Capítulo 17, alerta de gatilhos!

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Alerta de gatilhos!.

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Capítulo 17.

...

Lucrécia passou intermináveis minutos em um silêncio constrangedor.

meu marido perdeu a paciência e voltou a perguntar.

"eu perguntei quem é esse cara lucrécia!". o tal arthur permaneceu em um silêncio cortante, olhando com um olhar assassino para lucrécia.

"espera aí que para inventar uma história demora, ela tá criando na cabeça dela". censurou ele.

"arthur valentim rossi, o filho supostamente morto do nosso pai".

lucrécia mencionou o nome completo do homem Com tanto cinismo e sarcasmo, que nós dois ficamos completamente perplexos não só com a revelação mas o tom de voz.

Vou usar seu segundo nome na hora de mencioná-lo, essa história é confusa demais, tornando necessária uma explicação mais minuciosa.

"como é que é?". "filho supostamente morto do nosso pai?". com as sobrancelhas erguidas, arthur dividiu o olhar entre os dois.

valentim ficava ainda mais parecido com paulino ao vivo.

"eu não sabia que você tinha sido promovida a filha". o descontentamento de valentim relacionado a lucrécia era palpável.

enquanto que para arthur, o olhar era carregado de ternura.

"você quer que eu conte tudo a ele agora?". ela riu.

"não até eu descobrir o que você contou a ele, o que você fez com ele". como um leão protegendo o filhote, valentim sentenciou.

"você pode ter certeza que tudo que eu fiz não foi sozinha, eu tive o apoio do seu paulino".

"ei, ei, ei!". "caso os dois não tenham percebido, o imbecil que por acaso é motivo do assunto tá bem aqui na frente de vocês!". arthur estava visivelmente nervoso.

"amor, calma!". "vocês não podem esquecer que a gente tá no hospital, depois vocês conversam sobre isso com calma, a prioridade agora é o seu paulino". tentei apaziguar os ânimos, antes que a segurança do hospital fosse nos tirar de lá.

"há trinta anos atrás eu trabalhava como fotógrafo em um jornal, nós viajamos para fazer uma matéria em beirute no líbano, o avião caiu em uma cidadezinha da frança". "passei vinte e sinco anos em coma, sem documentação nenhuma, ninguém sabia quem eu era". "por sorte o médico que cuidou de mim é brasileiro, ele me garantiu que era completamente impossível eu acordar, ainda mais com memórias de mim mesmo". "passei os últimos cinco anos me recuperando, quatro deles em estado vegetativo". "quando tive condições de falar , disse meu nome e meu sobrenome a ele, que se comprometeu a encontrar vocês". "no ano passado ele conseguiu o contato, falou com a lucrécia". "pela reação que meu pai teve quando eu entrei na casa, dá para ver que ela não contou para ninguém que eu tava vivo". a decepção tangível se Somava a amargura.

"pelo amor de deus arthur, eu achava que era trote, não era possível você ter sobrevivido a tudo isso!". justificoo".

"não, você não achou que era trote coisa nenhuma, você não queria era perder a vida boa que te deram aqui".

"eu fui o filho tapa buraco, ele me deu o mesmo nome do filho morto para eu ocupar o lugarzinho dele". "aí como eu não fui tão brilhante quanto o filho prodígio, me renegou". me culparam pela doença mental e a morte da minha mãe, me destruíram simplesmente porque não era perfeitinho como ele". arthur constatou.

ouvir aquelas palavras parecia ter cortado não apenas a mim ao meio, mas também valentim.

"pera aí!". "vocês dois fizeram a minha mãe passar por louca, é isso?". "que mentiras vocês contaram para ele?". a confusão mental do homem mostrava que tinha muito mais coisas escondidas.

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