Samara e Rosa guardaram o que sobrou do jantar e após lavar a louça, ambas voltaram a sentar-se de frente uma para a outra, recebeu uma notificação de mensagem, ela franziu a testa ao lê-la.
- Algum problema? – Perguntou Rosa preocupada.
- Não exatamente, ficamos de nos encontrar mais tarde, e agora o Eric disse que ficará para depois o pai dele não conseguiu falar com o antigo delegado ainda, e também ainda não conseguiram consertar a Confeitaria.
- Não fique ansiosa. Eles conseguirão encontrar quem está por trás desses 'avisos' e daquele atentado horroroso, - disse passando a mão na toalha da mesa – minha filha nenhuma dessas cartas diz quem de fato são seus pais? - Perguntou intrigada.
- Não. Tem esse recorte de jornal, oferecendo uma recompensa por mim, mas não diz nada de importante, espero que o Isaac consiga descobrir alguma coisa. - Respondeu displicente. - No entanto, se eu soubesse que iria desencadear tudo isso teria deixado quieto.
- Você merece saber a verdade. Está certa em buscar informações. - Disse inquieta.
- E o que a senhora sabe mãe? - Perguntou encarando-a. - Como a Rosalina a convenceu a ajuda-la? - Rosa mexeu-se desconfortável.
Samara engoliu o desejo de protegê-la, sua vontade era dizer para esquecer tudo aquilo e seguir com suas vidas, mas já arriscara demais, todos agora corriam perigo e o melhor seria descobrir logo quem estava por trás do atentado contra ela na Confeitaria, sentindo-se uma ingrata cruzou os braços e aguardou pelo tempo que ela precisasse.
- Na verdade ela não precisou me convencer. Traz-me um pouco d'água, por favor!
- Claro! - Disse pesarosa por trazer sentimentos desagradáveis a ela.
- O William me contou quem era você, por isso eu aceitei que ele trabalhasse no orfanato, temíamos que você fosse descoberta e, ele era a melhor pessoa para te proteger. – Começou bebendo a água de uma vez.
🍎🍎🍎
Eu mandei as crianças para a escola e suspirei aliviada, finalmente teria um pouco de sossego, pensei sorrindo, minhas crianças são a minha vida, mas havia momentos, em que eles me deixavam tão estressada e cansada.
Senti um puxão no meu braço trazendo-me à memória a garotinha que a polícia havia trazido na manhã anterior, aquele não era o único orfanato da cidade, apesar de ser o único exclusivo para meninos, a diretora do outro orfanato não a aceitou dizendo que o local estava lotado, assim, a polícia pediu para deixa-la ali temporariamente.
- Oi meu amor! – Eu disse pegando-a no braço.
Ela deitou a cabecinha no meu ombro e começou a chorar, aparentemente ela não se lembrava de quem era, ou de onde vinha ou menos ainda quem a deixara na floresta. Eu sinto uma raiva irracional por essa pessoa, seja ela quem for.
Olho para aqueles olhos negros e tristes e meu coração mais uma vez se condói por ela, e mais uma vez amaldiçoou a pessoa que a abandonou, só um monstro para deixar uma criança sozinha no meio da floresta, nem os pais desnaturados que abandonaram seus filhos aqui são tão desumano quanto essa criatura.
- Meu pé está doendo. - Chorou ela. Olhei o ferimento onde a cobra a picara.
- Vem meu amor, hora de fazer o curativo.
Fiz o curativo e a pus para dormir, estava terminando de lavar a louça quando me assustei com a campainha tocando insistentemente, corri antes que acordassem a garotinha.
- Aqui é um orfanato e não a casa da sogra e, tenha mais respeito. - Reclamei abrindo a porta, deparando-me com um homem alto, loiro de grandes e expressivos olhos verdes.
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Deus, o Policial e a Enfermeira.
Lãng mạnDo Universo de Amiazzi Santos, Deus, o policial e a enfermeira, conta a história de dois personagens criados por ela em Cinderela, foi uma honra dar vida a esses personagens criado no coração da amada Ami, para os íntimos, (risos) para os leitores d...