterada.
Sana, frustrada por não conseguir fazer a coelha entender, murmurou consigo mesma: “ Eu devia ter pensado nisso. Como vou explicar a ela agora ?”.
Sentindo a fome apertar, Sana decidiu que era hora de procurar algo para comer na floresta. Ela notou que Jihyo ainda escondida atrás da pedra, com medo da sua forma humana. Tentando dissipar a tensão, Sana falou:“ Jihyo, eu preciso encontrar algo para comer. Fique aqui, não vou demorar. Vou procurar algo na floresta e, quando voltar, tentaremos conversar de novo, está bem?
Esperando que suas palavras pudessem a calmar a coelha, Sana adentrou a floresta, deixando para trás a amiga assustada e embarcando em uma busca por alimentos.
Sana começou a procurar raízes pela floresta, ciente de que a coelha precisava de algo nutritivo para comer. Ela se aventurou por entre as árvores, examinando o solo em busca de raízes frescas e adequadas para a amiga de orelhas compridas.
Depois de andar um pouco, Sana conseguiu encontrar algumas raízes que poderiam servir de alimento tanto para Jihyo como para si. Cuidadosamente, colheu o suficiente para satisfazer a fome. Porém, ao tentar retornar para a caverna, percebeu que seu salto havia quebrado durante a busca por alimentos.
Agora descalça e sentido a tristeza se apossar dela, Sana refletiu sobre a complicada situação. “ Como eu deixei isso acontecer? Perdi até meu sapato... e a confiança da Jihyo.”
Sana chegou na à caverna, visivelmente suja e triste. Antes mesmo de conseguir limpar-se, a luz da lua começou a envolve-la, transformando-a novamente em um cisne. Agora em sua forma alada, Sana decidiu tentar falar com a coelha, que ainda carregava a tristeza da mentira de Sana.
Com movimentos graciosos, Sana aproximou-se de Jihyo, que permanecia triste e desconfiada. Ciente de que a coelha só entendia quando ela estava em forma de cisne, Sana começou a se comunicar de maneira única:“ Jihyo, eu sei que errei e que você está chateada. Eu nunca quis mentir, e a culpa esta me consumindo”.
Jihyo, olhando para a cisne com uma mistura de tristeza e hesitação, começou a sentir a sinceridade nas palavras de Sana.
Sana, em sua forma de cisne, estendeu as asas para Jihyo, a coelha, numa tentativa de se reconciliar. Surpreendentemente, Jihyo correu em direção a Sana, abraçando-a e se aconchegando nas penas macias.
Com um suspiro de alívio, Sana sentiu a aceitação da coelha e agradeceu silenciosamente pela oportunidade de reparar sua amizade. As duas amigas agora reconciliadas, decidiram compartilhar uma refeição para restaurar as energias.As duas dormiram para logo cedo irem para a jornada de irem até o lago, mas o que Sana não sabia era que o reino estava uma confusão por causa do seu sumiço.
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A magia do beijo
RomanceEm um reino encantado, muito além dos contos de fadas que conhecemos, uma história única se desenrola. Neste reino, Sana, uma princesa e filha da lendária Branca de neve, esconde um segredo mágico que a atormenta desde do nascimento. Uma terrível ma...