Capítulo LXVII - Uma conversa entre rainhas (parte I)

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DE VOLTA AOS DIAS HODIERNOS

Depois de muitos dias fora de casa e mais um longo dia com direito a uma pequena festa de retorno, nada melhor que Luna e seus amigos voltarem a seus respectivos lares e descansarem. Lar, doce lar...

Luna matou a saudade dos pais, das irmãzinhas e de Mist, além de algumas amigas que não via há certo tempo. Pouco antes de a morena de cabelos cacheados se deitar na cama para dormir, os pais dela lhe mostraram um álbum que eles encontraram ao acaso no armazém da mansão enquanto Luna ainda estava na França. São fotos antigas da senhora Sharon que durante muito tempo nunca foram abertas e que milagrosamente sobreviveram ao segundo incêndio da mansão.

Ao folhear as páginas do álbum, Luna vê várias figuras ilustres, algumas das quais ela mesma se encontrou em Paris recentemente.

Ao folhear o álbum, Luna encontra uma foto de Bob Roth, sentado em uma cadeira dentro da mansão. Isso no tempo em que o pai de XY ainda tinha uma farta cabeleira estilo black power.

Luna: "Mãe, Pai, olhem quem aparece nessa foto, é o Bob Roth! Esse bigode dele é inconfundível!".

Miguel: "Você está falando do Bob Roth, o produtor musical e pai do XY?".

Luna: "Ele mesmo. Sabia que foi ele que foi o produtor do disco da Sharon em Paris? O senhor Bourgeois nos contou sobre isso".

Mônica: "E vejam que ele ainda tinha cabelo à época".

Folheando mais algumas páginas, eles encontram fotos de outras figuras ilustres. Ela dá de cara com fotos de Tomoe Tsurugi, antes de ela ficar cega que nem Sharon. Luna e os pais dela ficam impressionados de ver o quão radiantes eram os olhos castanhos dela à época. Em algumas dessas fotos ela está portando sua šinai[1], tanto com apenas uma mão quanto com duas. Os pais de Luna perguntam-se por que a senhora Tomoe ficou cega, e Luna responde que esse é um assunto que ela não gosta de comentar com terceiros.

E também fotos dele, o imperador da moda, Gabriel Agreste, junto com a imperatriz da moda, Emilie Agreste. Fotos deles tanto dentro quanto fora da mansão. E até tem uma foto em que Emilie carrega em seu colo o jovem Adrien. Audrey e André também aparecem nas fotos, em uma delas juntos da pequena Chloé (isso antes de Audrey se mudar para Nova York).

Ao fim da conversa, Luna fica intrigada e ao mesmo tempo espantada com o fato de que Sharon tinha mais afinidade com tais amigos que ela conheceu em Paris que com o pai ou a irmã.

Luna: "Sabem, não sei como me sinto, de ver que a minha tia Sharon preferia estar ao lado de pessoas como o Bob Roth, a Tomoe Tsurugi e o Gabriel Agreste que o vovô ou a mamãe".

Miguel: "Lembra que a Âmbar teve uma fase da vida dela em que ela preferia a companhia da Emília e do pessoal dos Red Sharks à nossa?[2]".

Mônica: "Ela literalmente sentia-se como se fosse um peixe fora d'água junto de nós. Até que nós paramos de trata-la como se fosse uma estranha no ninho e a acolhemos como parte de nossa família".

Miguel: "Digamos que o Gabriel e a Emilie Agreste, o Bob Roth, a Tomoe Tsurugi, o André e a Audrey Bourgeois e outros amigos mais distantes dela exerceram nela um papel similar ao que a Emília, o Benício e o pessoal do Red Sharks exerceram na vida da Âmbar".

Luna: "Então vocês querem me dizer que com essa gente ilustre a minha tia tinha a acolhida que ela não tinha na própria família de sangue?".

Miguel: "Precisamente, minha filha".

Mônica: "E lembra que certa vez a tua tia Josefina, quando veio à mansão, contou que os pais dela chamaram a atenção do teu avô quanto à Sharon. De que ele deveria dar a devida atenção a ela e parar de fazer comparações entre ela e a tua mãe? Pois bem. Quando ela contou essa história invariavelmente lembrei-me da Âmbar e daquela fase complicada que ela viveu[3]".

Sou Sharon: a vida é um pesadelo (Sou Luna 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora