Capítulo 4

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•Killyn•

Respirei fundo enquanto subíamos as escadas até o topo do prédio, os tiros eram ouvidos as vezes. Rifle.

Assim que chegamos lá, pude ver um cara alto e forte com um rifle na mão, na ponta o muro, quase pra cair, atirando nos mortos.

- Oh Dixon, ficou louco?- o cara que tava nos guiando até lá foi o primeiro a falar, agitado. A risada do homem se fez presente, tava claro que ele não ligou em chamar mais atenção dos zumbis.

Continuou a atirar enquanto nos aproximamos.

- Ah, droga!- a Andréia tava visivelmente assustada.

- Ei, é melhor ser educado com um homem armado.- pulou do muro e continuou rindo.- questão de bom senso.

Me posicionei ao lado do Rick, tirando minha bolsa das costas, ela tava começando a pesar. E iria me atrapalhar caso eu precise apagar alguém no soco.

- Cara, tá gastando as balas que a gente não tem!- O moreno alto, que ainda não sei o nome, falou.- Tá trazendo os zumbis pra cá cara, dá um tempo.

- Ei! Já não basta esse chicano me enchendo o saco o dia todo, agora vou acatar ordens de você? Eu acho que não, bro. Tá pra nascer o dia.

- "Tá pra nascer o dia"? Você tem alguma coisa pra me dizer?- encarei o Rick já sabendo que isso foi uma fala racista, e provavelmente vai haver uma briga.

- T-dog, deixa pra lá.- o "chicano" falou, recebendo um "não" do T-dog.- Não vale a pena. Agora, Dixon, relaxa, tá bom? Já temos problemas demais.

Claramente o Dixon não deu ouvidos e respondeu o T-dog, com uma fala nojenta, racista. O moreno avançou nele, recebendo um golpe com a arma, e começou uma briga grande. O Rick avançou pra cima do branquelo, que desferiu um soco no Rick, fazendo ele cair na hora.

Corri até eles antes do retardado bater mais no T-dog e chutei o rosto dele, o vendo cair no chão logo em seguida. Ele tentou levantar quando me viu, mas chutei novamente o rosto dele, dessa vez com a sola do pé, fazendo ele bater a cabeça no chão, ficando atordoado.

Fui até o Rick e peguei a algema dele, prendendo o imbecil em um ferro que estava ali perto. Puxei ele pela gola da camisa e encostei no cano gigante que tem ali.

- Quem é você, cara? - ele me olhou com raiva.

- Capitã, cara.- peguei a arma dele no chão.- olha aqui, as coisas são diferentes agora. Não tem mais negros, tá legal? E muito menos branquelos lixos como você. Só carne branca e carne escura, vivos e os mortos.

O Rick apareceu e o vi indo até o T-dog, checando se ele está bem.

- Vamos trabalhar juntos, não separados.- o Xerife disse. O idiota me encarou.

- Vai se ferrar.- respirei sabendo que iria ser difícil.

- Eu já percebi que você tem dificuldade de entender as cosias.

- É? Vai se ferrar outra vez. - engatilhei a pistola que estava com ele mais cedo e apontei pra a cabeça do Dixon.

- É melhor ser educado com uma mulher armada. Questão de bom senso.

O ambiente ficou em silêncio por uns bons segundos.

- Você... não atiraria. É do exército.- sorri pra ele, fazendo questão de mostrar bem que achei a frase hilária.

- Você não me conhece, não afirme isso. Tudo que eu sou agora é uma mulher procurando por uma mãe e um filho, quem entrar no meu caminho vai morrer. Eu vou te dar um tempo pra pensar nisso.

Ondas - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora