Capítulo 34

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Seus braços estavam ao redor dela, seu rosto enterrado em seu pescoço enquanto ela sorria. Draco beijou seu ombro descoberto, espalhando mais beijos por seu braço. Houve um turbilhão em seu estômago, borboletas, a sensação de pura alegria. Ele a segurou mais perto, pressionada contra ele enquanto seus dedos se moviam em círculos suaves sobre sua pele. Sobre as pintas, conectando-as enquanto ele desenhava.

"São uma constelação," sussurrou.

Ela riu, virando a cabeça em direção a ele. "Tecnicamente, você é uma constelação."

Ele sorriu e ela não pôde deixar de pensar em como era bonito. Hermione esfregou o nariz no dele antes de beijá-lo. A mão de Draco encontrou o rosto dela, os dedos se enroscando na confusão de cachos. Seus lábios eram suaves e, embora seu toque fosse sempre um pouco frio demais, ela ansiava por isso. Ela inclinou o corpo contra a cama enquanto ele a beijava mais profundamente. Os dedos traçaram seu peito, sobre as cicatrizes, o músculo magro pronunciado. Ela mal dedicava tempo suficiente para apreciá-lo; ele era a definição de perfeição e ela era absurdamente sortuda.

Draco recuou e olhou para ela com os mesmos olhos. Eles tinham um olhar específico que ela vinha notando mais frequentemente, algo mais suave, mais profundo. Ele esfregou o polegar sobre o lábio inferior dela, um pequeno sorriso se formando em seus lábios.

"Você é tão linda," sussurrou.

Hermione sentiu o rubor subindo às suas bochechas, de repente se sentindo muito modesta. "Pare."

"Não," ele beijou sua bochecha esquerda, "você é absolutamente," uma no lado direito, "indescritivelmente," uma na testa, "enlouquecedoramente," uma no nariz, "bonita".

Suas sobrancelhas se contraíram em total incredulidade. O pequeno pensamento voltou, e ela ansiava por expressá-lo. Ele pulsava contra seu peito, brilhando como uma nova fonte de vida. Era uma boa sensação de dor. A mesma que fazia seu peito se contorcer quando ele a olhava.

"Malfoy," ela começou, mordendo o lábio.

"Granger?"

Ela puxou o fôlego antes de beijá-lo novamente. Ela tinha tempo; o pequeno pensamento não ia embora tão cedo. Talvez nunca fosse embora, e talvez ela não conseguisse encontrar em si mesma odiar isso.

Ele a beijou mais profundamente, pressionando-a contra o colchão. Se ela pudesse acordar assim todas as manhãs, nunca mais reclamaria. Então, seus dedos começaram a viajar por sua mão esquerda, sobre o pulso, e então a sensação parou. Ela se afastou para olhar para o braço. Sua mão estava envolta em torno de seu cotovelo, o polegar esfregando sobre sua pele. Tudo voltou, desabando. Não havia sensação.

Levemente, ela o afastou e saiu da cama, levando consigo o lençol de cima. Mantendo as lágrimas sob controle, inspirou profundamente e caminhou até a cômoda.

"Granger," Draco disse suavemente. Ele se levantou, pegando suas calças enquanto a observava.

Ela pegou roupas aleatórias, segurando-as no peito enquanto se esforçava para se acalmar. Não era nada. Perder a sensação no braço, não poder sentir o toque dele, estava tudo bem. Hermione mordeu o lábio, sentindo seu pulso acelerar. Ela estava fazendo o oposto de se acalmar.

"Ei," ele disse, se aproximando dela. "Está tudo bem." A pegada no lençol se apertou, os nós dos dedos ficando brancos enquanto ela o olhava. Draco segurou o rosto dela, respirando deliberadamente fundo. Ela seguiu, procurando em seus olhos por aquele conforto. Aquela paz.

"Você consegue sentir isso?" ele perguntou, movendo as mãos mais para o cabelo dela. Ela assentiu. Ele beijou sua testa. "E isso?"

"Sim."

Various Storms and Saints | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora