― Você chamou ele do que?! ― Gun gritou incrédulo, ele não acreditou que tinha escutado aquilo, olhava para Khaotungg com um olhar de espanto como se o menor tivesse feito algo errado.
― É, eu chamei ele de noia. ― O mesmo tentava desviar o olhar de Gun, ele tinha percebido ali mesmo que algo que havia dito estava errado, ficou tão envergonhado pela reação de Gun que queria se esconder em um buraco.
― Khaotungg você fez uma grande cagada, você poderia chamar ele de tudo menos disso. ― Levou sua mão até a própria testa pensando em como explicar o que Khao tinha feito, parecia uma mãe dando um sermão em seu filho, bom, era assim que Tungg se sentia naquele momento. ― Olha, a mãe dele sempre falou pra ele se afastar dessas coisas, o que ela mais desejava era que ele se formasse e vivesse bem, ela criou ele pra ser um cidadão de bem não pra ser um noiado igual você chamou ele. First deve estar muito ofendido, acho que só se você se redimir do fundo da sua alma ele te perdoe.
― De novo esse papo de mãe, meu Deus, até minha mãe falava isso pra mim. ― A cada palavra que Khao falava tentando arrumar seu lado da história, Gun só sentia mais vontade de meter a mão na cara de seu amigo, ali ele já podia entender e concordar com First por ter o ignorado.
Seu amigo era um imbecil.― Você é incrivelmente insensível. ― Gun balançava a cabeça em discordância e soltava leves suspiros. ― A mãe dele morreu não tem um ano, ela tinha uma doença que não deixava ela trabalhar seu corpo se cansava fácil, First largou sua faculdade pra trabalhar e cuidar de sua mãe, ele trabalhava dia e noite e as vezes até de madrugada pra sustentar a mãe. ― Khaotungg estava paralisado ele não sabia onde enfiar sua cara, ele achava melhor levar cem tapas do que ouvir Gun falando com ele daquele jeito novamente, mas algo ainda não encaixava.
― Mas, o que o negócio do noia tem a ver? ― Tungg Perguntava em um tom baixo, o mesmo estava tão envergonhado que nem conseguia falar direito, entretanto, o mesmo queria muito saber a história de First.
― O namorado da mãe dele era traficante, e um dia fez uma merda muito grande com uns caras a cima dele, e, ― Gun não conseguia continuar sem chorar, seu namorado era filho de consideração daquela mulher, foi ela que deu a benção dos dois estarem juntos, ele sempre foi apegado aquela mulher, com os olhos cheios de lágrimas o garoto retorna a explicar. ― os traficantes entraram na casa dela um dia, estavam atrás do namorado dela, mas ele nunca estava em casa ele sempre se escondia, não contentes com isso eles mataram a mãe do First, e quem encontrou ela morta foi o próprio First, que tinha acabado de voltar de seu trabalho. ― As lágrimas marcavam o rosto de Gun, seu amigo logo o acolhe em um abraço. Ela era especial para Gun, aquele assunto era delicado para o garoto.
Khaotungg agora sabia o que tinha feito, ele se sentia a pior pessoa do mundo tudo que First fazia era para o bem de sua mãe, ele só queria honrar ela.
O mais novo se sentia péssimo, ele sentia um peso tão grande que nem queria mais sair, porém Gun implorava que o menor fosse.
Off já tinha mandado diversas mensagens para Gun o mesmo que respondia todas enquanto chamava um uber para ir ao bar com seu amigo, Off estava realmente preucupado pelo tamanho da demora e também, porque os seus dois amigos estavam o enlouquecendo.
No meio do caminho Gun tentava fazer Khao deixar o que ouviu para traz e se animar, mas aquele assunto não ia sair tão fácil da cabeça de Tungg, ele passou o caminho todo de cabeça baixa preso em seus pensamentos, Chegando ao bar de longe Khao consegue reconhecer seu colega de apartamento, o qual Khaotungg deseja não encontrar no momento.― Merda! ― Rapidamente se vira fazendo menção a sair do bar, Gun olha para Khao com uma de suas sombrancelhas arqueadas e o vira de volta para entrada do bar, segurando os ombros do amigo ele olha para mesa que seu namorado estava sentado, seus olhos se arregalaram e ele deu uma leve risada anasalada, em situação de desespero.
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" Malandragem " [ Firstkhao ]
Fiksi PenggemarUm playboy do interior de São Paulo resolve se mudar para o Rio de Janeiro como afronta a seus pais, só conhecendo um amigo lá. Sem trabalho fixo e com um cartão em suas mãos ele aluga um quarto compartilhado em um apartamento, e agora como o mimado...