Capítulo 41 - Draco

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Theo os enviou para o nível principal do Ministério, muito para a irritação de Draco. Ele já tinha começado a se dirigir para o elevador quando Theo o deteve.

"Amigo, podemos dar um segundo aqui? Eu ainda não tenho ideia do que está acontecendo."

"Eu não tenho um segundo. Estou ficando sem malditos segundos," ele disse, ganhando vários olhares furiosos de bruxas que passavam.

"Ok," disse Theo cuidadosamente. "Preciso que você desacelere e respire. Isso tem alguma coisa a ver com a Hermione?"

Draco esfregou o rosto furiosamente, tentando evitar que sua mente se perdesse no meio do Ministério. "Conversei com minha mãe; ela disse que não havia nada que eu pudesse fazer para ajudá-la. A adaga de Bella foi amaldiçoada por Severus, de todas as malditas pessoas, e juro por Merlin, se aquele bastardo já não estivesse morto-"

"Espera, você conversou com sua mãe?" perguntou Theo.

"Não me olhe assim. Eu estava na seção restrita e ela me chamou."

Theo suspirou e entrou no elevador, lançando olhares ferozes a quem tentasse entrar depois deles. Ele selecionou o andar do Departamento de Execução das Leis da Magia e a porta se fechou.

"Você realmente está tentando entrar naquela cela, não está?" ele perguntou, balançando a cabeça. "Se você continuar fazendo isso, será expulso e enviado para longe. É isso que você quer?"

"Não, Nott, mas-"

"Aqui não há espaço para exceções!" exclamou Theo.

"Estou fazendo isso por ela," disse ele baixinho.

"Merlin, Draco, eu sei! Você acha que ela ficaria feliz sabendo o que você fez? Ela quer que você esteja seguro tanto quanto eu quero, e eu posso quase garantir que você não contou a ela quantas vezes esteve prestes a ser enviado embora. Ou quantas vezes eu tive que intervir. Se você quer estar aqui para ajudá-la, você tem que ser mais esperto sobre isso. Inferno! Pergunte-me! Eu teria quebrado com prazer aquela seção restrita ou aparatado para a Irlanda por aquele maldito chifre. Apenas pare de ser tão imprudente, ok?"

Com mais frequência do que não, Draco esquecia o quanto Theo o amava. Ele sempre dizia que estava sozinho, que não tinha ninguém antes de Hermione, mas era uma mentira. Ele tinha alguém que se importava tão intensamente com ele que ele esqueceria nas profundezas de sua aflição quem era que o tirava de lá.

"Desculpe, amigo," ele finalmente disse, sucumbindo à culpa. "Estou tão assustado que não consigo pensar direito."

Theo parou o elevador antes que as portas se abrissem, efetivamente os trancando até novo aviso. Ele se virou para Draco e se apoiou na parede.

"O que aconteceu na seção restrita?"

Draco se igualou a ele, apoiando-se na parede oposta, passando mãos trêmulas pelo cabelo. Ele tentou organizar sua mente, bloqueando emoções e preocupações desnecessárias com sua oclumência.

"Ela disse que não há nada que eu possa fazer para consertar o braço da Granger. Ela disse que nunca ouviu falar de uma contramaldição para a adaga. Eu estou... estou ferrado, Nott," ele engasgou com a emoção. Malditas barreiras.

"Você mencionou Snape?"

Draco resmungou arrogantemente. "Ele foi quem encantou a adaga com o veneno e com seja lá que maldição detestável está ligada a ela. E pensar que eu já o admirei. Deuses, Theo, perdi horas lamentando e me sentindo culpado por sua morte, pensando que havia algo que eu poderia ter feito de maneira diferente, para descobrir que ele é o responsável por matar minha Granger. Foda-se ele. Ele nunca foi uma boa pessoa."

Various Storms and Saints | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora