~CAPÍTULO TREZE: INVITE

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BLAIR DESPERTAR
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Los Angeles, Califórnia
25 de novembro
13h32min

Pessoas brincando, rindo, conversando e se divertindo; essa ideia totalmente fantasiosa de uma vida feliz. Às vezes, eu encaro essas pessoas e penso se elas são realmente felizes. Porque se forem, eu tenho muita inveja. Eu nunca consegui ser feliz assim. Pais com seus filhos brincando, jogando e rolando na grama com seus animais de estimação... Isso é tão irreal para mim.

— Blair? — Escutei meu nome ser exclamado pela azulada e logo a encarei.

— Você acha que essas pessoas são realmente felizes? — Ela franziu o cenho — Desculpa, pensei alto. — Voltei a tomar meu milk-shake de morango.

— Eu não acho que elas são realmente felizes. Para mim, são apenas sentimentos momentâneos. Ninguém é cem por cento feliz e perfeito desse jeito. — Um sorriso começou a se desenhar em meus lábios.

Eu e Billie decidimos passar um tempo no parque e tomar um sorvete. Ela é uma ótima companhia. Gosto muito de passar o tempo com ela. É reconfortante.

— Mas por que você está pensando nisso, Blair? — Ela me encarou — Assim, do nada?

— Foi só um devaneio da minha cabeça. A natureza me faz ficar meio reflexiva. — Ela sorriu — O que foi?

— Você fica bonita quando está refletindo, sabia? — Revirei os olhos e soltei uma pequena risada.

— Isso é muito clichê. — Ela gargalhou. — Mas até que eu gosto de clichês.

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17h56min

Nós estávamos andando enquanto a brisa gelada do fim de tarde batia em nossos rostos e bagunçava nossos cabelos.

— Ei, Blair, para onde você está me levando? — Billie perguntou pela quinta vez.

— Você vai ver, eu já te disse. Pare de perguntar. — Ela bufou — Quantos anos você tem, garotinha?

— Vai se foder! — Ela exclamou.

Nós andamos por mais algum tempo naquela pequena trilha de galhos secos até chegarmos aonde eu queria. Aqui era um dos meus lugares favoritos para ver o pôr do sol. Era tão lindo. Ele trazia uma sensação estranhamente nostálgica e confortável.

— Caralho, isso aqui é lindo. — Billie falou enquanto admirava o sol sumindo em meio às montanhas — E depois eu que sou a clichê.

— Se fode e curte o momento, Sunshine. — Ela me encarou com o cenho franzido e uma cara extremamente enojada.

— Sério? Sunshine? — Sua voz saiu extremamente engraçada.

☆☆☆
20h07min

Eu estava dirigindo até a casa da Billie bem calmamente. Minha mão estava depositada em sua coxa e ela cantarolava baixo uma música aleatória que estava tocando no rádio.

Um sinal vermelho me fez parar, e assim eu pude encarar atentamente a azulada que estava ao meu lado. Ela mordia seu lábio inferior enquanto olhava pela janela.

— Você é incrivelmente gostosa, sabia? — Um sorriso sacana surgiu em seus lábios.

— Humm. — Ela fingiu pensar — Sabia. — Ela sorriu.

Me perdi, me perdi naquela fonte inesgotável de euphoria, aquele corpo macio, aqueles olhos azuis, aquela boca, como eu amava sua boca. Sua mão traçando juntamente com a minha, um caminho pelo seu corpo.

— Presta atenção no sinal, bobinha. — Sua voz invadiu meus pensamentos. Eu não havia percebido que a luz verde já estava iluminando o carro.

Encarei seus olhos pela última vez e continuei o caminho, essa garota me deixava à beira da loucura.

Ela continuou com suas provocações, aquilo era quente e totalmente perigoso. Mas ela parecia gostar, parecia querer cada vez mais.

Suas pupilas dilatadas e a ponta de seus dedos brancas pela força em que ela apertava o banco, mostrava o quanto ela gostava de mim e principalmente do meu toque.

Nós estávamos em um constante movimento, tanto pelos nossos corpos quanto pelo carro que ainda estava na estrada.

Eu sabia como tudo iria acabar.

☆☆☆
20h49min

Eu sempre descrevo sexo como algo explosivo, algo histérico, algo forte. Mas nem sempre é assim, sexo também pode ser algo calmo, repleto de amor, algo com significado, carinho e cuidado. Nem sempre a intensidade significa algo prazeroso.

Um ato em que seu corpo se funde com seus sentimentos e você sente como se a pessoa fosse quebrar com qualquer movimento brusco.

Geralmente essa é a melhor maneira de amar alguém, uma maneira delicada, em que as duas pessoas se sentem amadas.

Seu rosto corado, suas pupilas dilatadas e sua respiração desregulada, deixavam claro que algo havia acontecido, mas acontecido de um jeito diferente.

Não era algo intenso, era um algo amoroso, um algo bom.

Dos seus lábios, eu fui até o seu ouvido, traçando um caminho de leves beijinhos.

Acho que agora seria a hora certa para o pedido.

— Você aceita ir à festa de formatura comigo? — Senti seus pelos se arrepiarem e uma leve risada escapar de sua boca.

— Depois desse convite? Claro que aceito. — Ela pegou em meu rosto e me roubou um selinho.
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