Capítulo 19

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Capítulo 19.

...

os homens designados para nos amarrar não tiveram tanta habilidade, as cordas estavam frouxas e consegui me desvencilhar com alguma dificuldade.

"não!". "não mate ele!". "não mate o seu filho!". me coloquei na frente de arthur, desesperando o.

Os olhos arregalados de armando se voltaram a arthur.

Não havia outra emoção que não fosse uma enorme surpresa.

o príncipe encantado descrito por lucrécia tornou-se um monstro, Impiedoso, violento e cruel.

A figura monstruosa tornou-se por breves segundos um ser humano normal, um tanto chocado com as minhas palavras desesperadas.

as maldades que fez a lucrécia tiveram resultado!.

gostaria muito de dizer que apenas um sinal de humanidade surgiu naquele rosto, um leve vacilo por estar prestes a ceifar a vida do próprio filho.

gostaria muito de relatar que armando, vulgo falcão, carregava alguma semelhança com o outro filho, ezequiel.

Queria contar que assim como ezequiel, armando se arrependeria dos crimes por amor ao filho.

mas não.

O único traço que diferenciava suas ações das atitudes do meu pai, foi que não sorriu com ironia ao ver a cena.

ele ficou chocado,, muito até.

"não pense que eu vou fazer isso feliz, porque não vou". "só que é o seguinte, eu só posso fugir daqui quando me livrar de você, então sinto muito". chorei desesperada, abraçada a ele.

a desistência era palpável no rosto de arthur.

não implorou pela vida.

não lutou.

estava cansado, até mais do que eu podia supor!.

eu não queria soltá-lo, soluçava em seus braços enquanto ele nem sequer fazia o esforço de me acalmar.

de alguma forma, hoje eu sei que seu cérebro simplesmente desistiu de raciocinar.

Afirmo convicta que ele nem sequer ouviu minhas súplicas, implorando por sua vida e pedindo para que ficasse comigo.
Lucrécia e paulino lutaram tanto para acusar arthur pelos problemas mentais da mãe que nem existia, provocaram uma série de lacunas dentro dele, que a partir daquele dia foram abertas.

a bolha de autocontrole foi estourada, jogando tudo no ar.

barulhos de tiros foram ouvidos no morro, despertando a atenção de falcão.

"a polícia tá no morro!". um dos homens anunciou no rádio.

armando exclamou um palavrão , xingando ezequiel de todos os existentes.

Ameaçando matar o próprio filho, armando resolveu usar nós dois como reféns.

o barulho dos tiros me deixavam ainda mais aterrorizada, enquanto arthur parecia ter despertado finalmente para a realidade.

me protegeu com seu corpo.

"bora, bora, bora!". "o maurício foi para colômbia e me largou aqui por culpa de vocês, agora os dois vão acertar o julgamento final com o cara lá de cima!". falcão tentou atirar inúmeras vezes e a bala falhou.

foi tentando com as outras armas existentes no qg, mas nenhuma dava certo.

de forma violenta me puxou pelos cabelos e me jogou no chão.

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