~CAPÍTULO VINTE: DESTINY

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BLAIR DESPERTAR
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Alguns (muitos) eclipses depois

Paris, França
18 de Agosto
10h32min

Respirei fundo, sentindo o reconfortante aroma de pão fresco. Estava de volta à minha cidade natal, Paris. Depois de muito tempo.

Após me reerguer na Inglaterra, decidi retornar a Paris. Foi uma ótima escolha, considerando as incríveis editoras daqui. E era exatamente isso que eu estava indo fazer agora: publicar meu novo livro, escrevi ele durante esse período de reflexão.

Ele se chama "Força Magnética" e conta a história de duas garotas que sempre se reencontram em suas vidas e reencarnações.

Amei escrevê-lo, mergulhei em lembranças de amores passados para dar vida à história. Espero que as pessoas o recebam bem.

— Bom dia! Você é a senhora Yang, certo? — Perguntei à pequena moça asiática atrás do balcão.

— Sim, você deve ser a Blair, certo? — Confirmei com a cabeça. — O que a senhorita deseja? — Ela me perguntou enquanto digitava em seu computador.

— Queria publicar este livro. — Entreguei todo o material que tinha a ela. — Eu tenho tudo guardado nesta pasta, toda a história. Só que tenho uma pequena condição.

— Pode dizer. — A mais velha falou enquanto folheava o material que eu lhe entregara.

— Eu quero que ele seja anônimo, sem nome de autor e sem informações. — Ela me encarou curiosa.

— Isso é novidade para mim, mas tudo bem, se é isso que a senhorita deseja. — Ela digitou mais algumas vezes e me entregou algumas papeladas para assinar.

Assinei tudo, trocamos mais algumas palavras e finalmente terminou. Meu livro seria publicado em poucas semanas.

☆☆☆

Paris, França
20 de Agosto
11h32min

— Eu não posso acreditar que você lançou um livro, amiga! — Hanna exclamou ansiosa.

Nunca falei sobre Hanna. Ela é uma amiga de infância; o pai dela e o meu eram amigos íntimos. Crescemos praticamente juntas. Mas, ao contrário de mim, ela não é uma vampira; ela é uma sereia. Acho isso tão irreal.

É engraçado pensar nela como uma sereia. Só consigo lembrar daqueles filmes baratos.

Mas ela é totalmente cativante. Acho que nesses filmes eles acertaram. Cabelos ondulados castanhos, pele bronzeada e olhos verdes. Eu a considero uma obra de arte.

— Bem, ainda não lancei, mas está quase lá. — Sorri.

— Ah, pare! Temos que comemorar! Eu serei a primeira pessoa a comprar. — Revirei os olhos.

— Tudo bem, minha fã número um. Quer um autógrafo também? — Ela me encarou sorrindo.

— Claro! Serei a única no mundo a ter o autógrafo da nova autora de sucesso. — Ela deu pulinhos animados. Incrível como ela nunca muda.

— Não exagere. — Ela pegou em minha mão.

— Claro que vou! — Ela falou olhando nos meus olhos. — Aliás, já chegamos. — Ela me puxou para dentro de uma cafeteria.

— Vamos comemorar, e eu sei o lugar perfeito para isso. — Conheço bem aquele olhar.

— Outra exposição de arte? — Fiz uma cara de choro. Sempre que uma exposição vem para Paris, ela faz questão de ir. Acho que já foi em mais de um milhão delas.

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