Capítulo XXXIV - Atores vemos, costumes não sabemos (parte I)

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Enquanto isso, um pouco longe dali, chega de Amsterdam ele, o imperador da moda, Gabriel Agreste. Após uma viagem de trem longa e cansativa tudo o que ele quer é ir à mansão onde ele mora e passar um tempo descansando. Afinal, a viagem à capital holandesa foi muito boa, mas por outro lado cansativa. Após ver como que a mansão está e comer uma galette e alguns macarrons, ele conversa com Nathalie.

Conversa vai, conversa vem, e ele fez à Nathalie a seguinte pergunta.

Gabriel: "A propósito Nathalie, a Sharon... você se lembra se ela teve algum filho ou filha?".

Nathalie: "Não, mas salvo engano ela tinha uma afilhada. E também uma sobrinha".

Gabriel: "A lembrei, a tal da Sol Benson... ela me falou um pouco sobre ela certa vez. Que depois que a mansão pegou fogo ela desapareceu e nunca mais teve notícias dela".

Nathalie: "Que destino será que ela teve?".

Gabriel: "É um grande mistério".

Nathalie então conta a Gabriel um pouco a respeito das descobertas dela no México. Que existe uma caixa de miraculous mesoamericana, que foi usada durante milênios pelos vários povos e culturas que passaram por aquela região, entre eles os olmecas, os maias e os astecas, e que se encontra perdida desde 1521, quando o Império Asteca, então comandado por Montezuma II, caiu diante dos espanhóis liderados por Hernán Cortez e seus aliados indígenas. Acredita-se que os dois principais miraculous da caixa mesoamericana são o miraculous do quetzal (ave de plumagem colorida encontrada do sul do México à Bolívia, pertencente à família Trogonidae) e o da onça pintada, segundo Nathalie. Ela também descobriu a respeito da existência da caixa andina, que está desaparecida desde a queda do Império Inca nas mãos dos espanhóis e seus aliados indígenas liderados por Francisco Pizarro, em 1532. "Mas que interessante...", diz o senhor Agreste. No que será que o senhor Agreste pensou?

Segundo o senhor Agreste, existem também rumores a respeito de uma caixa nórdica, cujo paradeiro é desconhecido desde a conversão da Noruega ao cristianismo por volta do ano 995, sob a liderança de Olaf Trygvasson, o Santo Olaf. A caixa nórdica, segundo manuscritos antigos que o senhor Agreste teve acesso, contem os miraculous do cavalo (que representa Sleipnir, o corcel de oito patas de Odin, o deus supremo do panteão nórdico), o do dragão (que representa o dragão Fafner, o mesmo que foi morto em combate contra o herói Siegfried), o do lobo (que representa o lobo Garm, o guardião do submundo nórdico), o da cobra (que representa Jormungandr, a cobra inimiga de Thor), o dos gatos gêmeos (que representa os gatos que puxam a carruagem da deusa Freja, a deusa nórdica do amor), o do javali (que representa Gullinsburti, o javali dourado que habita Midgard), do polvo (que representa kraken, o cefalópode que atacava de surpresa navios), do urso pardo, entre outros.

Na padaria indicada por Gastón, lá Âmbar e Simón vão. Luna e Matteo, por seu turno, esperam os dois na ponte de l'Archevechê. Após passarem por uma breve fila, Âmbar e Simón encontram o simpático casal que é o proprietário dela, Tom e Sabine e Dupain Čeng. Âmbar e Simón pedem três caixas de macarrons mais duas galettes. Enquanto atende Âmbar e Simón, Sabine percebe que Âmbar tem em mãos um disco de vinil de ninguém menos que Sharon Benson, e fica curiosa.

Sabine: "Garota, não me diga que você tem uma raridade dessas em mãos?! Um disco de vinil da Sharon Bilder... ela era uma cantora incrível. E confesso que eu e o meu marido ficamos muito chateados quando soubemos da morte dela".

Âmbar: "Não me diga que você a conheceu no tempo em que ele morou aqui em Paris?".

Sabine: "Sim, nós a conhecemos, faz muito tempo. Você devia ver, ela cantando era incrível".

Âmbar então conta que Sharon era a madrinha dela. A senhora de cabelos azulados, após colocar o marido a par de tudo, fecha a padaria e chama Âmbar e Simón para dentro de casa. "Tenho algo a mostrar a vocês dois, que talvez lhes interesse".

Então a senhora Sabine pede para que sua filha Marinette trague o disco de vinil da Sharon Bilder até ela. Dito e feito. A garota de cabelos azulados foi até o local onde os pais dela guardam discos de vinil e outras raridades e após encontra-lo vai à sala.

Ao chegar à sala, Marinette, ao ver Âmbar e Simón, tem um treco. "Chloé, você aqui em casa, mas o que é isso?! E ainda por cima com um namorado?! Acho que eu devo ter comido algo estragado, devo estar tendo alucinações...", diz a azulada, que em seguida cai ao chão e fica inconsciente por alguns segundos.

Logo Marinette é acudida, por ninguém menos que Âmbar.

Âmbar: "Ei garota, acorda!".

Marinette: "Chloé, o que faz aqui?!".

Âmbar: "Eu não sou a Chloé, garota".

Marinette: "É que ao olhar para você invariavelmente acabei me lembrando da Chloé Bourgeois, aquela minha colega de sala...".

Âmbar: "Imagino".

Tom e Sabine apresentam Marinette à Simón e Âmbar, e os dois então se apresentam à azulada.

A azulada dá o disco à mãe, mas não sem antes fazer uma pergunta.

Marinette: "Mãe, por um acaso a Sharon desse disco aqui não é quem eu estou pensando? Não é aquela mesma que recentemente faleceu de câncer e que há muitos anos esteve envolvida em um terrível incêndio em uma mansão em Buenos Aires?".

Tom: "Sim, é ela mesma, minha filha".

Marinette e os pais dela tomaram conhecimento a respeito da morte de Sharon por meio do noticiário, através de um informe transmitido por Nadja Chamack.

E logo a azulada fica por dentro do fato de que ela está diante da afilhada de Sharon. "Muito prazer em conhecê-los, Âmbar e Simón. É uma honra poder recebê-los aqui", diz Marinette. "Ora, o prazer é todo nosso", responde Simón. Com todos reunidos na sala e após o senhor Dupain servir algumas guloseimas a todos (mais precisamente, cookies com gotas de chocolate), Tom e Sabine contam à filha e à Âmbar e Simón a respeito de Sharon.

Enquanto isso, na ponte, Matteo e Luna, após passarem uns momentos românticos a sós e olharem para o Rio Sena, estranham a demora de Âmbar e Simón. O que será que eles aprontaram, o italiano se pergunta?

Sou Sharon: a vida é um pesadelo (Sou Luna 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora