Pov Momo
-"Declaro minha filha do meio, Hirai Momo, herdeira das minhas empresas em Seul, China e EUA, também a declaro herdeira da minha mansão em Seul, da qual a mesma vive hoje. Hirai Momo também herdará 50% das minhas ações." -A voz do juiz soou forte em meus ouvidos,eu simplesmente não podia acreditar no que acabará de ouvir.
Como assim herdeira de praticamente tudo do meu pai? Como?
-"Para minha filha mais velha, Hirai Hana, deixarei minhas empresas e mansão em Tokyo, tendo também por direito, a 30% das minhas ações". -Voltei a olhar pro homem a minha frente.
-Protesto! -O baque da mesa me assustou, me fazendo olhar para minha irmã, que estava ao meu lado -Como assim 30%? Só fiquei com a empresa em Tokyo?!
-Senhora, por favor...-O advogado de Hana pediu, Hana parecia furiosa, mas se acalmou quando o advogado lhe pediu calma mais uma vez -Por favor meritíssimo, pode continuar.
-"E há minha filha caçula, Hirai Hina, deixo minha casa de praia em Seul e 20% das minhas ações." -Hina sorriu, ela queria muito ficar com aquela gigante casa na praia -"E poderá tomar conta das ações, ao completar seus 18 anos de idade, tendo como tutora legal, sua irmã mais velha,Hirai Momo."
Não pode ser...como assim?
-Meritíssimo...-Hina levantou sua mão, o juiz assentiu, dando permissão para que Hina falasse -Só vou poder ter acesso ao dinheiro quando completar os dezoito?
-Parte da herança sim, mas, uma quantia será registrada em seu nome e no nome da sua tutora, que no caso é sua irmã, Hirai Momo! -O homem leu novamente meu nome, me fazendo tremer -Você só poderá tirar essa quantia, com a presença ou autorização dela.
Hina assentiu, voltando a se encostar na cadeira.
-"E declaro assim, meu último desejo em vida, Senhor Hirai Takashi" -E então, o juiz bateu seu martelo, fazendo aquele som ecoar pela minha mente que agora estava vazia.
Eu mal podia acreditar naquilo tudo, meu pai acabou de falecer e fomos trazidas até esse cubículo para que o juiz passasse todas as informações da herança do meu pai, eu mal fiz meu luto e já vou ser jogada em um escritório pra poder assumir tudo?
Só podia mesmo ser brincadeira...
-Eu não consigo acreditar nisso! -Escutei Hana gritar, ela saía do local juntamente com seu advogado atrás de si -Como assim só 30%?! E ele ainda me deixa só com a empresa de Tokyo?! Eu pedi tanto a empresa dos EUA.
Engoli em seco, Hana era assustadora quando queria.
-Ta feliz? -Hana me encarou, seus olhos pegavam fogo -Era isso que você queria né?!
-Do que você tá falando?! -Indaguei.
-Da herança! De tudo! O que você fez?! Subornou o juiz?! -Hana disparava tudo.
-Não fala besteira! -Disparei -Eu não fiz nada disso, o papai deixou tudo pra mim por que ele quis.
-Claro...e você tá adorando tudo isso né?
-Não Hana, não estou! -Neguei -Mas foi a vontade dele, fazer o que?
-O papai sempre confiou mais na Momo, é claro que iria deixar quase tudo pra ela. -Hina deu de ombros -E sinceramente? Fez o certo.
-Cala a boca, sua pirralha! -Hana disparou para Hina, que revirou os olhos.
-Não precisa falar assim com ela, você tem a empresa de Tokyo, a mansão de lá, do que tá reclamando?! -Bufei.
-Senhora, precisamos ir, o vôo é daqui a uma hora. -O homem bem engravatado chegou, Hana me olhou com todo ódio que tinha em si.
-Eu voltarei, Momo! -Disse antes de sair dali.
-O que deu nela? -Falei baixo.
-Inveja. -Hina deu de ombros -O que não é uma novidade, ela sempre foi assim.
-Achei que mudaria depois da morte do papai. -Olhei para Hina, que sorriu sem mostrar os dentes e tocou em meu ombro.
-Ta pedindo demais, maninha! -Hina disse e saiu, indo em direção ao nosso carro.
É, talvez eu esteja mesmo pedindo demais...
(...)
Pov Momo
Entramos em casa e a minha ficha finalmente caiu, meu pai não estava mais ali, minha mãe morreu assim que Hina chegou ao mundo, Hana mora no Japão e só sobrou eu e Hina aqui em Seul.
Hina sempre foi muito mais próxima a mim, já que Hana fazia questão de culpa-la pela morte da nossa mãe. Eu sempre ajudei Hina em tudo, desde os primeiros passos até o primeiro coração partido por algum muleque filho da puta. Hoje ela tem 16 anos de idade, e agora sou oficialmente responsável por ela.
Hana e eu nunca no demos muito bem, bom, a gente até que brincávamos juntas até os meus 7 anos de idade, mas depois disso, Hana ficou insuportável.
Nosso pai nos amava igualmente, é claro, mas como todos os pais, sempre tem aquele filho que necessita mais de atenção. Eu nasci prematura e precisei de muito cuidado quando ainda era uma recém nascida, Hana tinha um ano quando nasci, então creio que ela não tenha sentido muito impacto.
Mas quando completei 7 anos, sofri um acidente de carro com um tio meu do Japão e com meu primo, Yuta. Fiquei dias internada no hospital e ao ter alta, precisei de cuidados a todo momento.
E foi a partir desse dia, que Hana passou a literalmente, me odiar.
-Momo? -Voltei a realidade ao escutar a voz de Hina.
-Oi...-Sorri fraco, vendo ela se sentar ao meu lado no sofá.
-Você não tá feliz? -Indagou, seu cenho estava levemente franzido.
-Não há motivos pra isso, pequena. -Neguei.
-Como não?! O papai deixou praticamente tudo pra você! -Hina me balançou, seu sorriso era grande.
-É, isso é legal. -Sorri fraco -Mas...não sei se sou capaz de fazer tudo isso.
-Como não? -Hina arregalou os olhos -Poxa mana, você é muito foda! O papai fez o certo em deixar tudo pra você.
A encarei, Hina sempre foi assim, confiante, alto astral e sempre colocava qualquer um pra cima.
-Você acha?
-Sim! -Ela quase gritou -Se o papai deixou tudo em suas mãos, é por que ele sabia que você é capaz, e eu confio em você.
-Obrigado viu? -Segurei em sua mão -De verdade, o seu apoio é muito importante pra mim.
-Eu sei! -Hina balançou as sobrancelhas -Agora vai, tira essa cara de bunda mal lavada e vamos nos divertir um pouquinho.
-Não não, não tô afim de sair. -Neguei, me encostando no sofá.
-Quem disse que vamos sair? -Ela ergueu uma das sobrancelhas -Vamos pedir pizza, alguns refrigerantes e maratona alguns animes.
-Vamos é?
-Sim! -Ela se levantou -Bora Hirai Momo!
O que seria de mim sem ela? Pois é, exatamente nada.
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Destiny - NAMO [Twice]
FanfictionDepois de herdar praticamente toda a fortuna de seu pai, Hirai Momo se ver perdida com toda a maré que foi jogada em seu colo,porém, o que ela não sabia, é que ao abrir a porta em plena dez da noite de uma sexta feira, sua vida mudaria por completo.