capítulo 6x2

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13 de dezembro de 1989

Narrador

Eram exatas 7 da manhã e Scott estava ajudando sua esposa Clarie a dobrar pequenas roupas e paninhos e colocá-los  em uma bolsa em tons de rosa pastel com detalhes brancos, em letras douradas havia um bordado escrito "Taylor Alison".

Cl: nossa pequena pode nascer a qualquer momento — dobra toalhinhas —

Sc: está tudo pronto para a chegada dela, meu amor — beija a esposa — nossa filha vai estar cercada de amor quando vier ao mundo

Cl: eu amo a nossa família... — sorri — eu tenho certeza que, com a chegada da Taylor, nós seremos ainda mais felizes

Sc: espero que consigamos ser bons pais

Cl: nós já somos, Scott — o olha — nós fomos escolhidos por Deus para sermos pais de uma linda, corajosa, forte e doce menininha

Sc: como você sabe que ela é tudo isso?

Cl: eu posso sentir — acaricia a barriga — a nossa Taylor vai ser uma grande mulher no futuro

Algumas horas depois, ao entardecer, Scott dirigia veloz pelas ruas da cidade rumo ao hospital. Ao chegarem, as enfermeiras colocaram a loira dos olhos verdes em uma cadeira de rodas e a levaram para a sala de parto.

Sc: eu posso ficar com a minha esposa?

— no momento não, senhor Swift, os médicos estão realizando alguns exames e preparando ela para o parto, quando puder vê-la um dos enfermeiros virá avisá-lo, pode aguardar ali por favor

Sc: tudo bem...

O homem sentou na cadeira e o enfermeiro passou pela porta que separava o corredor da sala de espera. Alguns minutos depois, Marjorie e Andrea chegaram. A mais velha tentou acalmar o genro enquanto sua filha buscou um copo com água. Se passaram horas até um médico abre a porta com uma prancheta em mãos.

— parentes da paciente Clarie Margaret Finlay Swift?

Sc: somos nós! Eu sou o marido e elas são a irmã e a mãe — levanta em um pulo — como ela está? A minha filha nasceu?

— eu preciso que o senhor se acalme, por favor — faz uma pausa — tentamos um parto normal, porém tivemos algumas complicações e foi preciso recorrer a uma cesárea de emergência

Marj: a minha neta nasceu bem?

— sim, a sua neta nasceu forte e saudável, pesando 3kg e medindo 45 centímetros

Sc: e a minha esposa?

— ela teve uma hemorragia, nós realizamos uma esterectomia mas infelizmente ela não resistiu...

Scott ficou devastado. Calado, ele sentou na cadeira e amassou o copo descartável, deixando uma lágrima cair.

And: nós podemos ver a minha sobrinha?

— claro! Ela está no berçário!

Marj: vamos, Scott, você não quer conhecer a sua filha?

Sc: não — diz seco — eu quero me despedir da minha esposa

— me acompanhe, senhor Swift — chama uma enfermeira — a Rose vai levar vocês duas para ver a bebê

Andrea e Marjorie foram até o berçário e pararam diante da grande janela de vidro.

Ro: é aquela ali, no berço número 13 — sorri — ela é muito esperta

And: ela é a cara da minha irmã, mas os olhos são do Scott

Marj: minha netinha é perfeita...

Deitada no berço e enrolada em uma mantinha rosa, a pequena bebê de cabelos loiros e grandes olhos azuis encarava curiosa as estranhas pessoas que olhavam para ela através do vidro. No dia seguinte dona Marjorie segurava a neta no colo enquanto sua filha Andrea conversava com o cunhado.

And: Scott, você não pode agir assim com a Taylor, ela é sua filha!

Sc: essa menina não significa nada pra mim! Eu não quero ela!

And: e o que pretende fazer?

Sc: eu já liguei para a assistência social, eles vão colocá-la em um orfanato e ela vai ficar bem longe de mim

And: você enlouqueceu?!

Sc: ela só trouxe desgraça pra nossa família! Nada de bom vem dessa criança!

And: você tá de luto, eu entendo, mas a Taylor não teve culpa! A morte da Clarie foi uma fatalidade que infelizmente ninguém tinha como prever, mas a sua filha precisa de você! Ela é só um bebê!

A pequena Taylor começou a chorar, assustada com a gritaria.

Marj: chega! A minha neta vai ficar comigo enquanto vocês dois não se resolverem, com licença — pega a bolsa da pequena e sai com ela nos braços —

Algumas horas depois, Marjorie dava leite na mamadeira para a neta, sentada na poltrona rosa bebê que havia colocado no quartinho que fez para a neta em sua casa. A pequena Taylor sugava rapidamente o líquido branco enquanto encarava a avó, como se quisesse guardar a imagem dela em sua pequenina mente.

Marj: a sua chegada não deveria ter sido assim, meu raio de sol... — sorri — mas a vovó promete que vai cuidar muito bem de você, tá? Nós vamos ficar juntinhas, eu vou cantar para você, te ensinar a tocar piano e contar histórias para você dormir. Você não vai sentir falta do carinho do seu pai.

Depois de comer e arrotar, a pequena ficou com sono, então sua avó começou a niná-la. Segurando sua pequena mãozinha, ela cantou até a neta pegar no sono.

Marj: a vovó te ama, minha doce Taylor Alison...

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Oi pessoinhas! Esse capítulo foi o que eu mais gostei de escrever, eu estava inspirada :)

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Miss americana ● Taylor SwiftOnde histórias criam vida. Descubra agora