Na escala daquela semana Samara trabalharia naquela noite, mas devido à noite conturbada e acordada, o hospital a liberara e só voltaria no dia seguinte à noite, aproveitara aquela tarde para descansar e tentar dormir, fora o que pensara depois que Eric e Isabella a deixaram em casa, mas não conseguiu sempre que fechava os olhos ouvia o som dos tiros, sentou-se na poltrona que havia debaixo da janela da sala e ficou olhando o movimento lá fora, não sabe em que momento adormeceu.
Acordou assustada com a campainha tocando freneticamente, por algum tempo ficou pensando se abria a porta ou não, mas fosse quem fosse não tinha nada a esconder apertando a campainha daquele jeito os vizinhos já deveriam ter aparecido para ver o que estava acontecendo, levantou-se desanimada.
- Mãe! – Surpreendeu-se ao encontrar Rosa na porta, a senhora passou por ela adentrando com algumas sacolas.
- Eu trouxe o seu jantar, tenho certeza que você não preparou nada. – Disse entrando na cozinha. - Deveria ter ido com o Eric para casa, depois do que houve não é bom você ficar sozinha.
- Obrigada! – Disse seguindo-a. Rosa tirava vários potes de comida das sacolas. – Mãe para que toda essa comida? Não sei se percebeu mais eu sou uma mulher sozinha.
- Por isso mesmo, se houvesse mais uma pessoa nesse apartamento você não ficaria com preguiça de cozinhar, além disso, você está muito magrinha precisa se alimentar melhor! – Respondeu puxando em seu braço para se sentar.
- Eu não imaginava que já fosse tão tarde, eu combinei com o Eric de encontra-los na confeitaria Ana a noite.
- Coma, e depois se você quiser pode ir encontra-los, não adianta nada falar para vocês deixarem esse negocio de investigação para lá.
Rosa colocou um prato colorido em sua frente, o cheiro da comida fez sua barriga roncar, saboreou com antecedência, sentira falta daquele cuidado e, sentiu saudade de quando era menina e a bondosa mulher a fazia comer sempre que ficava triste e deprimida. Emocionada começou a comer, como imaginara estava deliciosa.
- Está uma delicia, a sua comida ainda tem o mesmo gosto. – Disse sorrindo, Rosa sentou de frente para ela. – Não foi só a comida que te trouxe aqui. – Disse sentindo um gosto amargo na boca e, sabia que não tinha nada haver com a comida.
- Por que quando nos reencontramos você fingiu que não sabia sobre o meu envolvimento com a sua partida e, que eu sabia o motivo de você não poder voltar? - Perguntou encarando-a, algo em seu olhar deixou Samara inquieta e nervosa.
- Não sei exatamente, eu apenas pensei que a senhora tinha seus motivos para esconder isso. – Respondeu perdendo o apetite que adquirira com o cheiro da comida. - As cartas deixa bem claro que todos tinham motivos para mentir para mim.
- Por que não me procurou logo que chegou? A verdade. Não me venha com essa conversa de 'tudo estava muito tumultuado'. - Samara afastou o prato.
- Por que eu não tinha nenhuma intenção de ir atrás de nada disso, eu havia descoberto que a senhora não sabia onde eu estava, mas sabia com quem eu fui e em que circunstâncias me levaram, não sabia o que lhe dizer. Com o passar do tempo percebi que eu sentia mais saudades que ressentimento, além do mais não sei o que a senhora poderia ter feito de diferente além do que fez que fora salvar minha vida.
- Então por que mostrou aquela carta ao Eric? Por que não me procurou antes de procura-lo? Todos vocês sempre tiveram ciúmes do meu cuidado para com ele.
- Perdoe-me eu não pensei nisso. – Disse quase chorando, essa cidade trazia sentimentos que ela queria esquecer. - A senhora não está insinuando que eu quero coloca-lo contra a senhora, está? - Perguntou horrorizada.
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Deus, o Policial e a Enfermeira.
RomanceDo Universo de Amiazzi Santos, Deus, o policial e a enfermeira, conta a história de dois personagens criados por ela em Cinderela, foi uma honra dar vida a esses personagens criado no coração da amada Ami, para os íntimos, (risos) para os leitores d...