Capítulo 8

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Hermione estava furiosa.

Ela acordou na manhã seguinte, percebendo completamente o que havia acontecido. Draco tinha colocado as mãos nela, empurrado-a contra uma parede como se ela não fosse nada. Ela não era algo que ele podia controlar ou manipular quando ficava com raiva. Não havia desculpa para isso, mesmo que ela estivesse provocando ele, não era um convite. Ela não conseguia parar de pensar nisso. Sentindo isso.

Ela odiava ele, sempre odiara. Desde o momento em que se conheceram e ele lançou seu rosto desagradável sobre ela, examinando tudo de errado com ela, ela odiava ele. Quando ele a chamou por aquele nome, ela odiava ele. Quando ele agia como se fosse melhor do que todo mundo, ela odiava ele. Quando ele deixou uma horda de Comensais da Morte no lugar mais seguro que ela já conhecera, ela odiava ele.

Quando ele a assistiu gritando no chão de mármore de sua mansão imaculada, gritando por ajuda, encontrando seu olhar prateado enquanto tentava encontrar qualquer humanidade remanescente dentro dele, ela odiava ele.

De alguma forma, mais do que ela odiava Draco Malfoy, Hermione se odiava.

Era sábado, 19 de setembro de 1998. Feliz aniversário para mim, ela pensou enquanto virava a garrafa de vinho. Já era meio-dia e ela não tinha saído do quarto. Esperava que seus amigos pensassem que ela estava estudando a manhã toda como a cdf que era. Mas não, ela estava sentada no meio da cama, ainda de pijama da noite anterior, cabelo uma bagunça emaranhada, bebendo seu vinho barato.

Era uma vez, Hermione adorava seu aniversário. Quando criança, antes da magia, seus pais tinham uma tradição especial. Eles a levavam até seu parque favorito, longe de casa, onde havia um antigo, mas maravilhoso carrossel. Hermione amava aquele pequeno carrossel e sempre montava no mesmo cavalo azul pastel e marigold que ela apropriadamente chamava de Mary. Hermione sempre ganhava livros em seu aniversário e terminava o dia com um bolo de baunilha acompanhado de sorvete de morango. Era perfeito. Ela amava seu aniversário porque tinha seus pais o dia todo. Toda a atenção estava voltada para ela, sorrindo para seus pais, rindo e ouvindo seu pai ler novas histórias para ela.

Seu primeiro aniversário sem eles não foi tão terrível; ela passou em um castelo onde a magia era linda e ela pertencia. Então, cada aniversário depois ficou menos e menos especial, a ponto de ela se recusar a reconhecê-lo. Este ano não foi diferente. Ela não tinha seus pais e queria ficar sozinha. Sem bolo de baunilha ou sorvete de morango. Não, em vez disso, ela tinha seu vinho ruim e um braço inflamado.

Uma batida em sua porta a tirou de seus pensamentos.

"Mione? Você está aí?"

Rapidamente, ela enfiou a garrafa debaixo do travesseiro e vestiu o primeiro suéter que encontrou antes de abrir a porta.

"Ginny, oi," ela sorriu, de repente se sentindo bêbada.

"Você está bem? Não te vimos o dia todo."

Hermione acenou com a mão em despedida. "Estou bem, estava apenas fazendo o dever de casa da semana que vem."

"É seu aniversário! Você não deveria estar trabalhando no seu aniversário," sua amiga sorriu. "E falando em aniversários," ela tirou um presente de trás de si. "Para você!"

Hermione pegou a caixa, embrulhada de forma desajeitada em três papéis diferentes.

"Ron embrulhou, mas é de todos nós Weasley."

Rasgando o papel, ela se deparou com um quadro do Profeta Diário. A manchete dizia,

Hermione Granger, a heroína nascida Trouxa que salvou o Mundo Bruxo

Various Storms and Saints | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora